terça-feira, 20 de outubro de 2015

Governo entrega mais de 7 mil itens para produtores rurais que participam de feiras livres

Barracas, jalecos, caixas plásticas e balanças eletrônicas estão entre os equipamentos que serão repassados a agricultores familiares de vários municípios mineiros --------------------------------------- Programa de Apoio às Feiras Livres vai beneficiar 320 municípios mineiros ---------------------------------------- O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda), pretende entregar, até o final deste ano, 800 barracas, 1.600 jalecos e 4.800 caixas plásticas para cidades que promovem feiras livres com a produção de agricultores familiares. A medida faz parte do Programa de Apoio às Feiras Livres, uma das ações da política de incentivo à Agricultura Familiar. Para cumprir essa meta, a Seda informou que está em fase final a licitação para compra de 53 “kits-feira”, que serão entregues até dezembro de 2015, somando cerca de 80 distribuídos aos produtores ao longo do ano.Cada kit é composto por 10 barracas, 20 jalecos e 60 caixas plásticas. Para os próximos anos estão previstos investimentos de mais de R$ 3 milhões, que beneficiarão agricultores familiares de 320 municípios mineiros. Também será incluída no pacote a entrega de balanças digitais e lixeiras. Incentivo O superintendente de Acessos a Mercados e Comercialização da Seda, Lucas Scarascia, destaca que o programa visa dar aos pequenos produtores mais infraestrutura para expor e vender suas mercadorias. Scarascia ressalta ainda que o incentivo ás feiras livres é importante porque são instrumentos que dão autonomia comercial aos agricultores e aumentam a renda. “São espaços de convivência, de troca de experiência, além de proporcionar segurança alimentar aos consumidores, valorização da produção local e respeito a vocação de cada região”, salienta o superintendente. Fonte de renda Até o final de outubro, o Programa de Apoio às Feiras Livres vai somar 25 municípios contemplados. Entre as cidades que já receberam o “Kit-Feira” está Aracanduva, no Vale do Jequitinhonha. A prefeita Maria Arlete Azevedo diz que o kit serviu para motivar os 25 agricultores familiares que expõem todo sábado na feira livre do município. A venda de mercadoria na feira livre é a principal fonte de renda das famílias desses agricultores, que não teriam condições de custear equipamentos como barracas, caixas plásticas e jalecos. Segundo Maria Arlete, o fornecimento dos itens pelo Governo do Estado dá impulso aos produtores e incentiva as famílias a permaneceram no campo. Dignidade ao feirante Agricultores familiares de Jaboticatubas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), também estão na lista dos que já receberam o “kit-feira”. “As barracas e outros itens dão dignidade aos pequenos agricultores e valorizaram seus produtos”, afirma Luiz Felipe Cunha, diretor executivo da Associação de Educação, Ecologia e Solidariedade Amanu. A entidade reúne 35 agricultores familiares que, duas vezes por mês, participam da feira livre “Raízes do Campo”. “Essa política de apoio à agricultura familiar vem atender a uma demanda antiga dos movimentos sociais, dos pequenos produtores rurais. É importante para estimular esse produtor, para que ele possa gerar renda e se manter na terra”, conclui Luiz Felipe. Beneficiados Além dos produtores familiares de Jaboticaturas e Aracanduva, também estão entre os beneficiados, até o final deste mês, os agricultores dos municípios de Araçuai, Berilo, Capelinha, Chapada do Norte, José Gonçalves de Minas, Novo Cruzeiro, Francisco Badaró, Turmalina e Veredinha (Vale do Jequitinhonha); Bocaiúva, Coração de Jesus e Monte Azul (Norte de Minas); Bom Sucesso (Centro-Oeste); Brumadinho, Ibirité e São José da Lapa (RMBH); Campo do Meio, Inconfidentes e Santana da Vargem (Sul de Minas); Dores do Turvo (Zona da Mata); Mesquita (Vale do Aço); Paracatu (Nordeste de Minas); e São João Del Rei (Campo das Vertentes). Programa O Programa de Apoio às Feiras Livres vai fornecer o “kit-feira” para 320 municípios em quatro anos. No total, serão investidos R$ 3 milhões neste período. A intenção do Estado é ampliar a venda dos agricultores familiares, contribuindo para a consolidação de assentamentos agrários e para o estímulo à plantação de produtos orgânicos. Fonte: www.agenciaminas.mg.gov.br

terça-feira, 6 de outubro de 2015

VII Festival Sagarana celebra Cultura e Ruralidades

Evento será realizado entre 8 e 11 de outubro, integrando culturas tradicionais, shows, oficinas, saberes do sertão, encontro de parceiros e diálogos para a preservação do cerrado e transição agroecológica ................................................................................. “Porque a vida é um mutirão de todos, por todos remexida e temperada.” João Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas) ................................................................................. Entre 8 e 11 de outubro, o sertão mineiro recebe o VII Festival Sagarana – Feito Rosa para o Sertão, realizado no povoado de Sagarana, em Arinos (MG). Serão quatro dias para celebrar Cultura e Ruralidades e dialogar sobre temas importantes para a preservação do cerrado e da biodiversidade sertaneja. Em sua sétima edição, o Festival Sagarana – Feito Rosa para o Sertão consolida um ciclo de propósitos, buscas, horizontes e sonhos coletivos, ancorados na promoção da identidade, valorização dos saberes e fazeres tradicionais, desenvolvimento sustentável e autoestima das comunidades sertanejas do Vale do Rio Urucuia. O Festival oferece shows, apresentações de cultura tradicional, oficinas, seminários, rodas de prosa, vivências, gastronomia, caminhadas ecológicas e visita a pontos turísticos, atraindo tanto as comunidades rurais locais e as cidades do Vale do Rio Urucuia quanto pessoas e grupos de Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo e outros estados. Será realizado ainda o VII Encontro dos Parceiros do Vale do Rio Urucuia, importante momento de articulação territorial que deu origem ao Festival. Todas as atividades são gratuitas e se estendem pelo Centro de Referência em Tecnologias Sociais do Sertão (Cresertão), Escola Municipal, Prefeitura Comunitária, Comunidade Nossa Senhora Aparecida e espaços abertos da Vila de Sagarana. Entre as principais atrações culturais estão o Cortejo de Folias de Reis, Encontros de Fanfarras, Mutirão das Fiandeiras, Sarau Roseano, Cineclube Brasileirando, Caminhada Ecoliterária e apresentações de Pereira da Viola (MG), Cataventoré (MG), Martinha do Coco (DF), Mamulengo Presepada (DF), Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro (DF), Shandala (SP), As Diadorinas, (MG) Batuquenjé (DF) e Áridos (MG). As oficinas e seminários incluem temas como educação para o campo, gastronomia, recursos hídricos, corporeidade, transição agroecológica, narrativas literárias, agricultura familiar e economia solidária. Vídeo-chamada: https://www.youtube.com/watch?v=uul60SL1FKg Histórico O Festival Sagarana nasceu em 2008, centenário de nascimento do escritor João Guimarães Rosa. Em seis anos, o evento extrapolou a simples iniciativa de um encontro anual de parceiros pelo desenvolvimento regional e ganhou repercussão nacional, com a oferta de uma programação diversificada que articula os saberes e fazeres tradicionais do sertão mineiro com as inovações das tecnologias sociais e o diálogo voltado para o controle social de políticas públicas. Esta integração propicia um ambiente para a troca e o compartilhamento de cultura, conhecimento e informação, que auxiliam a percepção das comunidades sobre a importância da proteção e conservação do cerrado e suas veredas, bem como a autoestima com a identidade e o território. Seguindo o Caminho do Sertão A imagem do fio, pacientemente elaborado pela fiandeira, aponta para a trama solidária em que são tecidas, a muitas mãos, a cidadania e a autonomia produtiva desejadas. Demarca, no mapa do sertão urucuiano, as veredas percorridas pela rede intersetorial de colaboradores. Os diversos parceiros, articulados e irmanados na travessia para um modelo de desenvolvimento sustentável, se fortalecem no cuidado com a vitalidade da tradição oral, da cultura popular, da terra, das águas, da fauna e da flora do Cerrado e convidam a todos para compartilhar e celebrar a tessitura emancipatória Feito Rosa para o Sertão. Acompanhe a programação completa e a cobertura oficial do Festival: Blog: www.festivalsagarana.wordpress.com Fanpage: www.facebook.com/sagaranafestival Vídeos: www.youtube.com/festivalsagaranamg

terça-feira, 15 de setembro de 2015

AS TRÊS ÁRVORES DA ESQUINA DOS AFLITOS E A NOVA FUCAM

"... Mas renova-se a esperança Nova aurora a cada dia E há que se cuidar do broto Pra que a vida nos dê Flor e fruto". Milton Nascimento / Wagner Tiso -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Por Gildázio Santos Ex Aluno e atual vice presidente da FUCAM --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A relação de quem viveu por muito tempo, morou ou fez uma visita um pouco mais duradoura ao Centro Educacional de Esmeraldas, em alguma medida se relacionou com a famosa "Esquina dos Aflitos" e suas frondosas e inesquecíveis três árvores. As árvores que testemunharam sob suas sombras, os choros de saudades, os suspiros de paixões juvenis, cantadas, beijos roubados, emprestados e consentidos, amores, desamores, afetos, desafetos, poesias, encantos, músicas desafinadas sussurradas aos ouvidos e até selinhos de despedidas. Que registraram medo dos perigos na esquina, anunciados por Belchior em sua canção Como Nossos Pais, com a voz rouca insistia em cantar: “... eles venceram e o sinal estava fechado pra nós, que éramos jovens.” Foi o berço de amores passageiros, duradouros e até eternos, conheço volumosas famílias que iniciaram com um beijo ou tapinha nesta esquina, com uma singela despedida, ao sair do ensaio do coral ou da igreja, o caro leitor também deve conhecer mais de um caso. Lamentavelmente, as três árvores, atingidas por fungos foram perdendo suas vitaminas e nos últimos anos, desnutridas foram golpeadas com uma doença fatal que as trouxeram a óbito. Diante da triste perda, a atual coordenação do Centro Educacional de Esmeraldas, decidiu cortar os caules, galhos secos e aproveitar de alguma forma a madeira. Também irá encomendar um estudo científico, para verificar quais outras espécies poderão ser plantadas em substituição as plantas históricas. Essa tarefa de plantio tende a ser realizado no período do dia árvore, próximo 21 de setembro, ou no início da primavera dia 23, de setembro, coincidentemente no dia do 103º aniversário natalício, do Coronel Manoel José de Almeida, Fundador da FUCAM. Nascer, reproduzir e morrer é o ciclo natural da vida de qualquer espécie, isso foi o que aprendemos nas primeiras aulas de Ciências. Algumas mentes brilhantes e profundamente inspiradas, com o suporte das mídias sociais começaram a relacionar a morte e o corte das árvores, ao trabalho da atual gestão da FUCAM. Tal iniciativa pareceu muito interessante e oportuna, o nascimento de uma “Nova FUCAM” que está em curso. A análise é simbólica e carregada sentidos, não cremos que alguém usou de maldade ou de má fé ao querer criticar a gestão. Neste momento é importantíssimo que se faça o controle social e as críticas qualificadas, que devem ser feitas nos espaços adequados. Porém, a morte das árvores e o corte dos caules e galhos não combinam com o atual momento da instituição. O que realmente caracteriza nosso presente é a oportunidade de plantar novas árvores. Elas definitivamente serão plantadas na "Esquina dos Aflitos" e serão plantadas em todos os solos férteis. A nossa “esquina” continuará sendo palco de novas histórias e uma Nova FUCAM, que será edificada nos pilares sólidos da História. A FUCAM será reinventada em sintonia com as leis. Elas carregam consigo as atuais políticas públicas da criança e do adolescente, juventude, da educação, da assistência social, do trabalho, agricultura familiar, da cultura. Tudo isso contribuirá decisivamente com a redução da pobreza rural e urbana por meio da profissionalização da juventude e acesso a renda, a economia popular solidária e ao empreendedorismo. "Já choramos muito Muitos se perderam no caminho Mesmo assim não custa inventar Uma nova canção Que venha nos trazer Sol de primavera Abre as janelas do meu peito A lição sabemos de cor Só nos resta aprender". Beto Guedes / Ronaldo Bastos

domingo, 24 de agosto de 2014

Mariene De Castro - Cirandas

Em tempos de   lixos que fere nossos ouvidos, vale a pena  relembrar nossa  infância, estamos   ainda no clima do mês do Folclore ... Parabéns as gerações que nos orgulham ao  produzir uma música que não só encanta, mas  diz muito de nossos costumes, lendas, mitos, ritos, religiosidade, em tempos de  vazios existenciais, de ausência de  conteúdo e de pouco valor no ser humano e de hostilidade e falta de respeito com ou semelhante, viva a cultura que valoriza o que tem de melhor das pessoas e de suas histórias.  Mariene Castro nos dar um presente com essas canções que lembram nossa infância rica de cultura arte e poesia.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Escola Popular de Direitos Humanos

domingo, 20 de julho de 2014

Menos Teatro em BH

A edição 47 do Brasil de Fato MG aborda o fechamento do Teatro Oi Futuro Klaus Vianna para abertura do novo prédio do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Sem respostas do governo, artistas lutam para manter local, que tem capacidade para 300 poltronas e comporta todo o tipo de apresentação. Leia, na página 10, matéria sobre os planos de saúde que terão reajuste maior que inflação. Na última década, os lucros do setor cresceram 197%. Veja também reportagem sobre a condenação do banco BMG por assediar idosos para contratação de crédito. Tribunal de Justiça mineiro ordenou ainda a veiculação de contrapropagandas a aposentados e pensionistas. Confira nas páginas 4 e 5 o preço das atuais campanhas dos candidatos à presidência. Os valores chegam a quase R$ 1 bilhão e maioria do financiamento vem de empresas privadas. Saiba mais sobre as dicas culturais da semana. O Festival de Inverno da UFMG lança a programação da 46ª edição, que começa nessa sexta-feira (18). E, a partir do dia 24, BH recebe o Festival de documentários É Tudo Verdade, que apresenta 10 produções audiovisuais entre curtas e longas nacionais e internacionais. Essas e outras matérias no link - http://issuu.com/brasildefatomg/docs/edi____o_47_do_brasil_de_fato_minas - . Curta a fanpage do Brasil de Fato no Facebook e fique por dentro do que acontece em Minas Gerais: https://www.facebook.com/brasildefatomg. Todas as edições do BF estão aqui: http://www.brasildefato.com.br/regional?tid_1%5B%5D=113

O Céu Hoje está em Festa para Receber Rubem Alves

Valeu, Raquel! "Bem, a mídia faz a parte de transmitir as informações e eu, Raquel, como filha farei meu depoimento pessoal sobre a situação que estamos passando. Não vou comentar sobre a minha dor e nem da minha família. Isso seria chover no molhado... Mas posso afirmar que prefiro converter a dor, de ver meu pai tão mal - em amor e gratidão por esse homem e esse pai maravilhoso. Seria injusto pensar nele com dor. Uma pessoa que só tem beleza nos olhos e amor no coração - o tempo todo - alma, pura alma... Quero sinceramente que acima de tudo as pessoas que o amam desejem o melhor para ele, independente do que isso represente. Acima de tudo o AMOR, a gratidão pelas palavras dele que serão eternas. Não há nada mais positivo e mais bonito que isso! E vamos com fé... Agradecemos muito o carinho e boas energias de todos vocês! Que as cores do crepúsculo mais belo preencham o coração de todos. Raquel Alves"

sábado, 5 de julho de 2014

Em Defesa do Direito Humano a Saúde, Viva o SUS.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Hino Nacional dos Conselheiros Tutelares

domingo, 29 de junho de 2014

O futebol como religião secular mundial

O futebol como religião secular mundial 28/06/2014 A presente Copa Mundial de Futebol que ora se realiza no Brasil, bem como outros grandes eventos futebolísticos, semelhante ao mercado, assumem características, próprias das religiões. Para milhões de pessoas o futebol, o esporte que possivelmente mais mobiliza no mundo, ocupou o lugar que comumente detinha a religião. Estudiosos da religião, somente para citar dois importantes como Emile Durkheim e Lucien Goldmann, sustentam que “a religião não é um sistema de idéias; é antes um sistema de forçasque mobilizam as pessoas até levá-las à mais alta exaltação”(Durckheim). A fé vem sempre acoplada à religião. Esse mesmo clássico afirma em seu famoso “As formas elementares da vida religiosa: ”A fé é antes de tudo calor, vida, entusiasmo, exaltação de toda a atividade mental, transporte do indivíduo para além de si mesmo”(p.607). E conclui Lucien Goldamnn, sociólogo da religião e marxista pascalino:”crer é apostar que a vida e a história tem sentido; o absurdo existe mas ele não prevalece”. Ora, se bem reparmos o futebol para muita gente preenche as características religiosas: fé, entusiasmo, calor, exaltação, um campo de força e uma permanente aposta de que seu time vai triunfar. A espetacularização da abertura dos jogos lembra uma grande celebração religiosa, carregada de reverência, respeito, silêncio, seguido de ruidoso aplauso e gritos de entusiasmo. Ritualizações sofisticadas, com músicas e encenações das várias culturas presentes no país, apresentação de símbolos do futebol (estandartes e bandeiras), especialmente a taça que funciona como um verdadeiro cálice sagrado, um santo Graal buscado por todos. E há, valha o respeito, a bola que funciona como uma espécie de hóstia que é comungada por todos. No futebol como na religião, tomemos a católica como referência, existem os onze apóstolos (Judas não conta) que são os onze jogadores, enviados para representar o país; os santos referenciais como Pelé, Garrincha, Beckenbauer e outros; existe outrossim um Papa que é o presidente da Fifa, dotado de poderes quase infalíveis. Vem cercado de cardeais que constituem a comissão técnica responsável pelo evento. Seguem os arcebispos e bispos que são os coordenadores nacionais da Copa. Em seguida aparece a casta sacerdotal dos treinadores, estes portadores de especial poder sacramental de colocar, confirmar e tirar jogadores. Depois emergem os diáconos que formam o corpo dos juízes, mestres-teólogos da ortodoxia, vale dizer, das regras do jogo e que fazem o trabalho concreto da condução da partida. Por fim vem os coroinhas, os bandeirinhas que ajudam os diáconos. O desenrolar de uma partida suscita fenômenos que ocorrem também na religião: gritam-se jaculatórias (bordões), chora-se de comoção, fazem-se rezas, promessas divinas (o Felipe Scolari, treinador brasileiro, cumpriu a promessa de andar a pé uns vinte km até o santuário de Nossa Senhora do Caravaggio em Farroupilha caso vencesse a Copa como de fato venceu), figas e outros símbolos da diversidade religiosa brasileira. Santos fortes, orixás e energias do axé são aí evocadas e invocadas. Existe até uma Santa Inquisição, o corpo técnico, cuja missão é zelar pela ortodoxia, dirimir conflitos de interpretação e eventualmente processar e punir jodadores, como Luiz Suarez, o uruguaio que mordeu um jogador italiano e até times inteiros. Como nas religiões e igrejas existem ordens e congregações religiosas, assim há as “torcidas organizadas”. Elas tem seus ritos, seus cânticos e sua ética. Há famílias inteiras que escolhem morar perto do Clube do time que funciona como uma verdadeira igreja, onde os fiéis se encontram e comungam seus sonhos. Tatuam o corpo com os símbolos do time; a criança nem acaba de nascer que a porta da encubadora já vem ornada com os símbolos do time, quer dizer, recebe já ai o batismo que jamais deve ser traído. Considero razoável entender a fé como a formulou o grande filósofo e matemático cristão Blaise Pascal, como uma aposta: se aposta que Deus existe tem tudo a ganhar; se de fato não existe, não tem nada a perder. Então é melhor apostar de que exista. O torcedor vive de apostas (cuja expressão maior é a loteria esportiva) de que a sorte beneficiará o time ou de que algo, no último minuto do jogo, tudo pode virar e, por fim, ganhar por mais forte que for o adversário. Como na religião há pessoas referenciais, da mesma forma vale para os craques. Na religião existe a doença do fanatismo, da intolerância e da violência contra outra expressão religiosa; o mesmo ocorre no futebol: grupos de um time agridem outros do time concorrente. Ônibus são apedrejados. E pode ocorrer verdadeiros crimes, de todos conhecidos, que torcidas organizadas e de fanáticos que podem ferir e até matar adversários de outro time concorrente. Para muitos, o futebol virou uma cosmovisão, uma forma de entender o mundo e de dar sentido à vida. Alguns são sofredores quando seu time perde e eufóricos quando ganha . Eu pessoalmente aprecio o futebol por uma simples razão: portador de quatro próteses nos joelhos e nos fêmures, jamais teria condições de fazer aquelas corridas e de levar aqueles trancos e quedas. Fazem o que jamais poderia fazer, sem cair aos pedaços. Há jogadores que são geniais artistas de criatividade e habilidade. Não sem razão, o maior filósofo do século XX, Martin Heidegger, não perdia um jogo importante, pois via, no futebol a concretização de sua filosofia: a contenda entre o Ser e o ente, se enfrentando, se negando, se compondo e constituindo o imprevisível jogo da vida, que todos jogamos. Leonardo Boff escreveu “Ecologia,mundialização e espiritualidade”, Record 2009.

"A grande imprensa age como partido político”

“A grande imprensa age como partido político” Nessa entrevista, Fernando Morais confirma que não vai mais escrever biografias: “Dá muito trabalho e pouco dinheiro. Assim que terminar o livro que estou escrevendo sobre o ex-presidente Lula, penduro as chuteiras”, assegura 25/06/2014 Ricardo Rabelo do Rio de Janeiro (RJ) Fernando Morais é um dos jornalistas mais engajados politicamente no Brasil. Nascido em 1948, na cidade mineira de Mariana, fez carreira em São Paulo atuando nas redações do Jornal da Tarde, da Veja, da Folha de S. Paulo e da TV Cultura. Nessa entrevista, ele confirma que não vai mais escrever biografias. “Dá muito trabalho e pouco dinheiro. Assim que terminar o livro que estou escrevendo sobre o ex-presidente Lula, penduro as chuteiras”, assegura. Fernando fala ainda sobre vários temas: política, governo Dilma, regulação da mídia, marco civil da Internet, espionagem americana e utopias. Você acha que Dilma fez um bom ou mal governo? Fernando Morais - Fez, sim, um ótimo governo. Tenho objeções pontuais com relação à descontinuidade de políticas importantes implantadas por Lula, como a política externa e a democratização da aplicação dos recursos de publicidade das empresas estatais. A mídia conservadora é desonesta? Toda generalização é perigosa. Eu diria que muitos veículos da mídia conservadora se converteram em partidos políticos. Disfarçados, mas partidos políticos. Mas acho que devemos tratar de maneira diferente os veículos de papel daqueles que são fruto de concessão pública. Não devemos perder de vista que a imprensa está sempre a serviço dos interesses e da ideologia de quem paga as contas no final do mês. Seja em Washington, em Havana, no Rio ou em Beijing. No caso dos meios eletrônicos de comunicação, como o rádio e a TV, no entanto, é preciso ressaltar que se trata de uma propriedade social, uma concessão pública que não pode, por exemplo, ser colocada a serviço de interesses antinacionais. O que pensa sobre a regulação da mídia? Sou e sempre fui a favor. Jornais, revistas e TVs vêm envenenando e confundindo a opinião pública ao associar regulação à censura. Regulação, como existe em outros países, é impedir propriedade cruzada: quem é dono de concessão de TV não pode ser concessionário de rádio nem dono de jornal e revista; é proibir parlamentares e seus parentes de enésimo grau de serem concessionários de rádio e TV; é discutir com a sociedade a renovação das concessões de rádio e TV. Nada de censura. Como vê a regulação da mídia na Argentina? O modelo da Argentina foi muito bem sucedido. Lá a Ley de Medios atacou fundo a propriedade cruzada. O império encabeçado pelo jornal Clarín foi obrigado a se desfazer de ativos para continuar sendo concessionário de meios eletrônicos. A grande imprensa age como quarto poder? Não. Age como partido político. Meio envergonhada, porque não tem coragem de assumir isso, mas age como partido político. De direita. O que pode ser feito para incentivar a pequena imprensa? Primeiro que ela seja boa, legível e que traga notícias que são escamoteadas pela grande imprensa. As medidas implantadas pelo ministro Franklin Martins, no governo Lula, pulverizando as verbas de publicidade estatais entre milhares e milhares de veículos – verbas que antes eram destinadas apenas à mídia conservadora - foram uma transformação importante na democratização das comunicações. Como viu a espionagem americana revelada recentemente? A bisbilhotice planetária por parte dos Estados Unidos é mais velha que a Sé de Braga. No final dos anos 90, quando o FBI prendeu cinco cubanos na Flórida, condenando-os a penas enormes (um deles pegou duas perpétuas), Fidel Castro reagiu: “É assombroso que os Estados Unidos, o país que mais espiona no mundo, acusem de espionagem justamente a Cuba, o país mais espionado do mundo. Não há chamada telefônica minha para qualquer dirigente político no exterior que não seja captada e gravada por satélites e sistemas de escuta dos Estados Unidos”. Qual será o papel de Lula nestas eleições? A presença de Lula na campanha será importante não só porque ele se converteu na mais expressiva liderança popular do Brasil. O governo Dilma é a continuação do seu governo. Tenho acompanhado o ex-presidente em suas andanças pelo Brasil e pelo mundo, como parte do trabalho de campo de um livro que escreverei sobre ele e seu governo. Nas eleições municipais de 2012 a presença dele em palanques regionais arrebatava multidões e alterava as pesquisas de opinião locais. Ter o apoio de Lula é um handicap (vantagem) cobiçado por todo candidato de esquerda. Confere que não vai mais escrever biografias? Confere. Como dizem os tucanos, cansei. Dá muito trabalho e pouco dinheiro – ao contrário do que imagina o Roberto Carlos. Assim que terminar o livro que estou escrevendo sobre o ex-presidente Lula, penduro as chuteiras. Quais são seus projetos? Estou desenvolvendo com o cineasta Claudio Kahns um canal internacional de notícias para a internet. Vamos ver se dá certo. Tem alguma utopia? A de sempre: a construção do socialismo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

31 Festivale

RELAÇÃO DOS CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS PARA ELIMINATÓRIA DE QUINTA-FEIRA – DIA 03.07.14 Concorrente Música Cidade 1 Alessandro Silva Depois da Porteira Araçuaí - MG 2 Beto Mota Fórum dos Vagalumes Curvelo - MG 3 Camila Gomes Saudade Teófilo Otoni - MG 5 Grace Matos Proezas Matutas Araçuaí - MG 6 Herena Barcelos Despedida Itinga - MG 7 Ivan Pestana Nossa Evolução Minas Novas - MG 4 Jorge Dikamba Boi da Estrela Belo Horizonte - MG 8 Luiz Bira Retratos de Minas Itabira - MG 9 Marinho San Nascentes, filhos e rios Belo Horizonte - MG 10 Volber Maciel Canção do Retirante Turmalina - MG CLASSIFICADOS PARA ELIMINATÓRIA DE SEXTA-FEIRA – DIA 04.07.14 Concorrente Música Cidade 1 Anderson R. de Oliveira Aldeia Global Belo Horizonte - MG 2 Danielle Bomfim Jardim em Flor Brasília - DF 3 Dentinho Aroeira Casa Histórias Joinville – SC 6 Diorgen Junior Tributo às Aguas Governador Valadares - MG 4 Efrahin Maia Girassol Colatina – ES 5 Francisco Carlos Silva Quase Feliz Brumado – BA 7 Laécio Bethoven Jardim Viola Salvador – BA 8 Laécio Bethoven Dança dos Rios Salvador – BA 9 Marcos Catarina Alma Estradeira Belo Horizonte - MG 10 Pedro Hoisel Ferraz Um só coração Belo Horizonte - MG 11 Tavinho Limma Pelos Cantos Ilha Solteira – SP 12 Walter Dias Amores Belo Horizonte - MG Att, Comissão Organizadora Contato: 31 9631-7818 | 33 8880-2029 | 33 3731-4432 e-mail: valemaisjequitinhonha@gmail.com Programação do 31º FESTIVALE VALEMAIS - Instituto Sociocultural do Jequitinhonha valemaisjequitinhonha@gmail.com | Facebook Valemais

quinta-feira, 26 de junho de 2014

26 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A TORTURA E DE SOLIDARIEDADE ÀS VÍTIMAS DA TORTURA

No dia 26 de junho, as Nações Unidas lembram e homenageiam as vítimas da tortura. Por isso, Francisco, que sabe o que significa viver em um regime ditato­rial que usa a tortura para liquidar a opo­sição, decidiu abrir o debate sem ter de esperar pelo dia 26. Assim, no dia 22, durante a cerimônia do Ângelus, diante de 100 mil pessoas que encheram a praça da catedral de São Pedro, em Roma, o papa afirmou: “Tor­turar as pessoas é um pecado mortal, é um pecado muito grave. O dia das Na­ções Unidas em favor das vítimas da tor­tura que ocorre no próximo dia 26 não fica limitado à denúncia. A Igreja deve atuar em vez de ficar em cima do muro a olhar. Os cristãos devem se comprome­ter em colaborar para abolir a tortura e apoiar as vítimas e seus familiares”. Uma declaração que atinge o vergo­nhoso comportamento de setores da Igreja Católica que, sobretudo, na Ar­gentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia e no Brasil apoiaram os regimes ditato­riais mesmo sabendo que os agentes da repressão praticavam a tortura, matando e fazendo, depois, desaparecer os corpos de suas vítimas. Tal homilia de Francisco não pretende questionar somente o passado. Ela atin­ge também os civilizados centros prisio­nais e as policiais europeus, dos Estados Unidos, de Israel, da Rússia, do Brasil, do México, da África do Sul e de tantos outros países, onde muitos jovens mor­rem no momento da captura ou durante os interrogatórios, vítimas de uma indis­criminada prática da tortura. Neste contexto não podemos esquecer que também os regimes prisionais obses­sivos para “terroristas como os de Guan­tánamo, de Imrali, na Turquia ou de Ka­rameh, em Israel, são um instrumento de tortura que em muitos casos provocam a despersonalização dos presos e, até, a desarticulação das funções cerebrais, ali­mentando assim a síndrome do suicídio ou a loucura”. Praticamente, Jorge Mario Bergoglio, mais conhecido por papa Francisco, no Ângelus do dia 22, pediu a todos os cris­tãos para que apontem o dedo não só contra os “Videlas” e os “Pinochets” de ontem. Também pediu para não ficarem calados quando nos comícios eleitorais alguém disser que a tortura é um crime contra a humanidade e, depois, ao vol­tarem para os seus ministérios, justifica­rem o uso da tortura para os policiais ob­terem uma confissão fácil. http://www.brasildefato.com.br/node/28961

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Minas tem maior número de resgatados em situação de trabalho escravo

Balanço também revelou que, pela primeira vez, meio urbano supera rural em número de resgates ------------------------------------------------- 25/06/2014/ Por Agência de Comunicação em Direitos Humanos do MNDH ------------------------------------------------- Em balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sobre o trabalho escravo em 2013, Minas Gerais foi o estado em que mais pessoas foram resgatadas em situação de trabalho análogo ao escravo. O balanço revelou também que, pela primeira vez, o número de resgates feitos no meio urbano superou o rural, representando 51,7% do total de 2.063 trabalhadores resgatados em todo país. A construção civil é a principal causa dessa mudança, principalmente em Minas Gerais, em que todos os resgatados no meio urbano eram trabalhadores deste setor. Foram resgatadas 446 pessoas no estado, sendo que 82% se encontravam no meio urbano. Conceição do Mato Dentro, região Central de Minas, teve o maior número de resgates no país. Foram 173 pessoas em 2013, todas trabalhadoras de obras do projeto Minas-Rio, da Anglo American, que inclui mina, porto e o maior mineroduto do mundo. Os trabalhadores eram de uma empresa terceirizada. Em 2014, mais 185 trabalhadores foram resgatados no mesmo local, por jornadas de trabalho que chegavam a 88 dias sem folga. O chefe da fiscalização da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), Alexandre Lyra, explica que a fiscalização tem aumentado no meio urbano. “Esse número mostra que o uso de mão de obra análoga a de escravo tem se intensificado no meio urbano, onde temos aumentado as demandas, mas sem se afastar do meio rural, onde já temos um histórico de enfrentamento”, avaliou. Lyra também explica que Minas Gerais teve mais resgates devido ao maior número de fiscalizações no meio urbano. Foram 16 fiscalizações contra 20 de São Paulo e 6 no Rio de Janeiro, outros estados em que houve maior fiscalização com este foco devido aumento do número de ocorrências. Esses números são decorrentes das ações de fiscalização das equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), diretamente vinculadas à Detrae e também da atuação dos auditores fiscais do Trabalho lotados nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) em todo país. Veja os quadros do ranking completo em http://portal.mte.gov.br/imprensa/mte-divulga-balanco-do-trabalho-escravo-em-2013/palavrachave/trabalho-escravo-balanco.htm. Leia também: Minas Gerais lidera ranking de trabalho análogo à escravidão http://www.otempo.com.br/capa/economia/minas-gerais-lidera-ranking-de-trabalho-an%C3%A1logo-%C3%A0-escravid%C3%A3o-1.845109 (Com informações da Ass. de Imprensa do MTE) Por Cínthya Oliveira, da Agência de Comunicação em Direitos Humanos do MNDH

domingo, 15 de junho de 2014

Vem aí, Virada Cultural de BH, 2014. Participe

VIRADA CULTURAL Vinte e quatro horas, ininterruptas, de programação artística e cultural nas diversas áreas: música, teatro, dança, circo, audiovisual, literatura, artes plásticas, moda, gastronomia. Esta é a proposta da Virada Cultural de Belo Horizonte, um circuito que irá reunir o melhor dos artistas de Belo Horizonte a partir das 19h do dia 30 até às 19h do dia 31 de agosto de 2014. Em sua segunda edição, a Virada traz à tona conceitos discutidos e apropriados pela cidade, como o uso do espaço público, sustentabilidade, mobilidade e novas vivências.