sábado, 30 de outubro de 2010

Curso: Eventos empresariais de resultado



A realização de eventos traz vários benefícios para uma empresa: melhora a comunicação interna, aproxima-se de clientes e prospects, dá visibilidade à marca, traz recursos para a instituição, dentre vários outros.

Organizar um evento de sucesso é uma tarefa complexa, pois envolve diversas áreas da empresa como administração, planejamento, logística e comunicação, além de lidar com vários profissionais terceirizados: segurança, garçom, recepcionistas, buffet, artistas etc.

Para garantir um evento tranquilo é preciso um profissional competente e com uma formação bem específica. Este curso visa mostrar ferramentas práticas para auxiliar o profissional a planejar, organizar, acompanhar e fechar um evento, sem se esquecer de passos importantes de pré- e pós-evento.

Facilitadora: Shirley Stark, graduada em Comunicação Integrada, com ênfase em Relações Públicas, pela PUC Minas. Dentre suas experiências estão a coordenação do posto de atendimento e produção de eventos do Grupo Fiat. Além disso, coordenou a área de eventos e relacionamento com clientes do Laboratório São Marcos. Atualmente ministra cursos e palestras na área de eventos e atendimentos e atua na área de Relacionamentos e Parcerias da Alertse Qualificação Profissional.

Data: 30 de outubro
Horário: 09h às 18h
Local: INAP - Av. Carandai 448 - Funcionários
Investimento:
* Investimento: 510,00
* Investimento para parceiros e ex-alunos: R$ 255,00
* Descontos não cumulativos
* Desconto de 30% para estudantes de entidades não-conveniadas
* Desconto de 50% para parceiros

Verifique condições de parcelamento. Pague com cartão de credito via Pagseguro até 18 vezes

Informações e inscrições:

Telefone: (31) 3243-5774 / (31) 9872-0260
Email: shirley@alertsequalificacao.com.br
Blog: alertsequalificacao.wordpress.com
Site: www.alertsequalificacao.com.br
Siga a Alertse no Twitter: @alertse



Importante:

- Os estudantes devem apresentar o comprovante de escolaridade para realizar a matricula com desconto no ato da inscrição.

- Para pagamento com cheque, é obrigatória a apresentação do CPF do responsável financeiro além da presença do mesmo no ato da matricula. Só são aceitos cheques com contas abertas há pelo menos 6 meses, da praça de Belo Horizonte.

- Após a inscrição, caso haja desistência do inscrito por qualquer motivo, o aluno terá que comunicar com 15 dias antes do início do curso e será cobrado 20% do valor para cobrir despesas administrativas.

- É reservado a Alertse Qualificação Profissional o direito de cancelar qualquer curso, caso não haja numero suficiente de alunos para a sua realização, bem como proceder eventuais alterações. Na hipótese de cancelamento da turma, fica facultado ao aluno matricular em nova turma ou ter o valor pago devolvido.

ETC BH - Encontro de Twitteiros Culturais de Belo Horizonte

ETC BH - Encontro de Twitteiros Culturais de Belo Horizonte

Humor e internet são temas do 6º Encontro de Twitteiros de Belo Horizonte (4/11)

Os criadores do site de humor “Mundo Canibal”, Rodrigo e Ricardo Piologo, são alguns dos convidados desta edição do evento.

Dar uma boa gargalhada faz muito bem para a saúde, pois aumenta a circulação sanguínea, diminui os níveis de estresse e mexe com vários músculos do corpo. Além disso, o bom humor torna mais leve os momentos e acontecimentos difíceis de nossas vidas.

Na internet, através das redes sócias, principalmente, pelo Twitter, o humor é instantâneo e divulgado para milhares de pessoas. Assuntos diversos viram comentários bem humorados de comediantes famosos e anônimos através do microblog.

Diante dessa realidade, o 6º Encontro de Twitteiros Culturais de Belo Horizonte (ETC-BH) tem como tema “Twittando e Rindo: sobre internet, Twitter, redes sociais e humor”. O objetivo é discutir o humor nas redes sociais, as formas como as pessoas comentam sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo de forma bem humorada na internet.

O encontro será no dia 4 de novembro (quinta-feira) a partir das 19h30, no anfiteatro (L2) do Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6061 Savassi). O evento é realizado pela Estação do Saber, com coordenação de Júlia Ramalho Pinto e Salomão Terra, patrocínio do Uni-BH e apoio do Shopping Pátio Savassi.

Para debater o assunto, a 6ª edição do Encontro contará com a presença do psicanalista, Antônio Teixeira e dos criadores do site de humor “Mundo Canibal” (
www.mundocanibal.com.br) e de animações como “Avaiana de Pau” e “Monstro Jackson”, os irmãos Rodrigo e Ricardo Piologo.

Em um papo bem humorado e descontraído, enquanto Antônio Teixeira explica o que é humor sobre a ótica da psicanálise, os criadores do site contam suas experiências na internet utilizando, como eles mesmos afirmam, de um “humor incorreto”.

“O humor incorreto se utiliza de uma linguagem mais adulta e do humor negro. A gente, às vezes, exagera. A ideia no “Mundo Canibal” e de nossas redes sociais é que as pessoas se divirtam sem levar as coisas a sério. Não queremos conscientizar ninguém”, explicam os irmãos Piologo.

Humor da internet para as ruas de BH

Para instigar o público e propor uma reflexão à população belo-horizontina os organizadores do 6º ETC-BH realizarão em algum lugar da capital mineira a intervenção urbana, “Palavra na Cidade”.

Em sua 4ª edição, a intervenção propõe aos twitteiros e internautas que enviem através dos twitters (
www.twitter.com/@pegueTT), (www.twitter.com/@arpjulia), (www.twitter.com/@ETC_BH), ou do site (http://www.estacaodosaber.art.br), uma mensagem bem humorada e engraçada (até 140 caracteres), sempre com o código “#EuRi”.

Na manhã do dia 03 de novembro, essas mensagens serão entregues para as pessoas que passam pelas ruas de Belo Horizonte. O local onde acontecerá a intervenção será divulgado através do microblog (
www.twitter.com/arpjulia). A “Palavra na Cidade” é coordenada pela Assistente Social, Camila Tuti.

Sobre o ETC

O evento é uma iniciativa da Poiesis do Publishnews com parceria da Estação do Saber. O encontro vem tomando proporções cada vez maiores, ao todo são 17 cidades participantes e 14 Estados mobilizados.

O principal foco é reunir os usuários virtuais do Twitter em um relacionamento ao vivo, numa conversa descontraída e sobre assuntos variados. É pensar a relação do Twitter com a cultura, forma de utilização e como o Twitter pode auxiliar na difusão de informações para públicos não interessados na área. A platéia poderá interagir com perguntas e colocações.

O debate poderá ser acompanhado através do Twitter (
www.twitter.com/@ETC_BH) com postagem de frases e comentários ao vivo das apresentações e haverá transmissão via ustream no site da Estação do Saber (http://www.estacaodosaber.art.br).

#Doeumlivro

O Projeto @ETC_BH participa novamente da campanha @doeumlivro que surgiu no twitter em 2009. Leve seus livros para serem doados durante o evento no anfiteatro do Shopping Pátio Savassi. Mais informações sobre campanha acesse:
http://www.doeumlivro.com.br/

Agenda: “ETC BH (Encontro de Twitteiros Culturais de Belo Horizonte)”
Datas: 04 de novembro de 2010, quinta-feira
Horário: 19h30.
Local: Anfiteatro (L2) do Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6061 Savassi)
Entrada Franca
Informações: (31)2551-7663

Informações para a imprensa:
Estação do Saber: Ampla Soluções em Comunicação
Liège Camargos e Marianna Moreira
(31) 3225-1116/3221-9241/8822-0858
ampla@amplacomunicacao.com.br
www.twitter.com/amplacom
Outubro/2010

Marianna Moreira
Ampla Soluções em Comunicação
Rua Visconde de Taunay, 61A - São Lucas
Belo Horizonte - MG - 30240-300
(31) 3225-1116 / 3221-9241 / 8822-0858
imprensa@amplacomunicacao.com.br

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Curso de prevenção às drogas


Curso de prevenção às drogas

Estão abertas até o dia 10 de novembro as inscrições para a 3ª edição do curso “Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – Capacitação para Conselheiros e Lideranças Comunitárias”, promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD). O curso será ofertado na modalidade de Educação a Distância, com carga horária de 120 horas, durante três meses, com o intuito de fortalecer a atuação em rede para a prevenção da violência e da criminalidade relacionada ao uso indevido de drogas. O curso é gratuito e oferece certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Poderão participar conselheiros atuantes nos Conselhos Municipais de Segurança, Sobre Drogas, Tutelar, Direitos da Criança e do Adolescente, Educação, Saúde, Assitência Social, Conselhos Escolares, Juventude, Idoso e Trabalho, Conselho de Segurança Comunitária e agentes comunitários em ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas.

O curso foi elaborado por especialistas da área e reúne informações atualizadas sobre: classificação das drogas e seus efeitos, padrões de consumo de drogas, tratamento, redução de danos, prevenção ao uso de drogas, legislações e políticas públicas correlatas à questão do uso de drogas, dentre outros assuntos.

Para obter mais informações e realizar sua inscrição, acesse o site:

CMRR oferece curso e oficinas em Belo Horizonte

CMRR oferece curso e oficinas em Belo Horizonte

Estão abertas as inscrições para o curso de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (GRCC) que acontecerá de 3 a 5 de novembro, no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), em Belo Horizonte.

O curso é direcionado aos profissionais das áreas de Construção Civil, Engenharias Civil, Sanitária e Ambiental, Arquitetura e Meio Ambiente. Além dos profissionais das áreas específicas, o CMRR receberá inscrições também de estudantes e profissionais de áreas afins.

A carga horária é de 20 horas, sendo quatro delas destinadas a visita técnica. O conteúdo programático contém normas e técnicas sobre projeto de gerenciamento dos resíduos da construção civil, legislação referente à gestão ambiental, classificação dos resíduos da construção, além de conceitos sobre meio ambiente e capacidade de suporte.

As aulas acontecem das 8h às 17h (nos dois primeiros dias) e de 8h a 12h (no último dia). Os investimentos são de R$ 100 para estudantes e grupos com no mínimo cinco pessoas; R$ 120 para empresas associadas ao Sinduscon e R$ 140 para os demais interessados.

As inscrições devem ser feitas pelo telefone: (31) 3465-1203.

Oficinas gratuitas

Entre os dias 4 a 25 de novembro, o CMRR realizará cinco oficinas por meio do programa Portas Abertas, com a temática de consumo consciente e a educação ambiental. O objetivo é difundir os caminhos para a prática dos três Rs (reduzir, reutilizar e reciclar).

As oficinas são: oficina de aproveitamento integral de alimentos na cozinha experimental, confecção de mosaicos a partir do reaproveitamento de embalagens de amaciante e xampu, produção de papel artesanal a partir do reaproveitamento de papeis obsoletos, confecção de Puff com garrafas PET, caixa de presente confeccionada a partir de embalagem tetra park e papel artesanal, Flor Reciclada e Mostra de vídeo.

O CMRR está localizado na rua Belém esquina com avenida dos Andradas, n° 40, bairro Esplanada, em Belo Horizonte. As atividades acontecem nos turnos da manhã e tarde e são direcionadas às crianças de até 12 anos.

Mais informações e inscrições:

Telefone (31) 3465-1212

Dois do Samba e Jair Rodrigues

Show "Dois do Samba e Jair Rodrigues"

Dudu Nicácio e Rodrigo Braga comemoram 5 anos de parceria e homenageiam os 50 anos de carreira do cantor Jair Rodrigues.

Informações no flyer abaixo.

Obs: Ingressos já estão a venda na bilheteria do SESI MINAS entre 13:00 e 19:00h

Clique na imagem

MDA abre chamada pública de Ater para acesso à alimentação escolar

MDA abre chamada pública de Ater para acesso à alimentação escolar

O MDA publica hoje, 27 de outubro, Chamada Pública de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para apoiar empreendimentos coletivos para acessarem o mercado da alimentação escolar, dos Estados do Rio de Janeiro, Amazonas e Minas Gerais. O valor total da Chamada é de R$ 4,6 milhões.

Poderão participar instituições, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, previamente credenciadas no Sistema de Ater Pública (Siater). Não é permitida a apresentação de projeto para mais de um Estado. As entidades terão 30 dias para apresentar os projetos, contados a partir da data de publicação no Diário Oficial da União.

O edital está disponível no portal do Ministério (
www.mda.gov.br).

SAF/MDA

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Construção Comunitária da Nossa Casa de Fé

A Construção Comunitária da Nossa Casa de Fé

Campanha-Igreja

Por Gildázio Santos

Tijolos, pedras, britas, areia, cimento, ferragem, madeira, vidro, portas, pisos, ferramentas, andaimes, mão-de-obra de: pedreiros, serventes, carpinteiros, eletricistas e outros, formam um conjunto de elementos necessários, para erguer uma obra composta de um processo que vai da fundação ao telhado bem como seu acabamento.

Esse processo é natural em qualquer construção, essa lista pode ser maior ou menor, com mais ou com menos recursos, dependendo do empreendimento, porém quando se trata de uma obra comunitária deveremos observar alguns aspectos que vai além da lista acima mencionada e dos procedimentos normais de uma construção.

No caso que nos toca, queremos falar do processo Coletivo da Construção e Acabamento da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Juvenília, até então Comunidade, mas que está em processo de transformação para se tornar Paróquia, hoje pertencente à Paróquia Cristo Rei com Sede em Montalvânia.

O sentido dessa obra vai além dos materiais de construção que a faz ficar de pé e bonita, antes das pedras, as ferragens e as madeiras, existem as pessoas, que ao longo dos anos formaram a comunidade de fé composta de homens e mulheres que reconheceram fracos individualmente, mas fortes na irmandade e solidariedade do trabalho, resolveram construir um espaço para celebrar a vida desde o batizado e outros sacramentos até o coroamento da vida a um passo da ressurreição.

A nossa comunidade foi iniciada em 1953, quando da Chegada dos Bandeirantes estudantes da Escola Caio Martins, liderados pelo nosso Fundador Coronel Manoel José de Almeida, o primeiro evento que marca esse início, é a Celebração da Primeira Missa em Baixo do Juazeiro – do pé de Joa, na rua que até hoje responde pelo nome da celebração Religiosa católica: “Rua da Primeira Missa”.

De lá para cá a vila foi ampliando e a comunidade católica também, na sequência, a vila recebeu uma Igrejinha que durou até 1986, quando o então Prefeito de Montalvânia senhor Antônio de Matos resolveu destruí-la para construir no mesmo local a caixa de água, que fica no Centro da Avenida Minas Gerais, o que era para ser um patrimônio cultural e religioso da futura cidade, a partir de uma atitude truculenta, virou pó e deu lugar para uma caixa quadrada, que apesar de ter sido muito útil nos anos posteriores, poderia ter sido construída em outro lugar, sem destruir nosso primeiro símbolo de Fé.

Já a outra igreja da comunidade foi construída em uma praça enorme, a igreja anterior estava pequena precisava ser ampliada, ela foi colocada no chão para receber o novo prédio, mas na nossa memória reside muitas lembranças, da nossa querida igreja, recebeu os fiéis durante um período de aproximadamente 30 anos, nela muitos de nós fomos batizados, participamos de missas, primeira eucaristia, crisma, encontros de grupo de jovens: JUBIC, JUNAC, FDEL, teatros, natal e sextas-feiras da paixão, muitas páscoas passamos ali, foram celebradas formaturas de oitava séries da Escola Estadual Antônio Ortiga e da Coronel Manoel José de Almeida, casamentos de muitos de nossos amigos e parentes e até despedidas de entes queridos que já nos deixaram com saudade.

Agora estamos dando um passo rumo ao futuro, a cidade recebeu um templo do tamanho de seu povo e de sua história, o grande templo foi erguido com força, empenho, coragem e o empreendedorismo de nossas lideranças da comunidade de fé, com o apoio incondicional dos nossos bispos: O anterior Dom Anselmo Müller e o atual Dom José Moreira da Silva, os nossos padres e as preciosas irmãs Dominicanas, que desenvolveram um esplêndido trabalho missionário em nossa cidade.
O apoio, participação, a colaboração, as doações e remates de leilões, as rifas, bingos, festas e outras inúmeras atividades que possibilitaram a arrecadação de recursos para chegarmos na etapa avançada, um prédio imponente e bonito, dignifica e orgulha todos os que participam ativamente deste processo de construção coletiva onde celebramos a nossa fé, nossa vida e a esperança de dias melhores.

Sabemos que até aqui muitos foram os esforços, mas ainda não concluímos a obra, e necessário mais apoio para que possamos terminá-la, ainda faltam o acabamento: do piso, forro do teto e tinta, mais uma vez é tempo de colaborar de participar, para que nossa Casa de Fé fique ainda mais bonita, quem já colaborou até aqui pode ajudar mais um pouquinho e quem ainda não colaborou tem a oportunidade de contribuir.

Nesse sentido, lançamos uma campanha de arrecadação de recursos para a conclusão da obra pretendemos até dezembro arrecadar por meio de doações diretas, de realização de pequenos eventos, venda de camisetas, entre outros, aproximadamente R$ 10.000, acreditamos que através de sua ajuda de seus familiares e amigos poderemos atingir esse objetivo.

Formas de Colaboração e Participação:

1) Depósito em Conta Bancária:

Caixa Econômica Federal
Delvanice Silva Santos Matos
Agencia: 0771
Operação: 013
Conta: 047231-4

2) Pagamento Pelo Boleto ( Imprimir da Internet)
2.1 Entrar no Blog: www.areteeducar.blogspot.com
2.2 Clicar no link do Pag seguro abaixo da Logomarca da Campanha,
2.3 Preencher o valor da doação, o seu nome, e-mail,
2.4 Escolher o Banco e Gerar e imprimir o boleto,
2.5 Efetuar o Pagamento em Um banco ou lotérica.

Contatos da Campanha:

Em Brasília/ Goiânia

Marivaldo - Xuda --- 61 95518157
E-mail:
mauro.topografia@yahoo.com.br

Em Belo Horizonte/ Betim e Contagem

Carlinhos --- 31 98144094
E-mail:
carlosviniciosmp@ig.com.br

Gildázio ----31 98643647
E-mail:
santos.gildazio@ig.com.br

Mabison ---- 31 97149432
E-mail:
mabimjuv@hotmail.com
---- 38 99732108

Em Juvenília:

Zé Alves ----- 38 99162113
E-mail:
alves.santosjuv@gmail.com

Rosimeire ----- 38 99265875

Delvanice ----- 38 99271969

http://www.nossajuvas.ning.com/
http://www.areteeducar.blogspot.com/

5ª Edição do Festival do Frango Caipira

5ª Edição do Festival do Frango Caipira

Nesses tempos em que eleger “musas” se transformou em algo banal, uma figurinha fácil, arroz de todo banquete, rouba a cena e reina absoluto: o frango caipira!

Em panelas de pedra ou de barro, preparado horas a fio no fogão à lenha, sob os temperos mais inusitados e molhos diversos, a iguaria, mineira por excelência, é que vai dar sabor ao V Festival Gastronômico Frango Caipira, que acontece de 29 de outubro a 02 de novembro em São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro.



Em sua quinta edição, o Festival traz variações sobre o mesmo tema: inovar nos sabores, tendo como ingrediente principal, o autêntico franguinho caipira. O evento se firmou no cenário da gastronomia mineira e convida a algo mais: estar à mesa, encontrar amigos, sentir a mineiridade nos sabores, nos aromas e na beleza de São Gonçalo. Sem dispensar uma “sobremesa” á parte que seria um banho de cachoeira!

Realizado pelo Grupo Gestor do programa Turismo Solidário e pela Associação Comunitária Sempre Viva, o V Festival Gastronômico Frango Caipira é uma iniciativa dos empreendedores de São Gonçalo do Rio das Pedras, que tem como principal objetivo a valorização da gastronomia regional.

Ingredientes inusitados

Frango com quiabo, molho pardo e frango com ora pro nobis já são velhos conhecidos e, é claro, estão no cardápio do evento. A novidade fica por conta de receitas resgatadas de um tempo em que a utilização de plantas nativas na alimentação era comum. Daí surge o frango com palma e frango com quiabo da lapa, ambos pratos elaborados com cactus. Seguindo a linha dos inusitados, utilizando folhas de árvores nativas de cerrado, estão o frango ao lobo e frango com quiababá, que remetem o visitante ao tempo da tropeiragem, quando burros e mulas transportavam pelas ruas os alimentos produzidos na região.

Como a história se constrói no dia a dia, a culinária também se modifica ao longo do tempo e novas receitas vêm sendo desenvolvidas, dando ares de modernidade a esta tradicional iguaria mineira. Segundo a produtora do evento, Cleide Greco, é assim, inovando o tradicional, que surgem o frango com cogumelos, cocó ao vinho, cocota na panela, galeto temporá, ajeitadinho, galinha ao creme de milho, cocó ao pequis.

Enfim, essa grande aventura gastronômica vai além das cozinhas e toma conta da bela São Gonçalo. O certo é que nos bares e restaurantes da cidade o visitante encontrará sempre uma boa cerveja gelada e a tradicional cachacinha mineira para acompanhar as delícias de frango caipira!

Para acompanhar a boa mesa, uma boa música: na segunda feira, primeiro de novembro, ao final da tarde, uma roda de chorinho encerra a Feira de Artesanato Regional que acontece durante todo o evento no Largo do Comércio, no centro da localidade e bem próximo à cachoeira que leva o mesmo nome. O evento tem o patrocínio do Programa Turismo Solidário, SEBRAE – MG e Prefeitura Municipal do Serro.

Serviço:

Meios de hospedagem:

Pousada do Capão: 38 3541 6076

Pousada do Pequi: 38 3541 6100

Pousada Fundo de Quintal: 38 3541 6076

Pousada Refúgio 5 Amigos: 38 3541 6037

Receptivos Familiares do Programa Turismo Solidário: 38 8803 3570

Contato:
Cleide Greco
(38) 3541 6100 / 88137140
cleide.greco@gmail.com

Jovelina – (38) 8803 3570

terça-feira, 26 de outubro de 2010

GAIA contrata Profissional em Minas Gerais


GAIA contrata Profissional em Minas Gerais

Ciências Humanas, Sociais
Coordenador de Desenvolvimento Local

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II Congresso Magno Oliveira - Luziânia/GO

II Congresso Magno Oliveira - Luziânia/GO
28 a 20 de Outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ONG Ação Educativa Seleciona Pesquisadores até 30/10

Pesquisadores para Ação Educativa

O Programa Juventude da Ação Educativa está contratando pesquisadores para realizar estudos de caso em quatro diferente estados do Brasil. O objetivo é contribuir para o mapeamento e análise de iniciativas que tenham como foco a educação e a qualificação e/ou inserção profissional de jovens de 15 a 29 anos.

As atividades previstas são:

- Realização e análise de entrevistas com pelo menos 1 coordenador, 2 educadores e 4 jovens de dois projetos de um determinado Estado do Brasil (a definir)

- Produção de um relatório final.

Prazos:

Realização do trabalho de campo: 16 a 29 de novembro de 2010.

Entrega do relatório final: no máximo até 06 de dezembro de 2010.

Perfil: Mestrado ou Doutorado em Ciências Sociais, Educação ou áreas afins, preferencialmente na temática da Juventude. Disponibilidade para viajar. Experiência em realização e análise de entrevistas, bem como na sistematização de resultados.

Remuneração:

R$4.500,00 para a realização das entrevistas e produção de um relatório final

Deslocamento e hospedagem no local serão responsabilidade da Ação Educativa.

Enviar currículo até 30/10 para:
carla@acaoeducativa.org

Ser professor, de ofício

Ser professor, de ofício.

É muito natural que um filho aprenda a trabalhar ajudando o pai, com este a seu lado. Há muitas profissões e ofícios – digníssimos e necessários – que não se aprendem nos livros. A vida está cheia de tarefas que apenas se aprendem quando se trabalha nelas. (Paulo Geraldo)

Educar não é uma tarefa simples, mas um ofício que vamos aperfeiçoando ao longo de nossa vida profissional. O tempo que atuamos como professor, em sala de aula, nos garante certa experiência, mas é certo que, como ofício, educar sempre é um processo de permanente construção. Às vezes, determinadas experiências pedagógicas exitosas ou marcantes acabam imprimindo caráter de perpetuação de nosso jeito de ensinar. Por isso mesmo, sempre é importante separar, para compreender, os “ossos de nosso ofício” da dureza da realidade em que estamos a atuar, em nossas escolas. E semear esperança.

O dicionário online de português define ofício como sendo “qualquer atividade especializada de trabalho; profissão; emprego; meio de vida”. Definir a especificidade de nosso ofício nem sempre é fácil, uma vez que o “produto” de nossos investimentos são as pessoas. O que define as pessoas é a capacidade de criar, de pensar e sua condição de liberdade. Certo é que nem sempre os conhecimentos que julgamos importantes batem com as necessidades, desejos e angústias das nossas crianças, adolescentes, jovens ou adultos. E nem sempre nos sentimos preparados para contornar os embaraços que estas situações provocam em nossa sala de aula.

De acordo com o que reza nossa Constituição, “a educação, direito de todos e dever do estado e da família, visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Os conceitos são abstratos, mas fundamentais para compreendermos o sentido de nosso ofício de educar. Trata-se de compreender que a educação invoca a integralidade, envolvendo todas as dimensões do ser humano. Neste sentido, educar significa construir as possibilidades de nos humanizar, de nos fazermos gente, sempre e em todo lugar.

Quem de nós trocaria de profissão? A maioria não trocaria, apesar de admitir a dificuldade de educar numa sociedade que educa na contramão da escola. Já a questão da realização pessoal de cada um e cada uma na escola tem a ver com as expectativas que construiu ao assumir a educação, como também com o grau de frustrações que acumulou ao longo de nossa vida profissional. Nem a escola e nem a família, sozinhas, mudarão o mundo se o mundo não decidir que é preciso mudar. Por isso mesmo, enquanto esta consciência coletiva não for majoritária na sociedade, nosso ofício de educar continuará árduo e penoso, não reconhecido.

O saudoso e querido educador Paulo Freire lembra que “a data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.

Sejamos, pois, sempre portadores e agentes da esperança. E sempre dispostos a aperfeiçoar o ofício pelo qual doamos nossa vida.

Nei Alberto Pies, professor e ativista de direitos humanos.
pies.neialberto@gmail.com

De dilemas morais

De dilemas morais.

“Certamente todos pronunciam a palavra Bem, mas não percebem o que ela pode ser. Eis porque não percebem também o que é Deus, mas por ignorância, chamam bons os deuses e certos homens, ainda que não o possam ser e se tornar: pois o Bem é o que menos se pode tirar de Deus, é inseparável porque é o próprio Deus”. (Hermes, sábio, antigo Egito)

Nascemos, todos e todas, com forte tendência ao egoísmo. E vivemos, desde então, o conflito entre o egoísmo e o altruísmo. Em nossa primeira e marcante experiência de convivência social, a família, somos lapidados para a superação do egoísmo. Nossos pais, avós, tios e tias, professores e professores fazem um imenso esforço para convencer que vida acontece na partilha, na solidariedade, no diálogo, na compreensão de que os outros são importantes para a nossa vida. Mas há quem nunca aprenda que a felicidade humana perpassa a existência e o reconhecimento dos outros e viva sempre tentando enquadrar a si mesmo ou aos outros na perspectiva do bem ou do mal, do certo ou do errado,do justo ou do injusto.

Autodenominar-se bom ou mau é um problema de natureza egocêntrica, uma vez que o julgamento moral sempre é precedido pela análise dos outros, não da gente. Pode ainda ser um problema de etiqueta, usado para distinguir-se dos demais, para esconder a verdadeira face ou para parecer aquilo que não se é. Ninguém é do bem e ninguém é do mal.
Somos de nós mesmos, com acentuadas e densas contradições, dúvidas e incertezas, a construir-se gente. Os falsos dilemas morais, criados pela gente, tiram a possibilidade de vivermos autenticamente.

Muitos falam em ética referindo-se a comportamentos que elevam sua condição humanitária: ser responsável, ser solidário, ser justo. Fazem um jogo de cena para ter onde se agarrar: uma etiqueta. Etiqueta, neste sentido, pode representar uma ética reduzida (etiqueta: eticazinha). Vale mais viver buscando autenticidade ao invés de viver perseguindo ideais que não são os da gente.

As atitudes altruístas, por sua vez, compõem as disposições humanas que levam a gente a dedicar-se aos outros. E esta dedicação aos outros tem uma razão fundamental: não somos felizes sozinhos. Não há realização humana possível fora das relações interpessoais, mesmo que a contragosto de muitos que acreditam na possibilidade de serem felizes sozinhos. Ser altruísta é também reconhecer o outro, tal qual ele é, respeitando a sua singularidade, no seu modo de ser, pensar e agir.

Quando estas questões alcançam o campo da disputa política, vemos com facilidade os candidatos revelarem a sua personalista ora egoísta ora altruista. Criticar, questionar ou apontar erros do adversário, por exemplo, é próprio da disputa democrática e é bom para que a gente conheça o passado dos mesmos. Mas quando desconstruir o outro pelo viés do bem ou do mal vira obsessão, estamos a um passo da mais absoluta pobreza de espírito e perda de civilidade.

Os projetos de futuro para o país estão ficando cada vez mais claros, apesar dos falsos dilemas morais a que todos fomos submetidos. Dilma e Serra não representam somente a si próprios, mas estão a serviço de projetos em disputa no país. E nosso país não pode ficar a reboque da personalidade de quem for eleito.

Nei Alberto Pies, professor e ativista de direitos humanos.
pies.neialberto@gmail.com

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Colonos e Quilombolas - Retratos da territorialidade negra em Porto Alegre

Colonos e Quilombolas
O livro “Colonos e Quilombolas” registra histórias dos territórios negros urbanos formados em Porto Alegre, findo o trabalho escravizado, por meio do testemunho e da voz iconográfica de seus protagonistas, moradores da região conhecida como Colônia Africana. O território se iniciava na atual Cidade Baixa e passava pelos bairros Bom Fim, Mont’Serrat, Rio Branco e estendia-se até o bairro Três Figueiras, onde subsiste o Quilombo dos Silva, reconhecido pelo Governo Federal, mas, diuturnamente contestado pela vizinhança, como é regra no tratamento dado aos quilombos, urbanos e rurais, em todo o país. Apesar de ter suas ruas inscritas nos mapas do século XIX, a região, popularmente conhecida como Colônia Africana, nunca foi reconhecida pela Prefeitura como um bairro da cidade. Os depoimentos e as fotografias nos contam uma história de resistência e reinvenção da vida na busca da humanidade plena, roubada pelo racismo. Os moradores da Colônia Africana nos alertam, por exemplo, que os porto-alegrenses gostam de pensar que os judeus foram os primeiros habitantes do Bom Fim. Não foram, não. Os negros chegaram antes, bem no início do século XX. Aos poucos foram imprimindo suas marcas nas festas populares e de origem religiosa que envolviam os imigrantes europeus, também moradores do bairro. A região era povoada por homens e mulheres negros qualificados para diferentes ofícios: trabalhadores(as) domésticos(as), tais como jardineiros, cozinheiras e damas de companhia; acendedores de lampião, roçadores de terrenos, lavadeiras, benzedeiras, condutores de carros e bondes, costureiras e músicos, dentre os predominantes. Como define a professora Petronilha Gonçalves na introdução da obra: “Os habitantes da Colônia Africana, assim como de outros bairros negros de Porto Alegre são colonos, não porque povoaram áreas não habitadas, ou porque se dedicaram ao cultivo de terras. São colonos porque guardaram, aqueceram e lançaram em seus descendentes, sementes de culturas africanas e histórias de antepassados trazidos à força da África. Sementes que germinaram em trabalhos, celebrações, festejos, jogos, cuidados e criatividade. Os negros colonos, como os quilombolas de que trata este livro, são guardiões de conhecimentos e da sabedoria que os escravizados trouxeram em seus corpos, consciência, sentimentos, e com os quais ajudaram a erguer a nação brasileira. São colonos e quilombolas porque resistem às reiteradas tentativas de desqualificação e de extermínio, porque ergueram e continuam erguendo fundamentos das africanidades brasileiras, resistindo para não desligar de suas origens.”Para narrar estas histórias, Cidinha da Silva se juntou às gaúchas Dorvalina Fialho, Vera Daisy Barcellos e Zoravia Bettiol, sob coordenação editorial de Irene Santos, e escreveu dez textos ficcionais a partir de depoimentos de ex-moradores da Colônia Africana para o livro “Colonos e Quilombolas”, um registro épico da territorialidade negra em Porto Alegre. Em tempo: Emanoel Araújo responsabilizou-se pelo prefácio.

Convite

Estarei em São Paulo no dia 26/10, próxima terça-feira, às 19:00 hs, para lançar meu livro mais recente, “Colonos e Quilombolas”, retratos da territorialidade negra em Porto Alegre. O trabalho realizado por mim foi a escritura de 10 crônicas a partir de depoimentos de moradores da antiga região da Colônia Africana (atual Cidade Baixa), todos(as) com 70 anos ou mais. O cerne do livro são fotografias de pessoas, situações e modos de viver de pessoas negras, ex-escravizados (as) e seus (suas) descendentes no Porto Alegre de fins do século XIX e primeiras décadas do século XX, recolhidas por Irene Santos, organizadora da obra, e tratadas para publicação. Fiquei muito contente em participar do trabalho e também com o resultado final dos textos. Como já disse em algumas ocasiões, adoro trabalhar por encomenda. Quando não são impostos limites à criação, acho a encomenda de um texto algo desafiador. Espero vê-las (os) por lá dia 26/10 (Ação Educativa, rua General Jardim, 660, às 19 hs, Vila Buarque) e conto com seu apoio para divulgação do lançamento.

Cidinha

Unidos contra a fome

Unidos contra a fome

Irio Luiz Conti

Com esta afirmação impactante a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) está animando a realização de uma campanha internacional que terá sua culminância no dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação. Trata-se de uma estrategia que visa colher um bilhão de assinaturas (1billionhungry) de pessoas que se indignam e se manifestam contra este flagelo, que em pleno século XXI ainda vitima milhares de pessoas diariamente, e utilizar este abaixo assinado como pressão política para que os governantes adotem políticas consistentes para alterar este quadro global e nos respectivos países.

Mesmo que as cifras demonstrem um pequeno decréscimo do número de famintos no mundo, a fome ainda é uma realidade que precisa mobilizar a humanidade para ações fortes. Os dados recentes da FAO mostram que ainda são 925 milhões de pessoas que padecem de fome crônica neste mundo que tem alimentos para todos, mas que não os distribui equitativamente.

Isso aponta para a necessidade de mudanças profundas nas políticas internacionais relacionadas à alimentação e à nutrição. E dentre elas é preciso haver mudanças no sistema de governança de longo prazo do sistema alimentar mundial, com um Comitê de Segurança Alimentar Mundial no âmbito da FAO que seja representativo e reconhecido como plataforma que catalize efetivamente a coordenação das políticas de segurança alimentar e nutricional no contexto global.

Um Comitê que adote ações fortes contra a especulação alimentar e a aquisição de terras em grande escala por investidores internacionais para o desenvolvimento de monocultivos intensivos que não favorecem à realização do direito humano à alimentação adequada, ao contrário, causam mais fome.

O Observatório Internacional do Direito Humano à Alimentação e Nutrição, que está lançando seu relatório sobre a fome no mundo nesta semana Mundial da Alimentação, demonstra que nos últimos três anos - que coincidem com o período do agravamento da crise do sistema alimentar global - entre 20 e 50 milhões de hectares de terra foram adquiridos por grandes grupos transnacionais na África, Ásia e América Latina, desalojando comunidades rurais e agravando a fome para grandes contingentes populacionais.

Tanto este Observatório quanto a FAO fazem um chamamento forte para que os estados respeitem os tratados internacionais de direitos humanos, monitorem essa expansão das transnacionais e adotem um conjunto de medidas que efetivamente alterem o quadro de pobreza e fome nos países. Para isso os países ricos e aqueles mais estabilizados, como o Brasil que inclusive tornou-se um país referencial no combate à fome, precisam cooperar solidariamente para com aqueles países que historicamente vem sendo os mais penalizados pela fome, seja por razões de calamidades naturais ou por políticas predatórias adotadas internamente ou sofridas por pressões externas.

Portanto, a situação um pouco mais cômoda do Brasil em relação a outros países mais pobres e miseráveis chama o Estado brasileiro e todos nós a ações proativas, tanto no contexto interno quanto internacional, para garantir vida e dignidade para todos e todas.

Irio Luiz Conti é Sociólogo, conselheiro do CONSEA-RS e do CONSEA Nacional e presidente da FIAN Internacional.

Assessoria de Comunicação
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

José Comblim a Dom Demetrio

Carta aberta a Dom Demétrio

Querido dom Demétrio

Quero publicamente agradecer-lhe as suas palavras esclarecedoras sobre a manipulação da religião católica no final da campanha eleitoral pela difusão de uma mensagem dos três bispos da comissão representativa do regional Sul I da CNBB condenando a candidata do atual governo e proibindo que os católicos votem nela. Graças ao senhor, sabemos que essa divulgação do documento da diretoria de Sul 1 não foi expressão da vontade da CNBB, mas contraria a decisão tomada pela CNBB na sua ultima assembléia geral, já que esta tinha decidido que os bispos não iam intervir nas eleições. Sabemos agora que o documento dos bispos da diretoria do regional Sul 2 foi divulgado no final de agosto, e durante quase um mês permaneceu ignorado pela imensa maioria do povo brasileiro. Agora, dois dias antes das eleições, um grupo a serviço da campanha eleitoral de um candidato, numa manobra de evidente e suja manipulação, divulgou com abundantes recursos e muito barulho esse documento, criando uma tremenda confusão em muitos eleitores. Pela maneira como esse documento foi apresentado, comentado e divulgado, dava-se a entender que o episcopado brasileiro proibia que os católicos votasse nos candidatos do PT e, sobretudo na sua candidata para a presidência. Dois dias antes das eleições os acusados já não podiam mais reagir, apresentar uma defesa ou uma explicação. Aos olhos do público a Igreja estava dando o golpe que sempre se teme na véspera das eleições, quando se divulga um suposto escândalo de um candidato. Era um golpe sujo por parte dos manipuladores, já que dava a impressão de que o golpe vinha dessa feita da própria Igreja.

Se os bispos que assinaram o documento de agosto, não protestam contra a manipulação que se fez do seu documento, serão cúmplices da manipulação e aos olhos do público serão vistos como cabos eleitorais.

Se a CNBB não se pronuncia publicamente com muita clareza sobre essa manipulação do documento por grupos políticos sem escrúpulos, será cúmplice de que dezenas de milhões de católicos irão agora, no segundo turno votar pensando que estão desobedecendo aos bispos. Seria uma primeira experiência de desobediência coletiva imensa, um precedente muito perigoso. Além disso, certamente afetará a credibilidade da Igreja Católica na sociedade civil, o que não gostaríamos de ver nesta época em que ela já está perdendo tantos fiéis.

Se o episcopado católico deixa a impressão de que a divulgação desse documento nessa circunstância representa a voz da Igreja com relação às eleições deste ano, muitos vão entender que isso significa uma intervenção dos bispos católicos para defender o candidato das elites paulistanas contra a candidata dos pobres. Os pobres têm muita sensibilidade e sentem muito bem o que há na consciência dessas elites. Sabem muito bem quem está com eles e quem está contra eles. Vão achar que a questão do aborto é apenas um pretexto que esconde uma questão social, o desprezo das elites, sobretudo de São Paulo pela massa dos pobres deste país. Milhões de pobres votaram e vão votar na candidata do governo porque a sua vida mudou. Por primeira vez na história do país viram que um governo se interessava realmente por eles e não somente por palavras. Não foi somente uma melhoria material, mas antes de tudo o acesso a um sentimento de dignidade. “Por primeira vez um governo percebeu que nós existimos”. Isso é o que podemos ouvir da boca dos pobres todos os dias. Um povo que tinha vergonha de ser pobre descobriu a dignidade. Por isso o voto dos pobres, este ano, é um ato de dignidade. As elites não podem entender isso. Mas quem está no meio do povo, entende.

Os bispos podem lembrar-se de que a Igreja é na Europa o que é, porque durante mais de 100 anos os bispos tomaram sempre posição contra os candidatos dos pobres, dos operários. Sempre estavam ao lado dos ricos sob os mais diversos pretextos. E no fim aconteceu o que podemos ver. Abandonaram a Igreja. Cuidado! Que não aconteça a mesma coisa por aqui! Os pobres sabem, são conscientes e sentem muito bem quando são humilhados. Não esperavam uma humilhação por parte da Igreja. Por isso, é urgente falar para eles.

Uma declaração clara da CNBB deve tranqüilizar a consciência dos pobres deste país. Sei muito bem que essa divulgação do documento na forma como foi feita, não representa a vontade dos bispos do regional Sul 1 e muito menos a vontade de todos os bispos do Brasil. Mas a maioria dos cidadãos não o sabe e fica perturbados ou indignados por essa propaganda que houve.

Não quero julgar o famoso documento. Com certeza os redatores agiram de acordo com a sua consciência. Mas não posso deixar de pensar que essa manipulação política que foi a divulgação do seu documento na véspera das eleições, dava a impressão de que estavam reduzindo o seu ministério à função de cabo eleitoral. O bispo não foi ordenado para ser cabo eleitoral. Se não houver um esclarecimento público, ficará a imagem de uma igreja conivente com as manobras espúrias

Dom Demétrio, o senhor fez jus à sua fama de homem leal, aberto, corajoso e comprometido com os pobres e os leigos deste país. Por isso, o senhor merece toda a gratidão dos católicos que querem uma Igreja clara, limpa, aberta, dialogante. Demonizar a candidata do governo como se fez, baseando-se em declarações que não foram claras, é uma atitude preconceituosa totalmente anti evangélica. Queremos continuar confiando nos nossos bispos e por isso aguardamos palavras claras. Obrigado, dom Demétrio.

José Comblin, padre e pecador.

5 de outubro de 2010

Desmonte de uma falácia
D. Demétrio Valentini

A questão do aborto está sendo instrumentalizada para fins eleitorais. Esta situação precisa ser esclarecida e denunciada.

Está sendo usada uma questão que merece toda a atenção e isenção de ânimo para ser bem situada e assumida com responsabilidade, e que não pode ficar exposta a manobras eleitorais, amparadas em sofismas enganadores.

Nesta campanha eleitoral está havendo uma dupla falácia, que precisa ser desmontada.

Em primeiro lugar, se invoca a autoridade da CNBB para posições que não são da entidade, nem contam com o apoio dela, mas se apresentam como se fossem manifestações oficiais da CNBB.

Em segundo lugar, se invoca uma causa de valor indiscutível e fundamental, como é a questão da vida, e se faz desta causa um instrumento para acusar de abortistas os adversários políticos, que assim passam a ser condenados como se estivessem contra a vida e a favor do aborto.

Concretamente, para deixar mais clara a falácia, e para urgir o seu desmonte:

A Presidência do Regional Sul 1 da CNBB incorreu, no mínimo, em sério equívoco quando apoiou a manifestação de comissões diocesanas, que sinalizavam claramente que não era para votar nos candidatos do PT, em especial na candidata Dilma.

Ora, os Bispos do Regional já tinham manifestado oficialmente sua posição diante do processo eleitoral. Por que a Presidência do Regional precisava dar apoio a um documento cujo teor evidentemente não correspondia à tradição de imparcialidade da CNBB? Esta atitude da Presidência do Regional Sul 1 compromete a credibilidade da CNBB, se não contar com urgente esclarecimento, que não foi feito ainda, alertando sobre o uso eleitoral que está sendo feito deste documento assinado pelos três bispos da presidência do Regional.

Esta falácia ainda está produzindo conseqüências. Pois no próprio dia das eleições foram distribuídos nas igrejas, ao arrepio da Lei Eleitoral, milhares de folhetos com a nota do Regional Sul 1, como se fosse um texto patrocinado pela CNBB Nacional. E enquanto este equívoco não for desfeito, infelizmente a declaração da Presidência do Regional Sul 1 da CNBB continua à disposição da volúpia desonesta de quem a está explorando eleitoralmente. Prova deste fato lamentável é a fartura como está sendo impressa e distribuída.

Diante da gravidade deste fato, é bem vindo um esclarecedor pronunciamento da Presidência Nacional da CNBB, que honrará a tradição de prudência e de imparcialidade da instituição.

A outra falácia é mais sutil, e mais perversa. Consiste em arvorar-se em defensores da vida, para acusar de abortistas os adversários políticos, para assim impugná-los como candidatos, alegando que não podem receber o voto dos católicos.

Usam de artifício, para fazerem de uma causa justa o pretexto de propaganda política contra seus adversários, e o que é pior, invocando para isto a fé cristã e a Igreja Católica.

Mas esta falácia não pára aí. Existe nela uma clara posição ideológica, traduzida em opção política reacionária. Nunca relacionam o aborto com as políticas sociais que precisam ser empreendidas em favor da vida.

Votam, sem constrangimento, no sistema que produz a morte, e se declaram em favor da vida.

Em nome da fé, julgam-se no direito de condenar todos os que discordam de suas opções políticas. Pretendem revestir de honestidade, uma manobra que não consegue esconder seu intento eleitoral.

Diante desta situação, são importantes, e necessários, os esclarecimentos. Mais importante ainda é a vigilância do eleitor, que tem todo o direito de saber das coisas, também aquelas tramadas com astúcia e malícia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Circuito Cultural em Jeceaba

Circuito Cultural em Jeceaba

Os alunos das escolas públicas municipais e estaduais de Jeceaba participarão na quarta e quinta-feira, 20 e 21 de outubro, das palestras, oficinas e shows musicais protagonizados pelos artistas Carlos Farias, Sanráh e Lecy Geovane. Trata-se do projeto Circuito Cultural nas Escolas de Minas, que já realizou as mesmas ações em escolas em Brumadinho e Belo Horizonte, com muito êxito. O objetivo do projeto é compartilhar arte, cultura, entretenimento e cidadania com os alunos, através de atividades práticas no campo da música. Os eventos acontecerão no Centro Pastoral, em Jeceaba e são abertos para toda a comunidade.

Patrocínio: V S B - Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil
Apoio Cultural: Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Realização: Alma Zen e Epovale Produções Artísticas
Informações: (31) 3476-3579 / 9943-3414 / 9999-1990

Notícias da Agência RMBH: escritório de projetos

Prédios históricos são reformados na Região Metropolitana de BH

Jornal Estado de Minas
Thaís Pacheco

Uma injeção de cultura promete dar vida nova a prédios que fazem parte da história de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre restaurações e construções, os cidadãos serão beneficiados com novos espaços capazes de receber shows e espetáculos de teatro e dança. As iniciativas, que integram um total de oito trabalhos submetidos ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, beneficiarão quatro cidades da Grande BH.

Entre elas está Jaboticatubas, que, com seus cerca de 16,2 mil habitantes, ainda não tem nenhum centro cultural. Depois de conseguir verba da União, o município prepara agora projeto de restauração de um antigo edifício para a criação de um centro multiuso. O futuro território da cultura, construído em 1942, já foi fábrica de sabão e usina de beneficiamento de coco macaúba, o que aumenta seu valor histórico. “Essa fábrica foi construída há mais de meio século e esse coco é típico da nossa região. A edificação faz parte da história da cidade”, conta João Marcelo Duarte, secretário municipal de Planejamento.

Hoje abandonado, o imóvel vai se transformar em espaço para apresentações folclóricas, de dança e teatro, além de shows. Se depender dos planos do secretário, até a jabuticaba, fruta que inspira o nome da cidade, vai entrar na onda.
“O prédio e o terreno são da prefeitura. Em frente a eles, há uma praça com pés de jabuticabas. Também queremos construir um bosque ali e transformar tudo em um complexo cultural”, afirma João Marcelo. A previsão é de que as obras comecem até janeiro e sejam concluídas no fim de 2011.

Em Sabará, o endereço da reforma será o prédio do Conselho de Arte. A construção não é tombada pelo patrimônio histórico, mas está localizada no conjunto arquitetônico e urbanístico tombado, na Rua Dom Pedro II, antiga Rua Direita do município. Atualmente, o centro abriga oficinas de violão e artesanato, um coral adulto e grupos de folclore, de dança e de teatro. Também empresta espaço a eventos da comunidade. Ao ser fechado para a reforma, alguns grupos terão de ser realocados e outros poderão ter as atividades temporariamente suspensas.

Mas o motivo é justo. “A gente precisa de uma reforma porque tem, por exemplo, forro de lã de vidro, coisa muito antiga, que ninguém mais usa”, conta o assessor da Secretaria de Cultura Sérgio Alexandre Silva. A reforma será possível graças a verba recebida via PAC Cidades Históricas. A prefeitura sabia que poderia usar o dinheiro, mas não sabia como fazê-lo. Para isso, recorreu ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem como objetivo dar suporte aos municípios para obter recursos e elaborar projetos.

Para isso, o escritório presta assistência jurídica, arquitetônica e urbanística. “O que a gente percebe é que as linhas de financiamento existem mas, em contrapartida, exigem projeto bem elaborado e é justamente essa a deficiência dos municípios, falta corpo técnico especializado”, explica Débora Sarlo, arquiteta e urbanista do escritório. A agência trabalha integrada às prefeituras e é delas que surgem as demandas.

Em Sabará, por exemplo, a pedido da secretaria responsável pelo patrimônio histórico, Débora Sarlo fez uma visita técnica e a decisão foi pela reforma que está prestes a começar. Para que o projeto se adequasse às demandas, foram necessárias providências como levantamento arquitetônico, memorial descritivo com informações sobre o projeto e diagnóstico da situação atual

Esse documento foi encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Essa providência é necessária porque, mesmo não se tratando de um prédio tombado, ele está dentro do conjunto histórico. Não se pode alterar fachada, telhado ou usar qualquer cor. É preciso manter um padrão”, conta. A proposta está em fase de aprovação final no Iphan.

Entre os atuais projetos da agência, oito trabalhos estão em elaboração. Além de Sabará e Jaboticatubas, serão beneficiados os municípios de São José da Lapa e Baldim.

Valeska Duarte Drummond
Gerente de Planejamento Metropolitano
Agência de Desenvolvimento da RMBH

10º FETO - Festival Estudantil de Teatro


A 10ª edição do FETO – Festival Estudantil de Teatro já começou, a maior de seus 12 anos, que entre os dias 20 e 30 de outubro levará a Belo Horizonte, uma programação com oficinas, encontros, debates e espetáculos de seis estados do Brasil.

Em suas nove edições o FETO recebeu grupos, estudantes e arte-educadores de todo o Brasil com intuito de fomentar uma rede colaborativa do ensino de artes cênicas. O FETO promoveu ao longo desses anos a formação de público, o diálogos em torno das artes cênicas e o desenvolvimento cultural por meio de cadeias colaborativas entre agentes de todo o país. Gostaríamos de contar com o apoio do “Arte e educar” para a divulgação da programação do FETO 2010.

O Programa Cultural Vivo Encena apresenta esta décima edição do FETO, que é realizado pela Associação No Ato Cultural, com sede em Belo Horizonte.

Seguem em anexo arquivos com o release e programação. Este
link contém imagens de espetáculos do FETO 2010.

Desde já, agradeço e coloco-me a disposição para esclarecimentos.

Sóstenes Reis
Assessor de imprensa
(31) 8433-4719
(31) 2555-8575
www.noatocultural.org.br
www.fetobh.art.br
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Minas Gerais lança edital 2010 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura

Minas Gerais lança edital 2010 da Lei Estadual de Incentivo à Cultura

Artistas, produtores, empreendedores, gestores culturais e demais interessados têm até o próximo dia 19 de outubro para inscrever projetos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic). Os projetos beneficiados poderão captar recursos junto às empresas no ano de 2011.
O edital acaba de ser lançado pela
Secretaria de Estado de Cultura (SEC), por meio da Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura e da Diretoria da Lei de Incentivo à Cultura. Edital e formulários para inscrição estão disponíveis no www.cultura.mg.gov.br.

“Ao longo das últimas edições, a Secretariade Cultura tornou a Lei Estadual de Incentivo ainda mais democrática, por meiode mecanismos de análise que a tornaram mais ampla e inclusiva. Foram criadosdiferentes patamares de renúncia fiscal, tendo sido também definido um montantemínimo de 42% para aprovação de projetos para o interior”, explica osecretário de Estado de Cultura, Washington Mello, para quem o foco da pasta ésimplificar processos para atrair projetos de todas as regiões do Estado, valorizandoa diversidade cultural, o intercâmbio entre a cadeia produtiva cultural eartística mineira, a sustentabilidade e a geração de renda.

Os proponentes podem fazer as inscrições dosprojetos via correio ou pessoalmente, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16horas, na Secretaria de Estado de Cultura, Superintendência de Fomento eIncentivo à Cultura (SFIC), aos cuidados da Diretoria da Lei de Incentivo àCultura (DLIC), na
Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves (RodoviaPrefeito Américo Gianetti, s/nº, Prédio Gerais, 5º andar, bairro Serra Verde - CEP: 31.630-901, Belo Horizonte). Há também um posto para entrega de projetos - apenas presencial - na avenida Assis Chateaubriand, nº 167, bairro Floresta, Belo Horizonte. Informações pelo telefone (31) 3915-2682 ou (31) 3915-2698.

Excepcionalmente neste edital, a lista de projetos aprovados será publicada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais e no site da Secretaria de Estado de Cultura, em duas etapas. A primeira etapa de divulgação dos aprovados será no dia 20 de janeiro de 2011, para os empreendedores cujos projetos têm cronograma fixo de execução nos meses de janeiro e fevereiro, conforme detalhamento do cronograma e sem direito a pedido de prorrogação de tal prazo de execução, sendo de inteira responsabilidade do proponente a veracidade das informações. A segunda etapa, em 27 de fevereiro de 2011, para os empreendedores cujos projetos têm cronograma de execução de março a dezembro, conforme detalhamento do cronograma de execução.

Lei Estadual de Incentivo à Cultura

De 2003 a 2010, o
Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, investiu mais de R$ 200 milhões na cultura mineira, recursos oriundos da renúncia fiscal do ICMS pelas empresas, possibilitando a produção de mais de 2.100 projetos culturais aprovados, nesse período, na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em 160 municípios. Esses investimentos contribuíram para dar um salto qualitativo histórico na política pública de cultura em Minas Gerais.

“Estamos promovendo encontros com empresários, na capital e no interior de Minas, esclarecendo a importância do incentivo à cultura para as comunidades, as próprias empresas e o Estado”, conta Nora Vaz de Mello, superintendente de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria.

Para apresentar um projeto, é imprescindível que o candidato leia, atenciosamente, cada item exigido no Edital LEIC/2010, disponível no site
www.cultura.mg.gov.br, cumprindo as exigências para a aprovação do projeto. Visando a uma adequação gradativa nos aspectos tecnológicos, o proponente, ao fazer sua inscrição, além do preenchimento e envio da documentação em forma física, deverá enviar, também, os arquivos contendo os formulários gravados em mídia ótica (CDs ou DVDs). Essa medida pretende facilitar e agilizar o processo de análise do projeto.

Edital - Projetos Feiras de Economia Solidária

Edital recebe projetos para realização de Feiras de Economia Solidária até 20 de outubro

Está aberto o edital que selecionará projetos para a realização de 23 Feiras Microrregionais e/ou Temáticas de Economia Solidária (ES) em todo o Brasil. Associações, Cooperativas e demais organizações de Economia Solidária poderão se inscrever até o próximo dia 20. Os projetos deverão ser encaminhados ao Instituto Marista de Solidariedade (IMS), para o e-mail:
feirasecosol@marista.edu.br.

O resultado dos projetos selecionados será divulgado no próximo dia 25 nos seguintes sites: www.ims.org.br, www.fbes.org.br e www.mte.gov.br. As Feiras deverão ser realizadas entre o período de 1° de novembro até 20 de dezembro deste ano. As datas informadas no Plano de Trabalho para Feiras de Economia Solidárias não poderão ser alteradas.

O edital atende as disposições do Projeto Nacional de Comercialização Solidária e tem por objetivo fortalecer o processo de articulação regional dos empreendimentos econômicos solidários e integrar os diferentes atores participantes deste processo.

Os projetos deverão atender os aspectos considerados essenciais para a caracterização das feiras de Economia Solidária, como trabalho autogestionário, preço justo, preservação ambiental, entre outras, que diferenciam das feiras convencionais.

As feiras devem abranger empreendimentos da área rural, urbana, agricultura familiar, Agroecologia, artesanato, confecção, serviços, finanças solidárias, alimentação, redes e cadeias, e outros, e também oferecer momentos culturais, atividades de formação como seminários e oficinas e experiências de trocas solidárias.

A realização das Feiras Solidárias beneficia empreendedores (as), que participam em conjunto do processo de construção da feira, e população, que terá oportunidade de conhecer os conceitos desta economia e também exercer o consumo consciente. Além disso, o fortalecimento da rede de ES reflete no crescimento de uma nova economia de base no país.

Mais informações:
Telefones (61) 3321-4955 e (61) 3224-1100
Site: www.ims.org.br

Fonte: Adital

Recursos para Mulheres Rurais e Comunidades Quilombolas - Assistência Técnica (ATER)

Prezados Colegas Líderes de Entidades, Consultores e Gestores Municipais

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) está selecionando propostas de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), para atender Organizações Produtivas de Mulheres Rurais e Comunidades Quilombolas em vários estados (detalhes abaixo).

São cinco chamadas para Organizações Produtivas de Mulheres Rurais, com R$ 19,4 milhões, que vão beneficiar 11.860 agricultoras familiares, extrativistas, pescadoras e indígenas. Os serviços de ATER vão qualificar as cadeias produtivas do artesanato e da produção agroecológica, a auto-organização e o processo de gestão e comercialização.

As quatro chamadas para Comunidades Quilombolas, cujos trabalhos estão orçados em R$ 4,4 milhões, vão beneficiar 4.640 famílias em 82 Comunidades Quilombolas.

As chamadas públicas estão disponíveis no portal do MDA (
http://www.mda.gov.br/) e as entidades terão 30 dias para apresentar projetos, contados a partir de publicação no Diário Oficial da União (http://www.in.gov.br/).

Por favor, divulguem às entidades de assistência técnica e extensão rural (com ou sem fins lucrativos).

A dica foi da colega Liliane Oliveria (liliane@apaeb.com.br), promotora de meus treinamentos no estado da Bahia.

Roberto Amaro
Tel. (61) 8122.5853
Brasília/DF

Chamada de ATER atende Mulheres e Comunidades Quilombolas

O Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA) deu início nesta sexta-feira (8) a mais uma etapa da execução da nova Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com a publicação no Diário Oficial da União de nove chamadas públicas para atender às Organizações Produtivas de Mulheres Rurais nos Territórios e comunidades quilombolas em processo de regularização fundiária pelo Incra. A prestação de serviços está orçada em cerca de R$ 23,9 milhões.

Chamadas Públicas

1. Organização Produtiva de Mulheres
* Chamada 25 - Mulheres (TO, PA, RJ e MA)
* Chamada 26 - Mulheres Artesantato (AM, BA, CE, MA, MG, PA, PB, RJ, RS e SE)
* Chamada 87 - Mulheres Produção Agroecológica (AM, PA e TO)
* Chamada 88 - Mulheres Produção Agroecológica (MG, RJ, SC, RS e ES)
* Chamada 89 - Produção Agroecológica (BA,CE, RN, PB, PE, PI e SE)

2. Comunidades Quilombolas

* Chamada 27 - Comunidades Quilombolas (CE, MG, RS e MS)
* Chamada 28 - Comunidades Quilombolas (SP)
* Chamada 29 - Comunidades Quilombolas (PA)
* Chamada 30 - Comunidades Quilombolas (PA)

A seleção das propostas será baseada em critérios exclusivamente técnicos, valorizando a entidade que tenha experiência em atividades de ATER que apresente metodologia de trabalho compatível com a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultura Familiar (Pnater), o currículo da entidade e da equipe técnica. Só poderão apresentar propostas as entidades previamente credenciadas no Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS). A prestação de serviços será fiscalizada pela Delegacia Federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DFDA). O público beneficiado e o valor da prestação dos serviços já foram determinados pelo MDA.

A coordenadora-geral de Organização Produtiva e Comercialização da Diretoria de Política para as Mulheres Rurais e Quilombolas do MDA, Renata Leite, explica que “as chamadas para as mulheres pretendem qualificar e dar sustentabilidade à produção por meio de gestão mais eficiente dos processos produtivos e econômicos, baseada na cooperação, na solidariedade e na igualdade de acesso a políticas públicas de apoio a produção, comercialização e na socialização do trabalho doméstico e dos cuidados.”

Credenciamento de Entidades:

A nova ATER começou a ser implementada em julho de 2010, com a abertura de 24 chamadas públicas para a prestação de serviços nos Territórios direcionadas à agricultura familiar, às comunidades quilombolas em processo de regularização fundiária pelo Incra e à mulheres rurais. A nova ATER foi criada pela Lei 12.188/10, que institui a Pnater e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pronater).

O MDA, em conjunto com o Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), está credenciando instituições encarregadas de executar a assistência técnica. Para se cadastrar, a instituição poderá ter ou não fins lucrativos, deverá atuar no Estado e ter pessoal capacitado para fazer esse trabalho. Deverá, ainda, estar legalmente constituída há mais de cinco anos, caso não seja entidade pública.

Mais informações sobre o credenciamento:
http://www.mda.gov.br/portal/institucional/novaleideater

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Guerra na Campanha Eleitoral

Guerra suja na campanha eleitoral

Publicado em 13-Out-2010

Venício A. de Lima


As campanhas eleitorais têm servido para revelar, de forma inequívoca, qual a ética empresarial e jornalística que predomina na grande mídia brasileira.

Os episódios recentes relacionados à demissão de conceituada articulista do Estado de S.Paulo, assim como a ação da Folha de S.Paulo, que obteve na Justiça liminar para retirada do ar do blog de humor crítico Falha de S.Paulo, são apenas mais duas evidências recentes de que esses jornalões adotam, empresarialmente e dentro de suas redações, práticas muito diferentes daquelas que alardeiam em público.

Como se sabe, o Estadão é o jornal que afirma diariamente estar sofrendo "censura" judicial, há vários meses.

Tratei do tema neste Observatório quando da demissão do jornalista Felipe Milanez, editor da revista National Geographic Brasil, publicada pela Editora Abril, por ter criticado, via Twitter, a revista Veja (ver "Hipocrisia Geral: Liberdade de expressão para quem?").

Corre solta também, na internet, uma guerra – e, como toda guerra, sem qualquer ética – de manipulação da informação, agora tendo como aliados partidos de oposição e os setores mais retrógrados das igrejas católica e evangélica, incluindo velhas e conhecidas organizações como o Opus Dei e a TFP.

Ademais, uma série de panfletos anônimos sobre candidatos e partidos, de conteúdo mentiroso e manipulador, tem aparecido e circulado em diferentes pontos do país, aparentemente de forma articulada.

Estamos chegando ao "primeiro mundo". Repetem-se aqui as estratégias políticas obscuras que já vem sendo utilizadas pelos radicais conservadores ligados – direta ou indiretamente – à extrema direita do Partido Republicano – o "Tea Party" – e também pela chamada "Christian Right", nos Estados Unidos.

A bandeira da liberdade de expressão equacionada, sem mais, com a liberdade de imprensa, não passa de hipocrisia.

Começou com o PNDH3

A atual onda, que acabou por deslocar o eixo da agenda pública da campanha eleitoral e da propaganda política no rádio e na televisão para uma questão de foro íntimo e religioso, teve seu início na violenta reação ao Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), capitaneada pela grande mídia. Na época, escrevi:

"O curto período de menos de cinco meses compreendido entre 21 de dezembro de 2009 e 12 de maio de 2010 foi suficiente para que as forças políticas que, de fato, há décadas, exercem influência determinante sobre as decisões do Estado no Brasil, conseguissem que o governo recuasse em todos os pontos de seu interesse contidos na terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (Decreto n. 7.037/2009). Refiro-me, por óbvio aos militares, aos ruralistas, à Igreja Católica e, sobretudo, à grande mídia." ["A grande mídia vence mais uma", 15/5/2010].

São essas forças políticas – com seus paradoxos e contradições – que agora se unem novamente para tentar influir no resultado das eleições presidenciais de 2010, valendo-se da "ética" de que "os fins justificam os meios".

Lições

A essa altura, já podem ser observadas algumas lições sobre a mídia e suas responsabilidades no processo político de uma democracia representativa liberal como a nossa:

1. Não é apenas a grande mídia que tem o poder de pautar a agenda do debate público. A experiência atual demonstra que, em períodos eleitorais, essa agenda pode ser pautada "de fora" quando há convergência de interesses entre forças políticas dominantes. Elas se utilizam de seus próprios recursos de comunicação (incluindo redes de rádio e televisão), redes sociais (p. ex. Twitter) e correntes de e-mail na internet. A grande mídia, por óbvio, adere e abraça a nova agenda por ser de seu interesse.

2. Fica cada vez mais clara a necessidade do cumprimento do "princípio da complementaridade" entre os sistemas de radiodifusão (artigo 223 da Constituição). Seria extremamente salutar para a democracia brasileira que o sistema público de mídia se consolidasse e funcionasse, de fato, como uma alternativa complementar ao sistema privado.

3. Independente de qual dos candidatos vença o segundo turno das eleições presidenciais, a regulação do setor de comunicações será inescapável. Não dá mais para fingir que o Brasil é a única democracia do planeta onde os grupos de mídia devem prosseguir sem a existência de um marco regulatório.

4. O artigo 19 da Constituição reza:

É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na formada lei, a colaboração de interesse público.

Apesar de ser, portanto, claro o caráter laico do Estado brasileiro, na vida real estamos longe, muito longe, disso.

5. Estamos também ainda longe, muito longe, do ideal teórico da democracia representativa liberal onde a mídia plural deveria ser a mediadora equilibrada do debate público, representando a diversidade de opiniões existentes no "mercado livre de idéias". Doce ilusão.

Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.

Artigo publicado originalmente no Observatório da Imprensa.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Edital Seleção Cáritas do Baixo Jequitinhonha

Edital de Seleção para Educador/a Popular

A Cáritas Diocesaba de Almenara – A fim de compor sua equipe do Programa de Promoção do Desenvolvimento Sustentável e Solidário no Semi-Árido, garantindo a Cidadsnis e os Direitos Humanos, está selecionando uma pessoa para o cargo de Educador/a Popular conforme os critérios, perfil e atribuições abaixo relacionados:

Critérios:

* Experiência e prática em Educação Popular.
* Formação em nível médio e/ou superior.
* Não possuir vínculo formal com gabinete parlamentar.
* Não ter pretensões eleitorais.
* Dedicação exclusiva (40 horas semanais).
* Disponibilidade para viagens a trabalho e em finais de semana.
* Aproximação com o tema Meio Ambiente, Agroecologia, Educação Popular, comunicação.
* Fixar residência no Baixo Jequitinhonha
* Carteira de Habilitação B ou outra categoria superior.

Perfil:

* Habilidade para sistematização de relatórios e projetos.
* Habilidade para prestação de contas de recursos.
* Habilidade para coordenação de reuniões.
* Facilidade para trabalhar em equipe.
* Espírito de liderança.
* Ser comunicativo/a.
* Ser sensível aos problemas sociais e ter compromisso com as lutas populares.
* Facilidade de articulação com entidades e movimentos populares.
* Conhecimento acerca de práticas mecânicas de conservação de solo (curvas de nível, terraceamento,...).
* Habilidade técnica em Georreferenciamento.

Atribuições:

* Articular-se com diversos setores populares, Entidades de Base, Lideranças Comunitárias, para executar o projeto, desde as famílias até as lideranças e educadores/as locais.
* Coordenar a implantação do projeto na esfera local junto às famílias e educadores/as.
* Coordenar a gestão de recursos e execução do projeto.
* Executar de forma coletiva o Processo de Formação.
* Elaborar planejamento, projetos, relatórios, sistematizar experiências.
* Socializar conhecimento, informações, material formativo, documentos e possibilitar a troca de experiências.
* Registrar, arquivar os materiais históricos, relatórios, fotos, etc.

Outras Informações:

* O salário bruto é no valor de R$ 1.200,00 (Hum mil duzentos reais) + Ticket Refeição.

Processo de Seleção:

* Recebimento de currículos do dia 12 de outubro de 2010 ao dia 21 de outubro de 2010
* Entrevista do dia 25 a 29 de outubro de 2010.
* Divulgação do resultado final dia 01 de novembro de 2010.
* A Cáritas diocesana convocará para a entrevista somente os candidatos que passarem na analise do currículo.

Envio do Currículo somente via e-mail:
caritas@uai.com.br

Irmã Cecília Vier

Diretora Presidente da Cáritas Diocesana de Almenara

Instituto Humanas Unisinos - Entrevista com Silvio Gallo


A educação sob os parâmetros da biopolítica: o efeito Foucault. Entrevista especial com Sílvio Gallo

Para o professor
Sílvio Gallo, a principal contribuição que a filosofia da diferença dá à educação é o fato de que ela compreende a “necessidade de tomar a diferença conceitualmente em si mesma e não como representação ou identidade”. Em entrevista concedida à IHU On-Line, por telefone, o filósofo sobre como as filosofias da diferença, principalmente aquelas pensadas por Deleuze, Foucault e Derrida, compreendem a educação. Sílvio fala também sobre a transição do entendimento da pedagogia como arte para tornar-se uma ciência. “Deixamos de tratar a pedagogia como um saber prático da condução do processo de aprendizado para tratar como certos regimes de verdades de conhecimentos sobre o que é uma criança, isto tendo em vista poder educá-la corretamente, garantindo os resultados que visam ser alançados”, afirma.

Sílvio Donizete de Oliveira Gallo é graduado em Filosofia pela PUC Campinas. Possui graus de mestrado e doutorado em Educação alcançados na Universidade Estadual de Campinas, em que, atualmente, é professor pesquisador e desenvolve o projeto Filosofias da diferença e educação: suas interfaces, suas implicações, suas interferências. É autor de Subjetividade, Ideologia e Educação (Campinas: Alínea, 2009), Deleuze & a Educação (Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2008), entre outros.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como as filosofias da diferença compreenderão a educação?

Sílvio Gallo –
Ainda estou num patamar muito inicial dessa compreensão. Há várias dimensões que poderíamos trabalhar para entender essa questão. O que eu tenho focado é justamente pensar o conceito de diferença pela
perspectiva filosófica e o que isso implicaria em discussões mais contemporâneas de educação. O que venho levantando é uma crítica sobre como se faz essa discussão porque ela tem tomado a diferença como representação e não tomando a diferença como diferença em si mesma. Essa é a principal contribuição que a filosofia da diferença poderia nos dar, ou seja, a necessidade de tomar a diferença conceitualmente em si mesma e não como representação ou identidade. Nos discursos que temos visto sobre educação inclusiva, por exemplo, a diferença é tomada sempre como diferença em relação a uma identidade. Isso faz com que se apague a diferença efetiva. A pedagogia inclusiva não é uma pedagogia de afirmação da diferença, mas de apagamento da diferença.

IHU On-Line – O que o senhor pode falar a respeito do “efeito” de Foucault na educação?

Sílvio Gallo –
Eu trabalho essa questão desde 2005 de forma mais articulada. O que propus, enquanto projeto, foi uma leitura do que estou chamando de filosofia da diferença na versão francesa que vai compreender, basicamente, filósofos como
Deleuze, Foucault e Derrida. Essa filosofia tem um ponto de partida que foi posto por Nietzsche no final do século XIX, ao propor que a filosofia pense a diferença. A partir disso, temos duas vertentes básicas: uma na filosofia alemã, trabalhada principalmente por Heidegger e outra francesa, trabalhada pelos três filósofos citados anteriormente. No meu projeto sigo a vertente francesa. Nessa direção, o que fiz até agora foi, primeiramente, focar em como se dá a gênese da filosofia da diferença na filosofia de Nietzsche. Num segundo momento, me dediquei a Deleuze focando principalmente o conceito de diferença e, a partir daí, busquei elementos para compreender a educação. Quando passo a entender o conceito de filosofia da diferença a partir de Foucault, faço um estudo da obra dele centrando a discussão numa leitura dos cursos que este pensador deu.

A ideia dessa fase do projeto é fazer uma leitura regressiva, ou seja, parti do último curso dado por Foucault em 1984 e depois fui retrocedendo. Esse curso está muito voltado para a ideia da filosofia antiga e nos conceitos de cuidado de si e parresia. Nesse momento, estou trabalhando essa etapa da produção intelectual do Foucault para buscar os aportes disso na
educação. Desde as relações que ele mesmo faz nessas obras, percebemos que essa questão é muito intensa. Quando ele está tratando de textos gregos antigos, de como alguém cuida de si mesmo e se preocupa com dizer a verdade num processo de formação, Foucault está lidando muito diretamente com questões educacionais mais formais e até de uma formação no sentido mais geral. A ideia é tanto evidenciar esse trabalho que ele faz com relação à educação, como esses aportes que ele fez da filosofia antiga para pensar problemas contemporâneos da educação. Essa é a direção do que pretendemos desenvolver ainda nesta pesquisa.

IHU On-Line – Que jogos de “poder e saber” foram feitos pela Pedagogia para que esta pudesse se transformar em ciência?

Sílvio Gallo –
Essa é uma questão complexa. Poderíamos ver, no processo de constituição da pedagogia na modernidade, um trabalho bastante curioso. Se olharmos panoramica e retrospectivamente esse período, veremos que a educação era considerada uma arte, uma ação do conhecimento de natureza prática. E o que vemos na modernidade, a partir do século XVII, é todo um procedimento de afirmação da ciência, e isso
Foucault analisa em diversos momentos, que vai organizando nossa forma de pensar, agir e produzir conhecimento. Tudo isso teve um impacto extremamente forte na produção científica. E, assim, assistimos, na pedagogia, uma conformação a essa lógica moderna que é da produção da verdade segundo os cânones da ciência. O que vemos, no âmbito da pedagogia, é o seu desejo de se constituir como tal, o aporte que a psicologia traz para isso – aliás, a psicologia serve como a grande base da pedagogia, porque a primeira ciência mostra saber o que é a criança e como ela pode ser educada.

Assim, deixamos de tratar a pedagogia como um saber prático da condução do processo de aprendizado para tratar como certos regimes de verdades de conhecimentos sobre o que é uma criança, isto tendo em vista poder educá-la corretamente, garantindo os resultados que visados. Por outro lado, teríamos também, e essa é uma reflexão importante que Foucault faz em Vigiar e Punir, uma discussão em torno dos jogos de poder que aí se estabelecem. É a invenção do exame que permite que a pedagogia se torne uma ciência. Agora, eu diria que, embora tenhamos todo esse processo no período moderno, e que deu certo, felizmente vemos que os estudantes e professores o tempo todo traçam linhas de fuga em relação a esse processo todo. É um processo que funciona, mas que dá possibilidades de se escapar o tempo todo também.

IHU On-Line – Como o senhor vê a transição do poder disciplinar para o biopoder?

Sílvio Gallo –
Não sei se poderíamos falar em transição, porque esta dá a ideia de substituição de um por outro. E não é isso que Foucault coloca. Ele fala numa complementaridade entre essas duas técnicas de poder. Na medida em que a disciplina – entendida como um poder individualizante, que age sobre o corpo de cada indivíduo – se assenta e funciona, é que os Estados começam a operar dentro da lógica do biopoder. Tendo os indivíduos absolutamente disciplinados, conseguimos trabalhar com um poder que se exerce já não só sobre o indivíduo, mas sobre a população. Há uma complementaridade entre os dois porque o próprio biopoder só pode ser exercitado na medida em que se tem um conjunto populacional disciplinado. Desta forma, o âmbito da educação é interessante ser observado na medida em que vemos a complementação de um com o outro na atuação do poder disciplinar enquanto uma lógica de controle e de organização da instituição e uma lógica de disciplinarização dos estudantes na instituição. Não deixa de ser curioso, portanto, que cada vez mais nós ouçamos falar da preocupação da chamada classe política sobre a educação.

IHU On-Line – Há um projeto lançado pelo MEC que prevê que não haja reprovação nos três primeiros anos escolares. Podemos dizer que essa medida do MEC é uma espécie de mecanismo de disciplinamento? A reprovação pode ser encarada como uma maneira de biopoder?

Sílvio Gallo –
Aqui em São Paulo temos um processo de progressão continuada instalada a mais de uma década que tem sido defendido por uns e criticado por outros. Se pensarmos com as ferramentas conceituais que Foucault nos coloca, eu diria que a
reprovação é um efeito de um processo avaliativo que é de natureza disciplinar. Você estabelece os espaços do aprendizado, metrifica aquilo que é ensinado, avalia o quanto foi aprendido segundo esses critérios e protocolos e a criança que não atingiu aquilo que se convenciona é reprovada. Assim, a reprovação funciona no contexto da disciplina, ele é reprovado para fazê-lo aprender melhor no contexto dessa noção de aprendizado como algo que pode ser controlado. Por outro lado, a ideia da não reprovação está ligada a um jogo biopolítico, porque, na medida em que se afirma que não vai mais reprovar nas três primeiras séries ou durante todo o primeiro ciclo do ensino fundamental, é feito um jogo de planejamento do sistema educacional como um todo. E esse jogo está justamente na direção daquilo que Foucault chamou de biopolítica. No caso do Estado brasileiro, isso está muito relacionado com alcançar os índices propostos pelos organismos internacionais. Durante muito tempo, o Brasil foi criticado por ter altos índices de reprovação e de evasão escolar, então uma forma de se reduzir esses índices é através da progressão continuada. Não que isto vá fazer funcionar melhor o sistema de ensino, mas melhora esses índices apresentados aos organismos internacionais em busca de financiamentos.

IHU On-Line – O discurso sobre a falta de qualificação do professor está presente de que forma dentro dessa ideia de biopolítica na educação?

Sílvio Gallo –
Sim. Você faz o discurso da falta de qualificação pelo viés de uma certa concepção de educação. Se pensamos a pedagogia como técnica, como no início da Modernidade, não faria muito sentido falarmos em qualificação do
professor. Faz mais sentido pensar, portanto, em vocação do professor, em algo intrínseco a ele que o faz estar ou não preparado para esse ato de educar. Mas quando temos a colonização do campo da educação por esse viés cientifico é quando vamos buscar a garantia da boa atuação do professor na sua qualificação profissional. Então, ser qualificado profissionalmente, ter uma boa preparação é justamente o que garante a boa atuação. Num quadro de planejamento educacional, em termos de um estado ou de um país, que é o que chamaríamos de controle populacional que se exerce, nos termos da biopolítica, o discurso da qualificação ou não do professor entra como um dos elementos disso que podemos chamar de biopolítica da educação.

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