Alzheimer: perda da identidade e da independência do indivíduo
21/9 é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, data determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O mal de Alzheimer é a doença que mais se espalha em todo o mundo e, de acordo com dados da Federação Espanhola de Associações de Familiares de Enfermos de Alzheimer, atinge entre 8 e 15% da população mundial, com mais de 65 anos de idade.
Alzheimer foi um médico alemão, Alois Alzheimer (1864-1915) que, em 1906, ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto lesões que ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema de dentro dos neurônios, os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras. Desde então, esse tipo de degeneração nos neurônios ficou conhecido como Placas Senis, característica fundamental da Doença de Alzheimer. (fonte: Psiqweb – portal da Psiquiatria).
Sintomas
Segundo a médica geriatra, Soraya Hissa de Carvalho, no início da doença o paciente apresenta perda de memória leve e sente-se muito confuso, pois coisas que eram simples de lembrar, como um telefone de casa ou endereço parecem “sumir” da mente. Ela lembra que é necessário que os familiares acompanhem o doente, que pode até se perder se sair sozinho de casa, tamanha a confusão em seu cérebro.
De acordo com ela, a doença não é tratada corretamente, pois muitas vezes o doente e os familiares não procuram a ajuda correta. “Muitas pessoas pensam que é normal o idoso apresentar sintomas como esquecimento, fraqueza e irritabilidade além do normal, por isso não procuram um especialista para analisar o caso. Com isso, a doença vai evoluindo, e quando se dão conta, os remédios utilizados para tratar os sintomas já não fazem tanto efeito”, alerta.
A Doença de Alzheimer apresenta como características principais problemas de memória, perdas de habilidades motoras (vestir-se, cozinhar, dirigir carro, lidar com dinheiro), problemas de comportamento e confusão mental. Soraya lamenta dizendo que a patologia é progressiva e causada por um distúrbio ainda irreversível do cérebro, cujas células se deterioram, provocando a degeneração dos neurônios.
Tratamento
Segundo a médica, o diagnóstico é feito com testes de memória e a avaliação deve ser feita com tomografia computadorizada ou ressonância magnética do encéfalo. Infelizmente, o tratamento para o paciente que tem Alzheimer apenas controla os sintomas e já é possível encontrar no mercado medicamentos que prolongam a vida útil do paciente, melhorando o sistema cognitivo: memória, atenção, aprendizado, desde que não seja numa fase mais avançada.
Soraya ressalta ainda que a família tem papel importantíssimo no tratamento, pois o paciente fica completamente dependente. “Ele não consegue comer sozinho, tomar banho ou se locomover com facilidade e é necessário ter paciência, compreensão e habilidade para lidar com a situação”, diz a médica.
Sugestão de fonte para entrevista: médica e geriatra Soraya Hissa de Carvalho
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