Curso de extensão e disciplina Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, como se sabe uma realização do NETCCON.ECO.UFRJ em convênio com a ANDI, o nosso querido Paulo Lima, diretor do Projeto/Revista Viração e Empreendedor Social da Ashoka.
Será um dia duplamente especial pois a Viração recebeu sexta passada o II Prêmio Visibilidade das Políticas Sociais e do Serviço Social na categoria Jornalismo Impresso pela Edição Especial de Educação em Direitos Humanos. O prêmio é concedido Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro.
Ementa Palestra na UFRJ
Políticas Públicas e Mídia Contra-Hegemônica
Paulo Lima
Sonhalista
www.revistaviracao.org.br
Pretendo mostrar a importância de sairmos de uma visão mecanicista e determinista da própria comunicação contra-hegemônica para uma visão mais sistêmica, integral e integradora. A saída para a comunicação vertical-opressora só será possível se provocarmos, de fato, deslocamentos de fala, de imagem, de estética, de tempo e espaço.
O cenário da comunicação no País é o seguinte: ausência de capacitação adequada para a sociedade na produção de conteúdo de qualidade. Ausência do acesso a espaços para veiculação desta produção. Ausência de qualidade das informações distribuídas e senso crítico sobre o conteúdo. Comunicação unilateral. Abismo brutal entre as pessoas que tem acesso à tecnologia e aquelas que nunca chegaram perto do computador (por questões geracionais e culturais). Como consumidores estamos no século XXI, como cidadãos estamos no século XVIII.
Trataremos da mídia hegemônica, aquela que normalmente apresenta fatos descontextualizados, falas solitárias (não comunitárias), monólogo de um pensamento único e sem problematizações. Já a mídia contra-hegemônica se apresenta como uma comunicação ativista, engajada e que aposta na problematização da situação para transformar realidades, para libertar. Ela se apresenta, como diria Paulo Freire, como proposta de 'ação cultural' libertadora".
A mídia contra-hegemônica faz da defesa do direito humano à comunicação sua grande bandeira. Esta é uma grande contribuição para toda a sociedade, pois, em geral, a comunicação não é percebida como direito. Em muitas realidades, ao se perpetuar a ausência dos direitos fundamentais, o direito à comunicação e ao conhecimento passa a ser visto como um artigo de luxo. Não existe a percepção de que é um direito garante os direitos fundamentais do indivíduo (saúde, educação etc).
Ao não ser vista como uma questão política, o campo da comunicação passa a ser visto como algo exclusivo de especialistas e profissionais. Ao mesmo tempo, os próprios profissionais da área não discutem este tema em profundidade (falta de formação em faculdades e escolas de comunicação). Maioria dos movimentos e organizações sociais não vê a comunicação como estratégica: a comunicação fica reduzida à produção de folder, banner site etc (mera divulgação e técnica). Déficit desta compreensão também no mundo acadêmico e, inclusive, em documentos de referência sobre direitos humanos no aprofundamento do significado da comunicação como direito humano.
Paulo Pereira Lima é cearense de Fortaleza, jornalista/educomunicador, diretor do Projeto/Revista Viração e Empreendedor Social da Ashoka. Formado em Filosofia, Teologia e Jornalismo, tem especialização em Comunicação pelo Studio Paolino Internazionale di Comunicazione, de Roma.
Foi diretor da Revista Sem Fronteiras e editor do jornal Brasil de Fato, que ajudou a criar em março de 2003. Atua com o movimento de defesa dos direitos da criança e do adolescente e comunicação popular desde 1987. Por conta dessa sua atuação recebeu, em novembro de 2002, o título Jornalista Amigo da Criança, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi).
Em março de 2003, lançou a revista Viração, projeto social impresso e eletrônico que conta com a participação direta de 300 adolescentes e jovens de 21 Estados e recebe apoio institucional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Unicef e da Andi. Desde 2004, presta consultoria para projetos ligados à juventude de diversos ministérios e para a Unesco, o Unicef e a Organização Mundial de Saúde. O projeto é considerado inovador no mundo pela organização internacional Ashoka Empreendedores Sociais.
Em junho de 2004, ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo Mario Pasini Comunicatore, concedido em Roma, na Itália, pela Agência de Notícias Misna e a Associação Cuore Amico. Em colaboração com outros autores, escreveu Brasile al bivio (2004), Agli estremi confini: Testimoni al crocevia dei popoli (Milano, 2004), Big bang della povertà (Milano, 2005), publicados na Itália. Em março de 2006, escreveu o livro Lele, 20 anni dopo, sobre o martírio do missionário e sacerdote italiano Ezequiel Ramin, defensor dos direitos dos povos indígenas e sem-terra, assassinado em julho de 1985, em Cacoal (RO).
Sites para consulta:
www.revistaviracao.org.br
http://www.usp.br/educomradio/noticias/noticia2.asp?cod_not=865
http://www.forumsocialmundial.org.br/noticias_01.php?cd_language=2&cd_news=1587
Tel.: +55(21) 9250-9594
gustavo@consciencia.net
http://gustavobarreto.blogspot.com
Será um dia duplamente especial pois a Viração recebeu sexta passada o II Prêmio Visibilidade das Políticas Sociais e do Serviço Social na categoria Jornalismo Impresso pela Edição Especial de Educação em Direitos Humanos. O prêmio é concedido Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro.
Ementa Palestra na UFRJ
Políticas Públicas e Mídia Contra-Hegemônica
Paulo Lima
Sonhalista
www.revistaviracao.org.br
Pretendo mostrar a importância de sairmos de uma visão mecanicista e determinista da própria comunicação contra-hegemônica para uma visão mais sistêmica, integral e integradora. A saída para a comunicação vertical-opressora só será possível se provocarmos, de fato, deslocamentos de fala, de imagem, de estética, de tempo e espaço.
O cenário da comunicação no País é o seguinte: ausência de capacitação adequada para a sociedade na produção de conteúdo de qualidade. Ausência do acesso a espaços para veiculação desta produção. Ausência de qualidade das informações distribuídas e senso crítico sobre o conteúdo. Comunicação unilateral. Abismo brutal entre as pessoas que tem acesso à tecnologia e aquelas que nunca chegaram perto do computador (por questões geracionais e culturais). Como consumidores estamos no século XXI, como cidadãos estamos no século XVIII.
Trataremos da mídia hegemônica, aquela que normalmente apresenta fatos descontextualizados, falas solitárias (não comunitárias), monólogo de um pensamento único e sem problematizações. Já a mídia contra-hegemônica se apresenta como uma comunicação ativista, engajada e que aposta na problematização da situação para transformar realidades, para libertar. Ela se apresenta, como diria Paulo Freire, como proposta de 'ação cultural' libertadora".
A mídia contra-hegemônica faz da defesa do direito humano à comunicação sua grande bandeira. Esta é uma grande contribuição para toda a sociedade, pois, em geral, a comunicação não é percebida como direito. Em muitas realidades, ao se perpetuar a ausência dos direitos fundamentais, o direito à comunicação e ao conhecimento passa a ser visto como um artigo de luxo. Não existe a percepção de que é um direito garante os direitos fundamentais do indivíduo (saúde, educação etc).
Ao não ser vista como uma questão política, o campo da comunicação passa a ser visto como algo exclusivo de especialistas e profissionais. Ao mesmo tempo, os próprios profissionais da área não discutem este tema em profundidade (falta de formação em faculdades e escolas de comunicação). Maioria dos movimentos e organizações sociais não vê a comunicação como estratégica: a comunicação fica reduzida à produção de folder, banner site etc (mera divulgação e técnica). Déficit desta compreensão também no mundo acadêmico e, inclusive, em documentos de referência sobre direitos humanos no aprofundamento do significado da comunicação como direito humano.
Paulo Pereira Lima é cearense de Fortaleza, jornalista/educomunicador, diretor do Projeto/Revista Viração e Empreendedor Social da Ashoka. Formado em Filosofia, Teologia e Jornalismo, tem especialização em Comunicação pelo Studio Paolino Internazionale di Comunicazione, de Roma.
Foi diretor da Revista Sem Fronteiras e editor do jornal Brasil de Fato, que ajudou a criar em março de 2003. Atua com o movimento de defesa dos direitos da criança e do adolescente e comunicação popular desde 1987. Por conta dessa sua atuação recebeu, em novembro de 2002, o título Jornalista Amigo da Criança, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente e Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi).
Em março de 2003, lançou a revista Viração, projeto social impresso e eletrônico que conta com a participação direta de 300 adolescentes e jovens de 21 Estados e recebe apoio institucional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Unicef e da Andi. Desde 2004, presta consultoria para projetos ligados à juventude de diversos ministérios e para a Unesco, o Unicef e a Organização Mundial de Saúde. O projeto é considerado inovador no mundo pela organização internacional Ashoka Empreendedores Sociais.
Em junho de 2004, ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo Mario Pasini Comunicatore, concedido em Roma, na Itália, pela Agência de Notícias Misna e a Associação Cuore Amico. Em colaboração com outros autores, escreveu Brasile al bivio (2004), Agli estremi confini: Testimoni al crocevia dei popoli (Milano, 2004), Big bang della povertà (Milano, 2005), publicados na Itália. Em março de 2006, escreveu o livro Lele, 20 anni dopo, sobre o martírio do missionário e sacerdote italiano Ezequiel Ramin, defensor dos direitos dos povos indígenas e sem-terra, assassinado em julho de 1985, em Cacoal (RO).
Sites para consulta:
www.revistaviracao.org.br
http://www.usp.br/educomradio/
http://www.forumsocialmundial.
Tel.: +55(21) 9250-9594
gustavo@consciencia.net
http://gustavobarreto.
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