terça-feira, 30 de setembro de 2008

Curso - O RH e a Responsabilidade Social no Rio de Janeiro

Associação Brasileira Movimento Rio Carioca
Arte, Cultura, Educação e Projetos

O Núcleo de Cursos oferece em outubro Curso no Rio de Janeiro

"O RH e a Responsabilidade Social"

Justificativa:

Peter Drucker, ao escrever sobre a Responsabilidade Social definiu-a como sinônimo de oportunidade de negócios, de vantagem competitiva e propôs a "humanização" das organizações. Concomitantemente, as empresas têm como alternativa, para se adaptar às constantes mudanças do mundo atual, compreender que a única maneira de obter sucesso sustentável é investindo no capital humano, ou seja, nas pessoas. Faz-se, então, necessário às empresas, conscientes de seu papel social, estabelecer um vínculo com seus colaboradores, sensibilizá-los e desenvolver estratégias para envolver seu público interno quanto ao tema. O papel e a interface da área de RH alinhados à Responsabilidade Social são fundamentais para um diferencial competitivo dos negócios.

Objetivo do curso:

Capacitar os participantes para a internalização dos conceitos de Responsabilidade Social, a partir de uma abordagem da ética e da sustentabilidade nos negócios, permitindo sua aplicabilidade em suas respectivas realidades organizacionais.
Metodologia:

Aulas expositivas, leitura de textos, exercícios práticos, estudo de caso e exibição de filmes ligados ao tema.

Público alvo:

Profissionais da área de Recursos Humanos; estudantes de áreas afins; gestores de pessoas; demais interessados na gestão da Responsabilidade Social.

Instrutora: Andréa Mauricio
Mestranda em Sistemas de Gestão pela UFF, MBA em Gestão de RH pela FGV, graduada em Psicologia pela UFRJ. Especialista em Facilitação de Grupos e Criatividade. Experiência de 20 anos em Gestão de Pessoas, oito dos quais também em Gestão Social com atuação em empresas e organizações sociais. Responsável pela implementação de programas corporativos e projetos sociais. Pesquisadora de Redes Sociais e Sistematização de Projetos. Organizadora do Livro "Compartilhar: a arte de ser voluntário" (em fase de organização).

Programa do Curso

1. A História. Definições e conceitos: terceiro setor, responsabilidade social e sustentabilidade.
2. O advento da "Responsabilidade Social" das empresas.
3. O novo ambiente de negócios: aspectos sociais, ambientais e econômicos.
4. O papel do RH.
5. Ferramentas de Responsabilidade Social.
6. O Novo Profissional.
7. Voluntariado Empresarial.
8. Análise do contexto e a relação estratégica entre as empresas e as organizações sociais.

Informações gerais:

Carga horária: 16 horas.

Data do curso: 16, 17, 23 e 24 de outubro de 2008.

Horário do curso: 18:00 às 22:00 horas.

Local do curso: Avenida Rio Branco, 257 – Sala 611 (esquina com Santa Luzia) - Cinelândia – Rio de Janeiro.

Investimento:

Valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinqüenta reais).

1. Para pagamento até o dia 09.10.2008:

Desconto de 10% para cada inscrição ou, para três ou mais inscrições pertencentes à mesma instituição desconto de 15%.

OBS: Incluso no preço: apostila e Certificado.

Inscrições:

Ligue para o telefone (21) 3285-0184 ou 2220-9133 (de segunda a sexta, das 10:00 às 17:00), ou envie um e-mail para: cursos@movimentoriocarioca.org.br (informando: nome, endereço, telefone de contato, e-mail, entidade onde atua e seu endereço, e como tomou conhecimento do curso), ou pelo site:
www.movimentoriocarioca.org.br, acessando serviços/cursos.

Vagas Limitadas

Forma de Pagamento:

Uma única parcela a ser depositada na conta corrente no 9003142-7 agência no 1692 do Banco Real. O recibo de pagamento deverá ser enviado para o fax (21) 2220-9133, ou para o e-mail: cursos@movimentoriocarioca.org.br com a identificação do depositante.

Lembrete importante:

1. O Movimento Rio Carioca se reserva no direito de cancelar ou alterar a data marcada sempre que não atingir o número mínimo de alunos que viabilize a realização do curso ou oficina. Caso isto ocorra, a taxa de inscrição poderá ser devolvida.

2. Só será aceito o cancelamento de inscrições com 48 horas úteis de antecedência a data de início do curso.

Abertura da 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

Abertura da 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, no próximo dia 6/10, segunda-feira, às 20h30, no Cinesesc (Rua Augusta 2075, Cerqueira Cesar, entrada franca).

Na ocasião serão exibidos o longa-metragem "Deserto Feliz", de Paulo Caldas, e os curtas "Entre Cores e Navalhas" (de Catarina Accioly e Iberê Carvalho) e "Café com Leite" (de Daniel Ribeiro).

A Mostra ocupa em São Paulo o Cinesesc e a Sala Cinemateca até 12 de outubro (vejam programação abaixo).

O evento percorre ainda 11 capitais brasileiras:
Curitiba (7 a 15/10)

Salvador (10 a 16/10)
Fortaleza (13 a 19/10)
Brasília (13 a 19/10)

Teresina (14 a 19/10)
Rio de Janeiro (13 a 19/10)
Recife (20 a 26/10)

Porto Alegre (21 a 27/10)
Belém (22/10 a 2/11)
Belo Horizonte (27/10 a
2/11)
Goiânia (31/10 a 6/11)


Mais informações podem ser acessadas no website
www.cinedireitoshumanos.org.br

Porque a fome ainda existe?

Semana EducAção contra Fome e Miséria
RJ - 15/16/17/outubro

Porque a fome ainda existe?


SEMFOME > VIVA JOSUÉ!

Semana da Educação contra a Fome e a Miséria

Filmes, debates, fotos e ações educativas para mudar o mundo!

DIA > PENSADOR

CINE > DEBATE > EDUCAÇÃO

Dia do Professor: 15 OUT. (quarta)


PAULO FREIRE

09h30 CINE: "Paulo Freire Contemporâneo" (de Toni Venturi), Classificação Livre. DEBATE: Raymundo Romeo (AÇÃO), Marilene Guersola (Novamerica), Jane Paiva (Uerj/ Fórum EJA) e Rodrigo Lacerda (APPAI).

12h30 Abertura da exposição "Sonhar", com fotos de J.R. Ripper sobre educação (Novamerica).

14h00 EDUCAÇÃO: Círculo de Cultura dos Espaços de Leitura: transformações nas comunidades.

Dia da Alimentação: 16 OUT (quinta)


JOSUÉ DE CASTRO

09h30 CINE: "Josué de Castro – Cidadão do Mundo" (de Silvio Tendler), Classificação Livre. DEBATE: Anna Maria Castro (UFRJ), Renato Carvalheira (UFRRJ) e Vera Correia (Banco da Providência).


12h30 Abertura da exposição de fotos e textos do Projeto Memória Josué de Castro (vida e obra).

14h00 EDUCAÇÃO: Cidadania em Ação - conquistas e desafios para o fim da fome e da miséria no Rio.

Dia Erradicação da Pobreza: 17 OUT


HERBERT DE SOUZA

09h30 CINE: "Três Irmãos de Sangue" (de Ângela Reiniger), Classificação Livre. DEBATE: Gloria Souza (AÇÃO), Adair Rocha (MinC) e Dulce Pandolfi (IBASE).


12h30 Abertura da exposição de fotos "FOME", de 1993 (CCBB-RJ).

14h00 EDUCAÇÃO: Dia do Come Livro, com contação de história "A Zeropéia", de Betinho.

Evento gratuito! Inscrições:

· Núcleo de EducAção: Maurício Fabião
· Telefone: (21) 2233-7460 | 2253-8177
· Página-e: www.acaodacidadania.com.br
· Correio-e: acao@acaodacidadania.com.br
· End.: Av. Barão de Tefé 75, Saúde, Rio/RJ.

Realização:


Professor(a), traga suas turmas!

- Classificação Etária: Livre -

Porque a fome ainda existe?

A fome atinge 1 (um) bilhão de pessoas no mundo, hoje!!! O Brasil vem reduzindo a insegurança alimentar grave, graças à mobilização social. Porém, mesmo com o avanço de políticas sociais, 16 milhões de brasileiros ainda não tem direito à alimentação garantido.

A Semana da Educação contra a Fome e a Miséria (SEMFOME), que será realizada no Rio de Janeiro nos dias 15, 16 e 17 de outubro de 2008, é uma homenagem da Ação da Cidadania à Josué de Castro, que faria 100 anos e inspira a nossa luta. Por isso, os Comitês Locais da Ação da Cidadania fazem: (1) ação direta, porque "outro mundo é possível"; (2) mobilização comunitária, para cada um "fazer a sua parte" e (3) reivindicação pública, porque a luta é pelo "maior bem possível para o maior número de pessoas".

A SEMFOME visa estimular a reflexão e a ação de educadores e educandos de escolas, entidades, comunidades e universidades, sobre como a educação pode contribuir para a cidadania. Como disse Betinho: "Nós podemos acabar com a fome e com a miséria. Tem só um 'se', que é você! Ou seja, se você decidir fazer isso acontecer". Não podemos aceitar uma crise alimentar mundial criada pela ganância de poucos, que gera a fome de muitos. Venha, vamos fazer EducAção!

Maurício Fabião > Núcleo Educação > Ação da Cidadania

Escolas de Mogi das Cruzes e Lele ganham Prêmio Nacional de Educação Ambiental Amigos do Mar

Escolas de Mogi das Cruzes e Lele ganham
Prêmio Nacional de Educação Ambiental Amigos do Mar


A Quinta Edição do Prêmio de Educação Ambiental Amigos do Mar, referente a 2008, já tem os seus vencedores. A Escola Municipal Profa.Ana Maria Barbosa Garcia, de Mogi das Cruzes (SP) ganhou o primeiro lugar na categoria A, referente às 1ª e 2 séries (2º e 3º anos), e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Alcides Kammer Andrade, de Leme (SP), obteve o primeiro lugar na categoria B, referente às 3ª e 4ª séries (4º e 5º anos). O Prêmio de Educação Ambiental Amigos do Mar é iniciativa do Instituto Arcor Brasil e Projeto Tamar. O Projeto Tamar é uma parceria do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e Fundação Pró-Tamar, com o patrocínio da Petrobrás.

Como premiação, as duas escolas vencedoras receberão a visita da equipe técnica do Projeto Tamar. O objetivo da visita na escola é o desenvolvimento de atividades de educação ambiental com os alunos, corpo docente, pais e convidados da comunidade. Com isso o evento se transforma em espaço multiplicador de valores em relação à educação ambiental. Todas as escolas finalistas receberão certificados de adoção simbólica de uma tartaruga marinha emitido pelo Tamar e camisetas do Amigos do Mar.

Os estados de São Paulo, Ceará, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco lideraram as inscrições de escolas participantes da Quinta Edição do Prêmio de Educação Ambiental Amigos do Mar. No total, 1065 escolas foram inscritas na Quinta Edição.
O tema do Prêmio é “Nossas águas sempre limpas”, como uma forma de estimular a reflexão entre alunos do ensino fundamental sobre a importância de preservação dos recursos hídricos, principalmente das águas e da vida marinha.

Foram credenciadas a participar do Prêmio neste ano 8.351 escolas municipais de 11 Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e os nove da Região Nordeste. Pela ordem, os estados com maior número de escolas inscritas foram São Paulo (331 escolas inscritas), Ceará (228), Bahia (178), Minas Gerais (132) e Pernambuco (77), seguidos de Maranhão (31), Paraíba (25), Rio Grande do Norte (22), Sergipe (17) e Alagoas e Piauí, com 12 escolas inscritas cada.

O Prêmio de Educação Ambiental Amigos do Mar é um concurso de desenho entre escolas municipais de ensino fundamental. Em duplas, os alunos foram estimulados a fazer um desenho livre sobre o tema “Nossas águas sempre limpas”, com base no que aprenderam em aulas temáticas. Essas aulas são oferecidas no guia de

educação ambiental “Nossas Águas Sempre Limpas”, à disposição de qualquer escola brasileira pelo site http://www.amigosdomarnaescola.com.br em versão eletrônica para download.

A escola elegeu os melhores desenhos entre seus alunos e os enviou para a comissão julgadora, composta por artistas, arte-educadores e biólogos. A premiação das escolas finalistas e vencedoras acontecerá entre 1º de novembro e 5 de dezembro de 2008.


As escolas finalistas da Quinta Edição, vencedoras entre o 1º e 5º lugares em suas categorias, foram: Categoria A – 1º lugar - Escola Municipal Profa.Ana Maria Barbosa Garcia, de Mogi das Cruzes (SP); 2º - EMEF. Profa. Maria Gonçalves Mourão, Leme (SP); 3º - EM Profa. Lydia Sanfelice, São José do Rio Preto (SP); 4º - EM Prof.João Gabriel de Santana, São Sebastião (SP); 5º - EMEF Madre Maria da Glória, Ubatuba (SP). Categoria B – 1o lugar - EMEF Prof. Alcides Kammer Andrade, Leme (SP); 2º - EM Profa. Lydia Sanfelice, São José do Rio Preto (SP); 3º - EMEF Madre Maria da Glória, Ubatuba (SP); 4º - EM Profa. Lucinda Araújo Pereira Giampietro, Birigui (SP); 5º - EM do Curral Novo, Jequié (BA).

Mais informações:
Instituto Arcor Brasil
José Pedro Soares Martins – Consultor de Comunicação
(19) 8206.1867
imprensa@institutoarcor.org.br
www.institutoarcor.org.br

Medicina indígena

Medicina indígena

A medicina indígena vai à universidade
Médicos criam primeiro curso do País de especialização em saúde dos índios

Mônica Tarantino


INVESTIGAÇÃO À esq., Schaper atende paciente em Mato Grosso. Acima, cientista viaja com índios para conhecer a floresta

O Brasil tem cerca de 650 mil índios. Eles falam 180 idiomas e pertencem a 220 etnias diferentes. Cada uma possui um sistema bem articulado de conhecimentos medicinais e filosóficos para explicar o surgimento das doenças e o que é preciso fazer para curá-las, o que com freqüência envolve pajelanças e uso de raízes. Pois é nesse caldeirão cultural que precisam mergulhar médicos, enfermeiros e dentistas que trabalham em áreas isoladas, como o coração da Amazônia ou o interior do Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso. Eles vivem em contato com costumes tão diferenciados que muitas vezes é difícil convencer o paciente indígena a ser tratado – ou pelo menos não se sentir ofendido – pela medicina “dos brancos”.

Para facilitar essas relações às vezes delicadas, pioneiros nessa área decidiram compilar os erros e acertos cometidos ao longo de 43 anos de prática no atendimento à saúde das populações indígenas para compartilhar a experiência com quem está chegando à linha de frente. O resultado desse esforço é o primeiro curso de especialização em saúde indígena do País, que começa no dia 13 de outubro.

Promovido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o curso terá 396 horas e será ministrado pela internet. “A idéia é capacitar quem está em campo a encontrar ferramentas para lidar com as diferenças de hábitos e crenças. E, para chegar até eles, optamos pela educação a distância”, explica o diretor do curso, o médico Douglas Rodrigues. Ele é um dos criadores do Projeto Xingu, também da Unifesp, que presta assistência a três mil índios. Segundo o pediatra Marcos Schaper, outro idealizador do curso, compreender a visão dos índios sobre saúde e doença é um meio de estreitar as relações. Por isso, haverá aulas de antropologia. “É preciso conhecer o universo indígena para melhorar o entendimento com doentes e pajés”, diz.


APRENDIZADO Observado por alunos e outros profissionais, o médico Douglas examina índia do Xingu

A iniciativa chamou a atenção. Mais de mil candidatos se inscreveram para disputar as 350 vagas oferecidas. A enfermeira Vânia Rabelo, 32 anos, foi uma das selecionadas. Há três anos vivendo entre os índios kaiabi, no Xingu, ela coleciona experiências de choque de visões. “Os kaiabi, por exemplo,não gostam que se corte o cordão umbilical assim que a criança nasce. Eles crêem que isso pode prejudicar a saúde da criança”, conta.

O lançamento do curso acontece em um momento no qual estão sendo discutidas mudanças estruturais no atendimento à saúde índigena. O Ministério da Saúde decidiu tirar a função da responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Vai transferi-la para uma nova área, a Secretaria de Atenção Primária e Promoção da Saúde, que vai gerenciar o Programa Saúde da Família. A consolidação da mudança depende da aprovação de um projeto enviado à Câmara Federal. “Essa reorganização tem a ver com as dificuldades na execução dos serviços de saúde e atende reivindicações indígenas e da Comissão de Política Indigenista. É necessário melhorar indicadores como a mortalidade dessa população, que ainda equivale a padrões de 40 anos atrás”, explica Claunara Mendonça, do Ministério da Saúde.

Os técnicos da Funasa, órgão do próprio ministério, rebatem as críticas e dizem queforam pegos de surpresa pelo projeto. E reclamam que só foram chamados para o debate depois que a proposta de reestruturação estava pronta. Por enquanto, a Funasa está dando seqüência à revisão dos 48 convênios firmados com 41 entidades para atendimento de 463 mil índios de 34 distritos sanitários. Da
assinatura desses contratos depende a distribuição dos recursos para a continuidade da assistência a esses povos em 2009. Em abril, a Funasa estabeleceu novos critérios para escolher as associações que atenderão os índios. Um deles é a necessidade de comprovar experiência no trabalho com índios. Por incrível que pareça, antes isso não era necessário.


segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Curso - Contabilidade, Aspectos Fiscais, Financeiros, Jurídicos e Tributários do Terceiro Setor

Curso - Contabilidade, Aspectos Fiscais, Financeiros,
Jurídicos e Tributários do Terceiro Setor


























Informações e Inscrições www.dearo.com.br ou ligue (11) 4777-0260


CURSO À DISTÂNCIA - ON-LINE - 24 horas/aula - 3 semanas de curso - De 13 de outubro a 3 de novembro de 2008

O aluno faz o seu horário!

Associação ou Fundação? Uma ONG pode emitir nota fiscal? Quais impostos uma ONG paga e quais não paga? Funcionário público pode ser diretor de ONG? Certificações e imunidades, isenções, obrigações e processos.

Curso completo sobre a legislação vigente, particularidades contábeis do Terceiro Setor, benefícios fiscais, aspectos tributários, requerimento de certificações, direitos e deveres, isenções, imunidade, estatutos, OSCIPs, certificações.

Programação on-line
1ª Semana - Módulo Jurídico
- 13/10 seg - Aula completa + solicitação de tarefa
- 14/10 ter - Abertura de Fórum de dúvidas
- 16/10 qui - Texto especial tema 1 para análise
- 18/10 sábado - Bate-papo das 16h às 18h com Professor Paulo
- 20 seg - prazo final para entrega de tarefas módulo 1

2ª Semana - Módulo Contábil e Fiscal
- 20/10 seg - Aula completa + solicitação de tarefa
- 21/10 ter - Abertura de Fórum de dúvidas
- 23/10 qui - Texto especial tema 2 para análise
- 25/10 sábado - Bate-papo das 16h às 18h com Professor Paulo
- 27 seg - prazo final para entrega de tarefas módulo 2

3ª Semana - Módulo Tributário e Financeiro
- 27/10 seg - Aula completa + solicitação de tarefa
- 28/10 ter - Abertura de Fórum de dúvidas
- 30/10 qui - Texto especial tema 3 para análise
- 01º/11 sábado - Bate-papo das 16h às 18h com Professor Paulo
- 03 - prazo final para entrega de tarefa módulo 3 + notas finais
- 05 - envio de certificados

O certificado será enviado pelo correio para o endereço fornecido pelo aluno em sua ficha de inscrição. O aluno poderá acessar o sistema até o dia 15 de novembro caso queira utilizar o feriado para leitura dos bate-papos e fóruns que ficarão disponíveis off-line.

Conteúdo Programático

Introdução / Siglas Utilizadas / O que é o Terceiro Setor / Tipos de Entidades - Associações, Fundações, Associações x Fundações, Cooperativas Sociais, Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP / Normas de Contabilidade aplicáveis ao Terceiro Setor / Características Básicas da Contabilidade do Terceiro Setor / Recursos para Formação do Patrimônio Social / Receitas e Despesas Regime de Reconhecimento / Aquisição de Ativos de Renda / Doações / Tipos de Doações / Doação de Ativos Patrimoniais / Doação de Materiais / Perdão de Dívida / Doação Condicional / Doação Incondicional de Recebíveis / Subvenções / Contribuições / Mensalidades / Contratos, Convênios e Termos de Parceria / Recursos de Terceiros e Com Restrições / Recebimento de Recursos de Convênios / Contrapartida de Convênios e Contratos / Obtenção de Renúncia Fiscal / Gratuidades / Obtenção de Serviços Voluntários / Venda de Bens ou Serviços / Notas sobre a Tributação de Vendas / Vendas em Consignação / Contas de Custos / Alocação de Custos Indiretos / Custos Diretos / Custos Indiretos / Critérios de Rateio / Provisões / Provisão de Recebíveis / Provisão de Férias e 13º Salário / Depreciações / Despesas de Publicidade / Contas de Compensação / Superávit ou Déficit do Exercício / Demonstrações Contábeis / Prestação de Contas ao MPAS / Prestação de Contas ao Conselho Nacional de Assistência Social CNAS / Prestação de Contas – OSCIP / Incentivos Fiscais / Lei Rouanet / / Lei Mendonça / Funcad / Lei de Incentivo a Cultura / Lei do Audiovisual / Aspectos Tributários do Terceiro Setor / INSS e Contribuições Sociais / IRPJ – Incentivos e Benefícios / Incentivos aos Patrocinadores / Projetos Culturais Incentivados / Atividade Audiovisual / Doações aos Conselhos dos Direitos das Crianças e Adolescentes / Benefícios ás Organizações do Terceiro Setor / Imunidade Constitucional / Isenção do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro / PIS e COFINS devidos pelas Entidades sem Fins Lucrativos / CPMF / DIPJ.

Data
3 semanas de curso - De 13 de outubro a 3 de novembro de 2008.
Local: Sistema de Ensino on-line DEARO - www.cursosdearo.com.br
A inscrição deve ser feita no site www.dearo.com.br
Investimento
O curso oferece 3 módulos de ensino distribuídos em 3 semanas acompanhadas por um professor especialista - 3 parcelas de R$ 150,00 – ou R$ 390,00 à vista.
Ministrante Paulo Roberto Fernandes é administrador de empresas, diretor da Fernandes Lima Gestão Empresarial. Consultor especialista da DEARO em contabilidade, aspectos fiscais e tributários do Terceiro Setor. Palestrante e ministrante de vários temas relacionados à gestão, contabilidade, aspectos jurídicos e financeiros. Empresário da área contábil, possui grandes e pequenas ONGs em sua carteira de clientes.

Helen Faganello inaugura exposição de pinturas na AM Galeria de Arte

Helen Faganello inaugura exposição de
pinturas na AM Galeria de Arte (9/10)


O processo de trabalho da artista plástica paulista Helen Faganello poderia ser classificado como um ‘procedimento de colagem’, onde parte das imagens é originada de fotografias, tanto produzidas por ela quanto resgatadas na imprensa, e parte é desenhada e pintada a óleo.

“Procuro deixar aparente o desenho, feito com grafite. A tinta é aplicada com espátula, resultando em uma superfície muito lisa e com uma espessura considerável de tinta a óleo”, explica Helen.

É esta mostra de pinturas exclusivas que o público mineiro poderá conhecer na exposição que Helen Faganello inaugura na AM Galeria de Arte (Rua Cláudio Manoel, 155, loja 4 – Funcionários), em Belo Horizonte , no dia 9 de outubro (quinta-feira), 19h, com coquetel para a imprensa e convidados. A abertura ao público será no dia 10 de outubro (sexta-feira), a partir de 10h. A mostra fica em exposição até 29 de outubro.

A mostra

As pinturas da exposição de Helen Faganello retratam estantes, em muitas variações, contendo livros e vários outros objetos, inclusive um aquário e telas pintadas. A artista também preparou uma instalação, simulando uma continuidade do ambiente da galeria em uma parede, contendo vários elementos a mais.

“A exposição toda é permeada por uma poética de ilusão de espaço, de simulação da realidade, com tentativas de colocar, em um mesmo espaço, elementos reais em sintonia com elementos falsos, simulados, pintados e fotografados”, explica Helen.

A artista

Helen Faganello deve muito da sua formação como artista plástica a nomes importantes do segmento de artes plásticas no Brasil, como Newman Schutze, Leda Catunda e Sérgio Romagnolo, Ana Maria Tavares , Rodrigo Naves, Carlos Fajardo, Sandra Cinto e Albano Afonso. Participou de exposições individuais no Museu de Arte de Ribeirão Preto (2006 e 2008), no Centro Cultural São Paulo (2005) e no Museu Metropolitano de Arte Curitiba (PR) (2002).. Em coletivas, esteve presente nas mostras no Sesc Ribeirão Preto (2008), na Galeria Oeste SP (2007), no 32º Salão Nacional de Ribeirão Preto (2007), na Bienal de Santos (2006), entre várias outras.

AGENDA: Exposição Helen Faganello

Período: 10 a 29/10/2008

Horário: 10h às 19h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, de 10h às 14h

Local: Rua Cláudio Manoel, 155, Loja 4 - Funcionários – Belo Horizonte Informações: (31) 3223-4209

ENTRADA FRANCA

Instituto Cultural Aletria - Feira de Histórias

Feira de Histórias faz homenagem às
crianças no mês de outubro (04/10)


Abrindo o mês de outubro e inaugurando as homenagens ao mês das crianças, o projeto “Feira de Histórias” (Feira Tom Jobim - Avenida Bernardo Monteiro, próximo ao Colégio Arnaldo) recebe, no dia 4 de outubro, sábado, o grupo “Contadores de Estórias Miguilim”, de Cordisburgo – MG, que irá apresentar o espetáculo “Miguilim”. Promovida pelo Instituto Cultural Aletria , a apresentação começa às 11h e termina às 13h e é destinada ao público de todas as idades.

O grupo irá apresentar narrativas de trechos do lírico conto ‘Campo Geral’, da obra Manuelzão e Miguilim, de João Guimarães Rosa. Além da homenagem às crianças, com o espetáculo, o grupo também prestará uma homenagem ao centenário do nascimento do escritor mineiro comemorado em 2008.

Composto por 40 adolescentes, com idades entre 13 e 20 anos, o grupo tem contribuído ativamente para a divulgação e preservação da oralidade e da obra de Guimarães Rosa, a partir da narração de fragmentos literários do escritor. O grupo ‘Contadores de Estórias Miguilim’ foi criado em 1996, por Calina da Silveira Guimarães, prima de Guimarães Rosa, com o objetivo de socialização de crianças e jovens da cidade de Cordisburgo (MG), quebrando as barreiras sugeridas pela dificuldade e seletividade da obra do escritor.

O projeto “Feira de Histórias” faz parte da revitalização da Feira Tom Jobim, a tradicional “Feirinha do Arnaldo” por situar-se na Av. Bernardo Monteiro com Av. Brasil, próximo ao Colégio Arnaldo. A iniciativa visa a diversificação e a ampliação do público visitante, que aumentou muito depois das apresentações semanais dos contadores de histórias. A entrada é franca e o projeto tem apoio cultural da COPASA.

O Instituto Cultural Aletria é parceiro da Associação dos Expositores da Feira Tom Jobim e tem o objetivo de preservar a arte de contar histórias, principalmente propagando a tradição oral no Brasil. É uma Editora e Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Contadores de Histórias, promovendo cursos, seminários e outros eventos culturais e literários nas áreas de narração de histórias, oratória, capacitação de educadores, projetos específicos para empresas e produção de textos.

AGENDA: “Feira de Histórias – Miguilim”
Data: 4 de outubro de 2008 (sábado)
Horários: 11h às 13h (Feira de Histórias) – 13h às 17h (shows musicais)
Local: Av. Bernardo Monteiro, s/n, entre a Av. Brasil e a Rua dos Otoni - Funcionários
Informações: (31) 3296-7903 (Instituto Cultural Aletria - Belo Horizonte - MG)

Entrada Franca

Informações para a imprensa:

Ampla Soluções em Comunicação: Liège Camargos e Rachel Wardi

(31) 3221-9241/3225-1116/8899-0353
ampla@amplacomunicacao.com.br
www.amplacomunicacao.com.br

Rachel Wardi Lopez
Ampla Soluções em Comunicação
Rua Juiz da Costa Val, 157 / sala 13 - Santa Efigênia
(31) 3221-9241 - (31) 3225-1116 - (31) 8854-2425
rachel@amplacomunicacao.com.br



Turismo e as Belezas Naturais da Patagônia Argentina


"Estação Pátio Savassi" aborda Turismo e as
belezas naturais da Patagônia Argentina


O projeto Estação Pátio Savassi, que em 2008 aborda o tema ‘Interconexões’, realiza, no mês de outubro, quatro palestras gratuitas sobre a “Argentina”, país que ocupa a porção mais austral do continente americano. Seu extenso desenvolvimento de norte a sul permite abrigar uma grande variedade de climas, paisagens e atrações turísticas. Os encontros são aos sábados, no anfiteatro (L2) do Pátio Savassi (Av. do Contorno, 6061 Savassi), a partir das 11h.

No dia 4 de outubro, o Cônsul Adjunto do Consulado Geral da República Argentina em Belo Horizonte, Pablo Antonio de Angelis, irá ministrar a palestra “Patagônia: turismo e belezas naturais”. O tema terá foco na história da Patagônia Argentina, suas características e limites geográficos, composição geológica, flora, fauna e aspectos das cidades e de suas conquistas. A palestra abordará também a Patagônia focada em três de suas regiões emblemáticas: os Glaciares - Região do Parque Nacional, Lago Argentino, Lago Viedman, El Calafate e El Chaltén; a Península Valdes - Porto Madrin, Porto Pirâmide, Golfo San José, Golfo Novo e Caleta Valdes e a Terra do Fogo - Ushuaia, Canal de Beagle, Rio Grande e Parque Nacional da Terra do Fogo.

Pablo Antonio de Angelis é advogado graduado pela Universidade Nacional de La Plata. Viveu durante oito anos na Patagônia Argentina onde se especializou no estudo da Arte Rupestre e dos povos aborígines. Formou-se no Instituto do Serviço Exterior da Nação (ISEN) da República Argentina e em seguida ingressou na carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto (MRECIC), trabalhando na Subsecretaria de Coordenação e Cooperação Internacional. Em 2005 foi enviado para assumir funções como Cônsul Adjunto no Consulado Geral da República Argentina em Belo Horizonte.

Criado através da parceria cultural entre a Estação do Saber e o Pátio Savassi, o projeto “Estação Pátio Savassi” tem a proposta de levar intelectuais, escritores e profissionais renomados para palestras gratuitas e bate-papos com o público no anfiteatro do shopping. Neste mês de outubro, o projeto tem como tema a Argentina.

Agenda: “Estação Pátio Savassi”

Data: 4 de outubro de 2008, sábado // Horário: 11h

Local: Pátio Savassi – Av. do Contorno, 6061 Savassi – Belo Horizonte – MG

SAC Pátio Savassi: (31) 3263-8500

Entrada Franca

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Desencanto e passividade dos eleitores

Desencanto e passividade dos eleitores

por Michelle Amaral da Silva — Última modificação 25/09/2008

Em entrevista, os professores Sérgio Trein e Osvaldo Biz analisam o desencanto com as próximas eleições e refletem acerca do desenvolvimento político brasileiro que nos levou a esse cenário.
Em entrevista, os professores Sérgio Trein e Osvaldo Biz analisam o desencanto com as próximas eleições e refletem acerca do desenvolvimento político brasileiro que nos levou a esse cenário.

IHU On-Line

O cenário político brasileiro, desde o fim da ditadura militar, tem passado por profundas e constantes transformações. Muitas delas estão ligadas a esquemas de corrupção e gestões que não priorizaram o desejo do povo brasileiro. O resultado disso pode ser visto durante a atual campanha eleitoral, onde o engajamento político é bastante pequeno e o desencanto com a política é grande. Em entrevista, os professores Sérgio Trein e Osvaldo Biz analisam o tema. Para Trein, a grande razão consiste no “afastamento das pessoas em relação à política”. É por isso, explica ele, que “a grande maioria da população não lembra em que votou nas últimas eleições, e, se lembra, não sabe o que o seu candidato está fazendo, não freqüenta os espaços públicos e políticos, e vai acompanhando os fatos políticos com pouca informação”. Biz diz que o desencanto se deve mesmo a “um conjunto de fatores que transcendem o momento presente”, isso porque, “no passado, havia mais clareza sobre o que era um partido de esquerda ou de direita”, mas hoje “dezenas e dezenas de partidos desapareceram ou se uniram a outros para continuarem na atividade política”.

Sérgio Trein é graduado em Publicidade e Propaganda, pela PUCRS. É mestre, doutorando em Comunicação Social pela mesma universidade, e, atualmente, professor na Escola Superior de Propaganda e Marketing e da Unisinos. Trabalha com temas como o marketing político e comunicação política.

Osvaldo Biz é bacharel em Geografia e História, pela Faculdade Salesiana. É graduado em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Imaculada Conceição, e em Jornalismo, pela PUCRS, onde também especializou-se em cultura brasileira e em estudos sobre os problemas brasileiros. Também na PUCRS, fez o mestrado em História e doutorado em Comunicação Social e, hoje, atua nesta instituição como professor.

As eleições deste ano já não são tão vibrantes, em relação à movimentação dos militantes, como em outras eleições. Para o senhor, quais as razões desse desencanto?

Sérgio Trein – A primeira razão para isso é o próprio afastamento das pessoas em relação à política. A grande maioria da população não lembra em que votou nas últimas eleições, e, se lembra, não sabe o que o seu candidato está fazendo, não freqüenta os espaços públicos e políticos, e vai acompanhando os fatos políticos com pouca informação. Não bastasse tudo isso, os escândalos envolvendo os políticos acabam criando uma imagem negativa da política como um todo.

Osvaldo Biz – O desencanto dos militantes resulta de um conjunto de fatores que transcendem o momento presente. No passado, havia mais clareza sobre o que era um partido de esquerda ou de direita. Por exemplo, no período do regime militar, aqueles cidadãos que eram contra a ditadura se posicionavam ao lado do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Uma parcela maior da sociedade abrigava-se sob as asas da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), pois esta atitude representava a possibilidade de ocupar um cargo ou então fazer a defesa do sistema autoritário, baseado na necessidade de manter a ordem na Nação, sem riscos de badernas, greves, disputas pela posse da terra. Em outras palavras, a manutenção da estrutura colonial.

Hoje, existem variados partidos de direita, que sem ideologia nenhuma, sob várias siglas, lutam para vencer e se locupletar com os cargos. Temos também alguns partidos de esquerda, que se apresentam com poucos projetos diferenciados. Na realidade, os partidos são frágeis, surgem ao redor de líderes carismáticos, de cima para baixo, sem a participação dos cidadãos. Ou seja, do Império até o momento presente já aconteceram sete formações partidárias no Brasil. Dezenas e dezenas de partidos desapareceram ou se uniram a outros para continuarem na atividade política.

Como o senhor classifica a participação dos jovens na política atual?

Sérgio Trein – O engajamento dos jovens na política é algo que deveria ser mais incentivado. Não creio que a participação de candidatos jovens seja muito diferente dos pleitos anteriores. Penso que a grande modificação seja na participação dos jovens na militância dos candidatos. Alguns anos atrás, era comum ver os jovens nas esquinas, defendendo seus candidatos e seus partidos. Hoje isso mudou. E é natural que isso aconteça, porque o próprio processo eleitoral está pouco vibrante. Entretanto, os jovens são o futuro. Se eles se mantêm distantes da política, não haverá renovação

Osvaldo Biz – A participação dos jovens na política, de modo especial, nesse ano com a escolha dos prefeitos e vereadores é amorfa, desinteressada. Trabalho com centenas de alunos universitários e eu não percebo nenhum interesse em debater a conjuntura atual, a participação política. Nada está acontecendo. No dia 5 de outubro, se aproximarão da urna eletrônica e digitarão o número do candidato a prefeito e do candidato a vereador. Todo o período eleitoral de mais de 40 dias se concretiza em poucos segundos. O pior é quando há os que se aproximam com a “cola” juntada na rua, um pouco antes de votar. Na verdade, com a globalização, a política é feita pela mídia, tornando-se produto do marketing. Reina o individualismo e o consumismo, não a discussão sobre a prefeitura, o Estado ou a nação que queremos. Uma péssima contribuição, que é repassada aos jovens, diz respeito à corrupção que grassa impunemente. Daí o descrédito da política.

Podemos dizer que há um desencanto com a democracia?

Sérgio Trein – Eu não diria isso. Há uma falsa idéia de que em outros tempos era melhor. Mas, naqueles tempos, seria impossível fazer uma pergunta como essa. Nem sequer discutir questões específicas sobre política. Na realidade, o Brasil ainda está aprendendo a conviver com a democracia. O país tem mais de 500 anos, mas pouquíssimos anos de uma verdadeira democracia.

Osvaldo Biz – Não diria que há um desencanto com a democracia, mas com o modo como se faz política, como se administra o bem público que passa a ser privatizado. Acabou a distinção entre o público e o privado. Para muitos, ocupar cargos não representa um serviço para a nação, mas sim um modo de enriquecer. Por outro lado, o funcionamento da democracia não necessita da criação de tantos partidos, os quais não se distinguem pela ideologia. O candidato é produto do marketing. A política vira mercadoria. A amizade vira produto. Vale o individualismo. Temos o esvaziamento da política e o incentivo para o consumismo.

De que forma o senhor analisa as campanhas políticas que estão sendo veiculadas nas mídias?

Sérgio Trein – Eu vejo as campanhas políticas muito iguais, repetindo fórmulas utilizadas anteriormente em outras campanhas. A maior parte dos candidatos já trocou seus programas pelo menos uma vez. Isso é um sinal de que faltou planejamento, conhecimento de recepção e até mesmo falta de identidade com o candidato. Mas o principal problema, em minha opinião, ainda é a falta de programa político mesmo. Quase todos os candidatos falam de programas existentes em outros lugares; se pegaram em soluções imediatas, seguem o velho agendamento dos temas saúde e segurança. Parece-me que a própria política se distanciou da política. Em função disso, os programas eleitorais mais parecem comerciais de ofertas e de promoção do programa social mais em conta para o momento.

Osvaldo Biz – As campanhas políticas desse ano para a escolha do prefeito e vereadores são feitas pelas mídias impressas e eletrônicas. No caso dos vereadores, são tantos os candidatos que não é possível ouvi-los sobre temas cruciais do município. O tempo reservado para os candidatos a prefeito propor leis se resume em citar o próprio nome, possivelmente com a velocidade do som. Então, para marcar presença e despertar o eleitor o candidato liga seu nome com algum apelido ou tipo de trabalho. Temos, então, o “candidato do táxi”, “o da bala de goma”, “o fala fina”, o que imita a voz do Presidente Lula, do Martinho da Vila e se apresenta como Martinho da vida, e por aí... Muitos candidatos sabem, de antemão, que talvez recebam o próprio voto e o dos familiares. Mas o partido precisa completar a lista de seus candidatos. A porta de entrada fica, então, escancarada. É uma eleição caricata. Como, então, deveria se realizar uma atividade política? Em primeiro lugar: perceber a importância dos fenômenos políticos. Do momento que acontece essa descoberta, segue-se o interesse em conhecê-los e discuti-los. Daí, o terceiro elemento fundamental, traduzido no verbo interferir, ou seja, propor uma sociedade, na qual todos os brasileiros possam satisfazer suas necessidades básicas. Agir para que as decisões políticas reflitam os interesses da maioria da população. Essa interferência parte da decisão do eleitor em cobrar do seu partido e de seus candidatos a realização do projeto anunciado. Também, não pode ser desconhecida a presença da ética. A expressão melhor seria ética da política, em vez de ética na política, ou seja, é da essência da política a presença ética.

Fonte:http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/desencanto-e-passividade-dos-eleitores

Seminário reúne em Brasília autoridades e especialistas em segurança alimentar

Seminário reúne em Brasília autoridades
e especialistas em segurança alimentar

Nos dias 8 e 9 de outubro, Brasília será sede do Seminário Nacional Mesa Brasil Sesc Segurança Alimentar e Nutricional: Desafios e Estratégias. Promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) com apoio do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (IETS), o objetivo será fazer uma reflexão sobre as várias dimensões da segurança alimentar e nutricional nos cenários nacional e internacional, entre elas a atual crise de alimentos.

O seminário reunirá autoridades e especialistas no tema, como o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato S. Maluf, e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Também participam Walter Belik, do Instituto de Economia da Unicamp, Frei Betto e representantes de instituições como Ipea, BNDES, Banco do Brasil, Banco Mundial e IBGE. Confira a lista completa de conferencistas.

As conferências e palestras abordarão temas como o cenário da pobreza e da fome, a insegurança alimentar do contexto brasileiro, a expansão da oferta e a melhoria na distribuição de alimentos. O evento acontece no auditório da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Mesa Brasil - Programa desenvolvido pelo Sesc, o Mesa Brasil tem na parceria a base da sua sustentação. Sua missão é contribuir para a segurança alimentar dos indivíduos em situação de
vulnerabilidade através da doação de alimentos, da promoção de ações educativas e da responsabilidade compartilhada entre os doadores, entidades sociais e voluntários, em todo o país. O programa é uma ponte que busca onde sobram alimentos e os entrega onde falta.

Todas as inscrições e vagas da lista de espera para participar do seminário já foram preenchidas, mas o evento poderá ser acompanhado pelo site www.sesc.com.br/mesabrasil/seminario. O conteúdo das palestras será disponibilizado posteriormente na página.

Com informações da organização do evento.

Saiba mais sobre o seminário

Serviço
Seminário Nacional Mesa Brasil Sesc
Segurança Alimentar e Nutricional: Desafios e Estratégias
Data: 8 e 9 de outubro
Hora: 8h (credenciamento) e 9h
(abertura)
Local: Auditório da CNC (Setor Bancário Norte Quadra
1 Bloco B - Brasília-DF)

Especial Machado de Assis

A edição eletrônica do Estadão traz hoje um especial sobre Machado de Assis.

Os artigos desse especial podem ser lidos em:

www.estadao.com.br/pages/especiais/machado/

O impensável aconteceu - Boaventura de Sousa Santos

O impensável aconteceu

Boaventura de Sousa Santos

Esta não é a crise final do capitalismo e, mesmo se fosse, talvez a esquerda não soubesse o que fazer dela

A PALAVRA não aparece na mídia dos EUA, mas é disso que se trata: nacionalização.

Perante as falências ocorridas, anunciadas ou iminentes de importantes bancos de investimento, das duas maiores sociedades hipotecárias do país e da maior seguradora do mundo, o governo federal norte-americano decidiu assumir o controle direto de uma parte importante do sistema financeiro.

A medida não é inédita. O governo interveio em outras crises profundas: 1792 (no mandato do primeiro presidente do país), 1907 (o papel central na resolução da crise coube ao grande banco de então, J.P. Morgan, hoje, Morgan Stanley, também em risco), 1929 (a Grande Depressão: em 1933, mil norte-americanos por dia perdiam suas casas para os bancos) e 1985 (crise das associações de poupança e empréstimo). O que é novo na intervenção em curso é sua magnitude e o fato de ela ocorrer ao fim de 30 anos de evangelização neoliberal conduzida com mão-de-ferro em nível global pelos EUA e pelas instituições financeiras por eles controladas, FMI e Banco Mundial: mercados livres e, porque livres, eficientes; privatizações; desregulamentação; Estado fora da economia, porque inerentemente corrupto e ineficiente; eliminação de restrições à acumulação de riqueza e à correspondente produção de miséria social.
Foi com essas receitas que se "resolveram" as crises financeiras da América Latina e da Ásia e que se impuseram ajustamentos estruturais em dezenas de países. Foi também com elas que milhões de pessoas foram lançadas no desemprego, perderam as suas terras ou os seus direitos laborais, tiveram de emigrar.

À luz disso, o impensável aconteceu: o Estado deixou de ser o problema para voltar a ser a solução; cada país tem o direito de fazer prevalecer o que entende ser o interesse nacional contra os ditames da globalização; o mercado não é, por si, racional e eficiente, apenas sabe racionalizar a sua irracionalidade e ineficiência enquanto estas não atingem o nível de autodestruição.

Esta não é a crise final do capitalismo e, mesmo se fosse, talvez a esquerda não soubesse o que fazer dela, tão generalizada foi a sua conversão ao evangelho neoliberal. Muito continuará como dantes: o espírito individualista, egoísta e anti-social que anima o capitalismo; o fato de que a fatura das crises é sempre paga por quem nada contribuiu para elas, a esmagadora maioria dos cidadãos.

Mas muito mais mudará. Primeiro, o declínio dos EUA como potência mundial atinge novo patamar. O país acaba de ser vítima das armas de destruição financeira maciça com que agrediu tantos países nas últimas décadas e a decisão "soberana" de se defender foi afinal induzida pela pressão dos seus credores estrangeiros (sobretudo chineses) que ameaçaram com uma fuga que seria devastadora para o atual "american way of life".

Segundo, FMI e Banco Mundial deixaram de ter autoridade para impor suas receitas, pois sempre usaram como bitola uma economia que se revela fantasma. Daqui em diante, a primazia do interesse nacional pode ditar, por exemplo, taxas de juro subsidiadas para apoiar indústrias em perigo (como as que o Congresso dos EUA acaba de aprovar para o setor automotivo).

Não estamos ante uma desglobalização, mas estamos certamente ante uma nova globalização pós-neoliberal internamente muito mais diversificada. Emergem novos regionalismos, já presentes na África e na Ásia, mas sobretudo importantes na América Latina, como o agora consolidado com a criação da União das Nações Sul-Americanas e do Banco do Sul.

Terceiro, as políticas de privatização da segurança social ficam desacreditadas: é eticamente monstruoso acumular lucros fabulosos com o dinheiro de milhões de trabalhadores humildes e abandonar estes à sua sorte quando a especulação dá errado.

Quarto, o Estado que regressa como solução é o mesmo que foi moral e institucionalmente destruído pelo neoliberalismo, o qual tudo fez para que sua profecia se cumprisse: transformar o Estado num antro de corrupção. Isso significa que, se o Estado não for profundamente reformado e democratizado, em breve será, agora, sim, um problema sem solução.
Quinto, as mudanças na globalização hegemônica vão provocar mudanças na globalização dos movimentos sociais e vão certamente refletir-se no Fórum Social Mundial: a nova centralidade das lutas nacionais e regionais; as relações com Estados e partidos progressistas e as lutas pela refundação democrática do Estado; as contradições entre classes nacionais e transnacionais e as políticas de alianças.

Boaventura de Sousa Santos, 67, sociólogo português, é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). É autor, entre outros livros, de "Para uma Revolução Democrática da Justiça" (Cortez, 2007).

Luiz Carlos Orsini


Luiz Carlos Orsini lança a maior obra de paisagismo individual já publicada n Brasil

O paisagista contemporâneo mineiro Luiz Carlos Orsini, comemora 30 anos de carreira em 2008 com o lançamento do seu primeiro livro individual: “Luiz Carlos Orsini – 30 Anos de Paisagismo”. É o primeiro paisagista, depois de Burle Marx, a lançar uma publicação individual de tamanha notoriedade.

O lançamento em Belo Horizonte será no dia 7 de outubro (terça-feira), às 19h, na Casa Bernardi (Rua Conde Linhares, 308 – Cidade Jardim).

O livro traz uma coletânea selecionada entre os mais de 100 projetos executados pelo paisagista. De seu extenso portifólio foram selecionados projetos em várias cidades do Brasil, incluindo o Instituto Cultural Inhotim - um dos mais expressivos conjuntos paisagísticos do Brasil. É um título de luxo, editado e distribuído pela Editora Décor especializada em livros de arte e cultura. Com 342 páginas, capa dura e projeto aprovado na Lei Federal de Incentivo à Cultura, a publicação bilíngüe - português e inglês, apresenta uma breve biografia do paisagista, e algumas obras nunca antes publicadas.

“Para mim, o mais prazeroso dentro do paisagismo é criar paisagens. Gosto de intervir na topografia, criar lagos, traçar os caminhos e ir reinventando as paisagens”, conta Orsini.

Com várias conquistas do Prêmio Espaço D’ (SP) na categoria Paisagismo, seis anos participando da CASA COR (BH, Brasília e SP) e palestras realizadas nos mais importantes congressos e faculdades do Brasil e da Espanha, Orsini conquistou reconhecimento e credibilidade. Hoje, mantêm escritórios em Belo Horizonte e São Paulo, além da fábrica de substratos agrícolas Solu Bonu, em Sacramento (MG).

Entre os dias 13 e 16 de novembro lançará seu livro e fará palestra na Feira do Livro de Miami, a convite do Centro Cultural Brasil - USA (CCBU) da Flórida. O evento será no campus do Miami-Dade College, em Downtown (Miami).

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Setembro/2008

Rachel Wardi Lopez
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Expedição do Redescobrimento

"Expedição do Redescobrimento - um novo jeito de conhecer o Brasil"

Dia 7 de Outubro às 17h no SESC Tijuca

A Exposição "Expedição do Redescobrimento - um novo jeito de conhecer o Brasil" é uma das principais ações coletivas do Brasil Memória em Rede. O Brasil Memória em Rede é uma rede nacional de instituições e pessoas que valorizam o uso da memória como ferramenta de desenvolvimento social e cultural do país.

Na abertura da exposição será realizado um debate abordando os seguintes temas:

* Memória e Tradições populares
* Memória e Educação
* Memória e Desenvolvimento Comunitário

Mesa de abertura – 17h (Teatro I)

Rodas de conversa – 18h (Teatro I)

SESC Tijuca

Rua Barão de Mesquita, 539

De 7 a 12 de Outubro

Informações
sobradocultural@gmail.com
fotografia.sobrado@yahoo.com.br

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Praça ATIVA na Praça Duque de Caxias no Santa Tereza (Domingo 28/09)


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Bondinho de Santa Teresa

Bondinho de Santa Teresa: embalando saudades e conflitos!

Por Aline Souza

Festa de aniversário reúne moradores e turistas contra a privatização

Lá vem ele. Com o seu titilar elétrico pelas ruelas e ladeiras de Santa Teresa. É assim que os moradores do bairro carioca conhecem o som do transporte público mais antigo do Rio de Janeiro. O Bonde de Santa Teresa comemorou 112 anos no último dia seis de setembro em uma festa que teve sabor de manifesto. O motivo é a intenção do governo estadual que, de acordo com a AMAST – Associação dos Moradores e Amigos de Santa Teresa - quer privatizar o serviço de bonde para destiná-lo somente ao uso turístico sob a alegação de que o custo da passagem (0,60) não cobre os gastos de manutenção. Atualmente estes gastos são financiados com a verba da Central – Companhia de Engenharia Transportes e Logística de responsabilidade do Estado do Rio de Janeiro, que deveria ser repassada pela Setrans – Secretaria Estadual de Transportes para gestão e aplicação da quantia nos bondes e linhas pelo qual ele trafega. Na realidade um orçamento próprio destinado ao bonde não existe, como afirma Paulo Saad, presidente da AMAST.
Informações apuradas com a associação de moradores apontam que em 2001, na gestão Garotinho, havia 10 bondes em circulação que eram vistoriados sistematicamente na garagem do bairro. No final de 2004 restaram somente quatro bondes em devastação progressiva. Após esse período, no mesmo ano foi feito um acordo com a governadora Rosinha, que previa 22 milhões de reais para a reforma das estações e da rede elétrica, assim como a reforma da via permanente e dos bondes. Segundo Saad, o acordo não foi comprido. Os moradores denunciam ainda que, há cerca de três anos, foram levados para a cidade de Três Rios 12 dos 14 bondes existentes, restando somente dois em circulação no momento. À época foi feito um acordo no valor de R$ 14 milhões com o Banco Mundial e o governo estadual pagos à empresa T-Trans para reforma dos bondes, que gastaria 1 milhão por bonde reformado. De acordo com os moradores, "foi o maior mico da história, pois na hora H o bonde restaurado e modernizado pela empresa não saiu do lugar e aparentemente também não faria as curvas necessárias que a geografia do bairro exige", relatou Renato Machado, testemunha ocular do episódio.
A AMAST e os moradores questionam agora o motivo pelo qual o INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural) aprovou o projeto de reforma que visa à modificação da mecânica original do bonde. A Secretaria Estadual de Transportes informou que outro protótipo está sendo testado numa linha construída em Três Rios especialmente para esta finalidade. Este protótipo está sendo chamado de VLT (veículo leve sobre trilho). É bom lembrar que o mesmo instituto tombou em 1988 o Bondinho de Santa Teresa como sendo Patrimônio Cultural Estadual . Outra indignação dos moradores é a informação de que a Secretaria Estadual de Planejamento abriu licitação para formular um estudo que aponte a viabilidade de conceder a uma empresa privada o serviço do transporte de passageiros do Sistema de Bondes de Santa Teresa. Os moradores não querem que o sistema de bondes, que completaram 112 anos em 1º de setembro, seja privatizado.
Em entrevista ao Jornal do Brasil do dia 9 de maio deste ano, o diretor de produção da Setrans, Fábio Tepedino, apontou problemas para a reposição das peças e do maquinário. "Os trilhos não são mais fabricados, tudo é difícil. Tudo mudou mecanicamente e os fornecedores não trabalham mais com aqueles sistemas. Temos um freio muito melhor, vamos economizar 50% de energia e teremos menos problemas de manutenção. Isso são normas técnicas que os bondes antigos não cumprem" justifica.
A empresa francesa Sistran Engenharia está coordenando uma série de simulações técnicas e de demandas e custos para viabilizar a privatização. Esta informação foi publicada no Diário Oficial do último dia 25 de agosto. O próprio Secretário dos Transportes, o senhor Julio Lopes teria alegado publicamente que a empresa favorita para essa atividade seria aquela que já explora o Corcovado e que está sob a direção de Sávio Neves, parente do governador de Minas Gerais (Aécio Noves), e que hoje é utilizado somente por turistas a preços altos.
Paulo Saad questiona a utilização indevida da verba pública: "Com um milhão por bonde compra-se 12 Vans com ar-condicionado zero km. Por muito menos podemos conservar um bonde por 10 anos. Se o dinheiro que está sendo utilizado para a modificação fosse utilizado para a melhoria da via permanente e dos bondes, com reposição de peças e manutenção na oficina do bairro, muito mais poderia ser feito na restauração do sistema antigo", afirma.
Hoje o bondinho percorre cerca de 7 KM até o bairro Silvestre, o poderia explicar perfeitamente o valor de R$0,60. A posição da AMAST é que, se o estado mantiver uma estrutura básica, com contratação de pessoal qualificado, pagamento das contas básicas e mantendo a via elétrica e a permanente, é perfeitamente possível organizar os moradores em cooperativa para operar os bondes e administrar seu funcionamento. A principal finalidade dessa cooperativa segundo Paulo Saad seria a construção de um "bonde público, bom e barato para todos, que não exclua o turista, mas que o faça conviver com os moradores do bairro que dependem do bonde como meio de transporte". A vice-presidente da AMAST, Juçara Braga, reforça que a luta é "pela restauração e manutenção do bonde e não reforma. Protestamos contra a agressão à sua estrutura original".
Dona Didi, de 78 anos e moradora do bairro há 50, estava presente na manifestação e reclama que hoje em dia os bondes demoram muito para passar. Recorda-se que já namorou muito no interior dos bondes quando era jovem, mas que hoje quase já não consegue subir nos estribos por conta da idade. "Estou aqui em homenagem ao bonde para dançar no Bloco das Carmelitas. Eu sou a madrinha do Bloco" diz orgulhosa.
No evento passaram aproximadamente 1500 pessoas no Largo do Guimarães, que lotaram as ruas para ver a apresentação de Lia de Itamaracá com sua cirandeiras. Na verdade, todos nós sabemos que o bonde de Santa Teresa pertence a outro tempo, a outra época. Talvez ele já não combine mais com os carros que circulam pelo bairro, cheios de turistas ou não. Talvez haja aqui uma discussão que irá gerar outro problema que é a forma que se daria a convivência do bonde com o frenesi moderno das grandes metrópoles.



Entretanto, um fator importante lembrado por Juçara Braga é o clima intimista do bonde: "são coisas simples que tornam a nossa vida muito melhor. Isso não mais existe nos ônibus que trafegam pela cidade, no interior dos quais impera o silêncio e onde nos tornamos todos anônimos uns para os outros refletindo o clima de desumanização da cidade", desabafa. Por fim, o que mais importa para os antigos moradores do bairro, um tanto saudosistas em verdade, é que no bonde eles encontram um espaço de conhecimento e de reconhecimento que permite encontros, conversas entre vizinhos em clima ameno e harmonioso. Viva o bonde!
Frases ouvidas durante reunião da Associação dos Moradores (AMAST)• "Que bom! A mídia pautou o nosso "carnaval" pelo bonde! Manifesto para eles tem que ser festa, senão não cobrem!".
• Intelectuais da geração 68 que circularam pela Europa na juventude tomam chá e falam da massa: "eles se comportaram bem, não interromperam o discurso e lotaram o local!".
• "Tribunal quando está no bolso é causa perdida".
• "Soltaram os cachorros em cima dos ficais do controle urbano. Um quase rasgou a calça. Queremos preservar os casarões. Pô! Puxadinho não pode!".
• “As chuvas vêm aí heim? Isso me lembra a enchente de 1966, a descida da Rua (sei que lá)!”.
• “Pó, Lili dos gatos! É restaurante ou pensão? Decida-se! Vou pegar o binóculo hein!.

Agenda

Livro e Leitura - Patrimônio Histórico - Pontos de Cultura - Editais e Prêmios - Oportunidades - Agenda

- Prêmio VIVALEITURA divulga lista de projetos pré-selecionados
- Livro expõe os métodos do Centro Experimental Teatro Escola
- Portal Domínio Público disponibiliza na Internet obra de Machado de Assis
- Ciclo de palestras coloca em questão a literatura mineira
- Palestra no MAO discute patrimônio histórico
- Comunidade Alto Vera Cruz promove Semana Paulo Freire
- Juventude é tema de Fórum em Cataguases
- Fundação Xuxa Meneghel e Pontão da UFMG sinalizam possível parceria

Visite:Representações Regionais

Confira em anexo.

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Apresentação

O Boletim Teia Cultural Minas é um boletim virtual, produzido semanalmente pela Representação Minas Gerais do Ministério da Cultura, com o objetivo de divulgar os programas, projetos

Poema Sonhos


Poema Sonhos

Efigênia Coutinho

Quando tiver um sonho, construa um altar:
um espetacular altar de rua
que lhe couber em sorte no ato de amar
ainda que imperfeito à luz da Lua!

Quando você sonhar, construa um caminho
de saibro ou granito, pouco importa!,
onde a Lua possível seja o linho
dum telhado com janelas e uma porta!

Não há sonho que dure eternamente,
perdemos um-a-um, sem grande esforço,
sorrimos à deriva pela mente
que nos atrai o pólo ou o seu dorso.
Somos fiéis ao amor pra nosso mérito
porque nele encontramos o que é feérico...

Camboriú,25-10-2003

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Índice

Livro de Visitas

Efigênia Coutinho
Presidente Fundadora
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Ronaldo Werneck

Agora e a seguir, exclusivamente pra vocês.

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Liberal de Cabo Verde

www.liberal-caboverde.com

Domingo, nas páginas gloriosas do jornal "Cataguases".

Há Controvérsias

Brasília-Cataguases: escritores nascituros

No Bistrô Bom Demais (CCBB-Brasília) RW ensaia uma
queda-de-braço com a poesia (Foto Robson Correa Araújo)


Falou-se poemas nas ruas, nos museus, nas universidades, nos teatros, nos espaços mais inusitados. Liberta das mais recônditas gôndolas das livrarias – onde é quase sempre jogada às traças – a poesia invadiu a cidade. E ganhou finalmente a praça pública: como antes, na ágora dos gregos. Bom Demais, Balaio, Martinica, Savana, Rayuela, Açougue Cultural T-Bone: a poesia tomou de assalto cafés e bistrôs da Capital Federal, trafegou pela Barca Brasília no Lago Paranoá e avançou pelas cidades-satélites. Imaginada como um espaço para o confronto das linguagens e formatos em que acontece a poesia contemporânea, em sua diversidade, a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília – que ocupou vários espaços da Capital Federal entre os dias 03 e 07 de setembro de 2008 – foi um acontecimento fundador, um museu vivo e internacional da poesia que se faz no momento, uma tentativa de revitalização poética como há muito não se via. Segundo seu idealizador, o poeta-professor Antonio Miranda, diretor da Biblioteca Nacional de Brasília, a Bienal foi “uma espécie de caleidoscópio, de vitral ou mural em que se expuseram todas as tendências para um confronto entre os criadores, mas aberto ao público”.

A Bienal não foi somente um festival de poesia para os poetas-participantes, mas – como afirmou o professor Miranda – “um encontro de poetas, editores, ensaístas e toda a classe de ativistas culturais com públicos em diversas escalas, desde os freqüentadores dos cafés literários e academias até os espaços abertos, em shows, em ônibus, praças públicas”. Daí, e não por acaso, a tomada da poesia em frentes diversificadas e nos pontos mais distantes da capital, um evento que não se deteve no mainstream do eixo central, mas espraiou-se pelos bistrôs e cafés-concertos de Brasília e pelas cidades-satélites.

Apesar de contar com o apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal – tanto os Secretários de Cultura e de Educação, como o Governado José Roberto Arruda estiveram presentes à sessão de abertura no Museu Nacional, que teve palestra do poeta Affonso Romano de SantAnna – a I BIP não foi um evento “chapa branca”, mas manifestação solidária, cooperativa, democrática, em que muitos parceiros e voluntários se prestaram à montagem de sessões em diversos locais, com a total liberdade de organização e escolha. Mesmo oferecendo uma programação formatada, com nomes célebres em seus países de origem, o evento esteve aberto para que qualquer poeta pudesse divulgar seu trabalho, sem a mínima censura.

A Bienal prestou homenagens especiais aos poetas Thiago de Mello, Affonso Romano de SantAnna, Reynaldo Jardim (que ganhou uma exposição de suas criações literárias e multiartísticas na Biblioteca Nacional, intitulada “Revanguarda”) e ao poeta-processo Wlademir Dias-Pino, que acaba de completar 80 anos, e que teve suas obras em destaque na exposição de poesia visual “ObraNome”, realizada no Museu Nacional de Brasília. Na área experimental, o poeta Robson Correa Araújo apresentou na Biblioteca Nacional a mostra “Y-Semiótico”, projeção de vídeos com poesia de experimentação de linguagem semiótica.

Com curadoria do poeta Paco Cac, a Biblioteca Central da Universidade de Brasília exibiu a mostra “Revistas de Poesia”, com 50 revistas que refletiam a diversidade dos projetos poéticos surgidos nos últimos 50 anos. Paco Cac encenou ainda na Sala de Som do Museu Nacional o míni-show “O Menor Espetáculo da Terra”, uma audição realizada em sete minutos para sete pessoas, com poemas de Torquato Neto, Samaral, Sousândrade, Ferreira Gullar, Nelson Cavaquinho, kzé, Paulo Leminski. Também no Museu Nacional e na Praça do Conjunto Cultural da República, acontecia a mostra “Utopia e Modernidade: de Brasília à Tropicália”, com curadoria de Ana Queiroz.

A I BIP lançou na ocasião três antologias, o “Poemário”, com trabalhos de poetas-convidados dos vários países participantes; “Deste Planalto Central – Poetas de Brasília”; e “ObraNome”, catálogo com os trabalhos dos poetas visuais que participaram da exposição homônima no Museu Nacional de Brasília. E também os poetas-mirins não foram esquecidos: tiveram sua hora e vez na “Antologia da Poesia em Superdotação”, resultante de concurso nacional patrocinado pelo Ministério da Educação, com textos bilíngues, português e espanhol.

“Muito que bem”. Surge aqui o “link-Cataguases”, que não podia faltar se é de poesia que estamos a falar. Na Bienal de Brasília, Cataguases fez-se representar por Francisco Marcelo Cabral, Lina Tâmega Peixoto e por este controvertido cronista. Mal voltara eu do “federal porre poético” – onde, como já sabemos, houve o lançamento da antologia-mirim “Poesia em Superdotação” –, e eis que recebo convite para o lançamento de outra antologia-mirim, o volume “Assim Nasce um Escritor”, resultante de concurso promovido pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com o Proler, e que contempla alunos de diversas faixas etárias das escolas de Cataguases.

Fui mais para ver do que se tratava, mas acabei convidado pelo prefeito Tarcísio Henriques para participar da mesa e entregar os prêmios aos jovens escritores “nascituros”, palavra que sapeco aqui para mostrar alguma erudição, como a justificar minha presença em tão digna mesa, ao lado da Secretária de Educação, Ana Maria Paixão Resende, e do “mais político de nossos políticos”, Galba Rodriguez Ferraz, autor da Lei Municipal 2731/97, que criou o projeto “Assim Nasce um Escritor”.

“Palavras doces, palavras fortes/ palavras pequenas, palavras de emoção/ palavras pesadas, palavras leves/ palavras da alma, puras ou não”, diz o poema de Carla Ramalho Procópio, da 7ª. Série do Colégio de Aplicação-FIC, que fecha com o quarteto “Palavras são palavras/insubstituíveis e sem fim/ para algumas pessoas, comuns/ mas são eternas para mim”. Isso aí, Carla: insubstituíveis e sem fim, as palavras são um mundo infinito. Fica assim gravado aqui o poema de Carla como exemplo ao acaso da antologia “Assim Nasce um Escritor”, que já se encontra em seu oitavo ano de realização.

Mais do que revelar escritores – vá lá, e de novo – “nascituros”, a importância do concurso “Assim Nasce um Escritor” é despertar esses jovens para a leitura e, principalmente, estimular sua curiosidade para o mundo à sua volta. Curiosidade acoplada à leitura – ponto de partida para a formação de um escritor, qualquer escritor. Ponto pro Galba, pro Tarcísio, pra Ana Maria Paixão. Ponto principalmente para as professoras cataguasenses que orientaram esses jovens poetescritores “nascituros”: é assim que nasce, assim que cresce – como cresceram as folhas de relva do poeta Walt Whitman – um projeto bem idealizado.