Deficiência Visual e Educação é o tema de palestra promovida pelo Instituto Ester Assumpção
Professor palestrante defende a necessidade de capacitação permanente
Na próxima semana, dias 23 e 26 de junho, acontece a 4.a edição do ciclo de palestras do Projeto Educação Infantil Inclusiva. O evento é uma realização do Instituto Ester Assumpção – organização não governamental (ONG) que atua na promoção da cidadania e inclusão social de pessoais com deficiência
As atividades serão realizadas no Auditório da Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas Betim, à Angola, 1081 – Bairro Angola. Toda a programação é gratuita, e tem o objetivo de propiciar a reflexão em torno da inclusão e, ao mesmo tempo, reduzir o índice de crianças com deficiência fora da rede de educação pública e particular no município de Betim. A programação tem o apoio da Prefeitura Municipal de Betim, através da Secretária de Educação e da PUC Minas Betim.
Capacitação e atitude
Palestrante do dia 23, o professor Juarês Gomes Martins que também é comunicólogo e pós graduado em educação especial, não vê outra saída para a construção da inclusão de pessoas com deficiência na educação, se não for por um processo de informação e capacitação permanente. Para ele, a inclusão ainda tem muitos caminhos a percorrer. E argumenta “é preciso atitude de todos: governos, escolas e entidades”.
A ação pedagógica que acolha o deficiente vai exigir uma nova visão e forma de atuar do profissional. Na avaliação de Martins, o professor ainda há tem preconceitos e desconhecimento quanto à cegueira e do como lidar com a pessoa cega. ”Falta muita informação, estudo e capacitação de professores”, defende. E diz acreditar na inclusão “a partir do momento em que poder público, entidades e organizações trabalharem a formação dos educadores nas creches e escolas em todos os níveis”.
Atentar para o universo do deficiente é fundamental. O professor descreve que está passando da hora de a sociedade mudar conceitos errôneos em relação à cegueira. “Cegos como figuras angelicais, figuras infantilizadas e seres em estado de meditação” são alguns dos comportamentos sociais e conceitos que ele insiste em dizer que não dá para aceitar. E afirma “a cegueira é só do olho, o resto funciona”, dispara.
No caso dos educadores, profissionais de creches e escolas infantis, o professor explica a necessidade de todos passarem por um processo de sensibilização. Ele contextualiza o processo “a equipe precisa entender o que é ser cego, quais as implicações, o que causou a cegueira, o que envolve o atendimento à criança cega, o que é preciso ser feito para que ela perceba o mundo da melhor forma possível etc”. E complementa, “uma criança cega numa creche precisa de alguém especializado para atendê-la”.
Pró-atividade do deficiente
A legislação brasileira fala em acessibilidade e inclusão social. Mas, o que se vê na prática é uma distância entre o legal e a realidade. O professor Juarês fala da necessidade de investimentos para encurtar a distância entre o que está previsto e o que é necessário fazer. Ele reconhece que alguma coisa tem sido feita.
Fruto de uma cultura cidadã ainda em construção, Martins esclarece que para se fazer inclusão torna-se necessário ouvir o deficiente. Ele fala que muitas das ações públicas de acessibilidade são feitas sem a escuta do deficiente, o que leva a fazer muita coisa errada. O professor cita a adequação de uma escola. “A arquiteta não ouviu devidamente o público com deficiência, resultado disto foi a construção de rampas inadequadas”.
Como processo de cidadania, a sociedade precisa desenvolver a atitude de deixar o deficiente se manifestar. No processo de educação inclusiva é preciso envolver a família e sensibilizar a população. Para o professor “não adianta a criança ser trabalhada na creche e quando chega em casa a mãe deixa quietinha na cadeira o dia inteiro”. Ou então, “a sociedade reforça a prática do assistencialismo e da caridade ao invés de promover o deficiente", complementa. Martins arremata “todos devem ser parceiros da inclusão apontando iniciativas e ações”.
À Primeira Vista, o filme em sessão comentada
Com direção de Irwin Winkler e roteiro de Steve Levitt, a Sessão comentada, do dia 26, traz o filme “À primeira vista”. A película, baseada em fatos reais, conta a história de Virgil, que cego desde a infância, está acostumado ao mundo seguro de suas possibilidades. Trabalhando como massagista em um spa, Virgil vive sob a tutela super-protetora da irmã Jenny, até conhecer Amy Benic, uma arquiteta de Manhattan. Depois de muita conversa e sensuais sessões de massagem, eles se apaixonam.
Apesar da desaprovação de Jenny, Virgil muda-se com Amy para a cidade, onde ela começa a investigar se a cegueira de Virgil, causada por "catarata congênita", é reversível. Amy convence Virgil a procurar um especialista para tentar recuperar a visão, e assim, poder partilhar com ela a única diferença que os separa.
Um médico especialista utiliza uma avançada técnica de reconstituição oftalmológica e opera Virgil com muito sucesso. No entanto, sua nova habilidade em enxergar o mundo acaba criando sérios problemas de adaptação. Expulso de seu mundo sombrio, Virgil tem dificuldades para entender a quantidade de imagens que se sucedem diante de seus olhos. Ao invés de sedimentar o relacionamento com Amy, a nova visão de Virgil constrói um abismo entre os amantes.
Virgil só aprenderá o que realmente significa enxergar quando parar de seguir apenas seus olhos e voltar à sua condição original, onde a voz do coração falava mais alto do que qualquer imagem.
A sessão comentada será coordenada pela psicóloga e coordenadora do Projeto Educação Infantil Inclusiva Fabíola Patrocínio.
Serviço: Ciclo de Palestras
· Educação Infantil Inclusiva e Deficiência Visual: Construindo Práticas Pedagógicas.
Dia 23 de junho, às 18 h 30 min.
. Filme À Primeira Vista em Sessão Comentada
Dia 26 de junho, às 18 horas
Local da Palestra e Sessão Comentada:
Auditório da PUC Minas de Betim - à Rua do Rosário, 1081 – Bairro Angola - Betim
Inscrições e Informações:
Fone: 3592 1011 (Instituto Ester Assumpção)
Obs.: As palestras são gratuitas e têm vagas limitadas.
Assessoria de Comunicação:
Antônio Coquito – Jornalista Profissional MG06239JP
Assessor de Comunicação do Instituto Ester Assumpção
Fone: (31)3592.1011 (31)9771.7874
Professor palestrante defende a necessidade de capacitação permanente
Na próxima semana, dias 23 e 26 de junho, acontece a 4.a edição do ciclo de palestras do Projeto Educação Infantil Inclusiva. O evento é uma realização do Instituto Ester Assumpção – organização não governamental (ONG) que atua na promoção da cidadania e inclusão social de pessoais com deficiência
As atividades serão realizadas no Auditório da Pontifícia Universidade Católica - PUC Minas Betim, à Angola, 1081 – Bairro Angola. Toda a programação é gratuita, e tem o objetivo de propiciar a reflexão em torno da inclusão e, ao mesmo tempo, reduzir o índice de crianças com deficiência fora da rede de educação pública e particular no município de Betim. A programação tem o apoio da Prefeitura Municipal de Betim, através da Secretária de Educação e da PUC Minas Betim.
Capacitação e atitude
Palestrante do dia 23, o professor Juarês Gomes Martins que também é comunicólogo e pós graduado em educação especial, não vê outra saída para a construção da inclusão de pessoas com deficiência na educação, se não for por um processo de informação e capacitação permanente. Para ele, a inclusão ainda tem muitos caminhos a percorrer. E argumenta “é preciso atitude de todos: governos, escolas e entidades”.
A ação pedagógica que acolha o deficiente vai exigir uma nova visão e forma de atuar do profissional. Na avaliação de Martins, o professor ainda há tem preconceitos e desconhecimento quanto à cegueira e do como lidar com a pessoa cega. ”Falta muita informação, estudo e capacitação de professores”, defende. E diz acreditar na inclusão “a partir do momento em que poder público, entidades e organizações trabalharem a formação dos educadores nas creches e escolas em todos os níveis”.
Atentar para o universo do deficiente é fundamental. O professor descreve que está passando da hora de a sociedade mudar conceitos errôneos em relação à cegueira. “Cegos como figuras angelicais, figuras infantilizadas e seres em estado de meditação” são alguns dos comportamentos sociais e conceitos que ele insiste em dizer que não dá para aceitar. E afirma “a cegueira é só do olho, o resto funciona”, dispara.
No caso dos educadores, profissionais de creches e escolas infantis, o professor explica a necessidade de todos passarem por um processo de sensibilização. Ele contextualiza o processo “a equipe precisa entender o que é ser cego, quais as implicações, o que causou a cegueira, o que envolve o atendimento à criança cega, o que é preciso ser feito para que ela perceba o mundo da melhor forma possível etc”. E complementa, “uma criança cega numa creche precisa de alguém especializado para atendê-la”.
Pró-atividade do deficiente
A legislação brasileira fala em acessibilidade e inclusão social. Mas, o que se vê na prática é uma distância entre o legal e a realidade. O professor Juarês fala da necessidade de investimentos para encurtar a distância entre o que está previsto e o que é necessário fazer. Ele reconhece que alguma coisa tem sido feita.
Fruto de uma cultura cidadã ainda em construção, Martins esclarece que para se fazer inclusão torna-se necessário ouvir o deficiente. Ele fala que muitas das ações públicas de acessibilidade são feitas sem a escuta do deficiente, o que leva a fazer muita coisa errada. O professor cita a adequação de uma escola. “A arquiteta não ouviu devidamente o público com deficiência, resultado disto foi a construção de rampas inadequadas”.
Como processo de cidadania, a sociedade precisa desenvolver a atitude de deixar o deficiente se manifestar. No processo de educação inclusiva é preciso envolver a família e sensibilizar a população. Para o professor “não adianta a criança ser trabalhada na creche e quando chega em casa a mãe deixa quietinha na cadeira o dia inteiro”. Ou então, “a sociedade reforça a prática do assistencialismo e da caridade ao invés de promover o deficiente", complementa. Martins arremata “todos devem ser parceiros da inclusão apontando iniciativas e ações”.
À Primeira Vista, o filme em sessão comentada
Com direção de Irwin Winkler e roteiro de Steve Levitt, a Sessão comentada, do dia 26, traz o filme “À primeira vista”. A película, baseada em fatos reais, conta a história de Virgil, que cego desde a infância, está acostumado ao mundo seguro de suas possibilidades. Trabalhando como massagista em um spa, Virgil vive sob a tutela super-protetora da irmã Jenny, até conhecer Amy Benic, uma arquiteta de Manhattan. Depois de muita conversa e sensuais sessões de massagem, eles se apaixonam.
Apesar da desaprovação de Jenny, Virgil muda-se com Amy para a cidade, onde ela começa a investigar se a cegueira de Virgil, causada por "catarata congênita", é reversível. Amy convence Virgil a procurar um especialista para tentar recuperar a visão, e assim, poder partilhar com ela a única diferença que os separa.
Um médico especialista utiliza uma avançada técnica de reconstituição oftalmológica e opera Virgil com muito sucesso. No entanto, sua nova habilidade em enxergar o mundo acaba criando sérios problemas de adaptação. Expulso de seu mundo sombrio, Virgil tem dificuldades para entender a quantidade de imagens que se sucedem diante de seus olhos. Ao invés de sedimentar o relacionamento com Amy, a nova visão de Virgil constrói um abismo entre os amantes.
Virgil só aprenderá o que realmente significa enxergar quando parar de seguir apenas seus olhos e voltar à sua condição original, onde a voz do coração falava mais alto do que qualquer imagem.
A sessão comentada será coordenada pela psicóloga e coordenadora do Projeto Educação Infantil Inclusiva Fabíola Patrocínio.
Serviço: Ciclo de Palestras
· Educação Infantil Inclusiva e Deficiência Visual: Construindo Práticas Pedagógicas.
Dia 23 de junho, às 18 h 30 min.
. Filme À Primeira Vista em Sessão Comentada
Dia 26 de junho, às 18 horas
Local da Palestra e Sessão Comentada:
Auditório da PUC Minas de Betim - à Rua do Rosário, 1081 – Bairro Angola - Betim
Inscrições e Informações:
Fone: 3592 1011 (Instituto Ester Assumpção)
Obs.: As palestras são gratuitas e têm vagas limitadas.
Assessoria de Comunicação:
Antônio Coquito – Jornalista Profissional MG06239JP
Assessor de Comunicação do Instituto Ester Assumpção
Fone: (31)3592.1011 (31)9771.7874
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