Fótografo fala sobre fotografia e estética negra em palestra na Fafima
Um dos mais mais importantes fotógrafos do Movimento Negro brasileiro, Januário Garcia apresentará a palestra "Fotografia e Estética Negra", nesta sexta-feira (20), às 18h, no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima), localizada na Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 200, Centro. A entrada é gratuita.
Januário é militante do movimento negro, ex-presidente do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras e há mais de 40 anos observa e acompanha a realidade afro-brasileira. "A história das civilizações, transcorrida sobre a plataforma da dominação de um povo sobre outro, de uma raça sobre outra, é muito elucidativa no que diz respeito às estratégias de criação de imagens distorcidas da realidade para colocá-las a serviço das classes dominantes", afirma.
Em seu trabalho, o fotógrafo registra a história do negro no Brasil, principalmente nas últimas três décadas e questiona a História do Negro no Brasil, trabalhando nas vertentes básicas: Construção da identidade negra, denúncia social e racismo, novos caminhos. Ele explica que essa história tem sido contada a partir de um olhar construído com base numa relação de de colonização opressiva. "A estratégia é apresenta-lo como esttranho, diferente demais, portanto como um ser perigoso que precisa ser mantido sobre controle", ressaltou.
Segundo ele, essas construções são utlizadas para explicar essas relações de dominação. "O objetivo é evitar os questionamentos contra o processo de sujeição de seres humanos por outros, mas mais estratégico ainda é apresentar esse outro como inferior, irracional, próximo da esfera animal. Por isso nossos nativos não tinham alma e os negros tomados como escravos eram comparados como primatas", lembrou.
O palestrante
Januário Garcia começou a carreira de colecionador de belas imagens no início da década de 70, atuando como cinegrafista de notícias da International News Camaramen Association. Em 1975, começou a trabalhar com fotografia e foi estagiar no Studio Gamma, sob a orientação de Georges Racz. O interesse pelo cinema, diz ele, foi despertado na infância, quando encontrou na seção "Liglig", da revista infantil Tico Tico, instruções para fazer um projetor.
No fotojornalismo, Januário sempre atuou como freelancer, com passagens pelo Globo, Jornal do Brasil, O Dia, A Tribuna, Manchete, Fatos & Fotos e Revista da Unesco. Trabalhou também com grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e fez capas de discos de artistas como Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque, Fagner, Belchior, Fafá de Belém, Leci Brandão, Raul Seixas, Edu Lobo. Atualmente está afastado das redações.
A palestra fez parte do planejamento do curso de Pós Graduação em Estudos Culturais e Históricos da Diáspora e Civilização Africana, que está sendo oferecido na FeMASS. O curso foi estruturado em módulo e a cada um é realizado um ciclo de debates, com palestra de profissionais cenceituados, com trab alhos desenvolvidos com temática relacionada ao curso.
Um dos mais mais importantes fotógrafos do Movimento Negro brasileiro, Januário Garcia apresentará a palestra "Fotografia e Estética Negra", nesta sexta-feira (20), às 18h, no auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (Fafima), localizada na Rua Tenente Rui Lopes Ribeiro, 200, Centro. A entrada é gratuita.
Januário é militante do movimento negro, ex-presidente do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras e há mais de 40 anos observa e acompanha a realidade afro-brasileira. "A história das civilizações, transcorrida sobre a plataforma da dominação de um povo sobre outro, de uma raça sobre outra, é muito elucidativa no que diz respeito às estratégias de criação de imagens distorcidas da realidade para colocá-las a serviço das classes dominantes", afirma.
Em seu trabalho, o fotógrafo registra a história do negro no Brasil, principalmente nas últimas três décadas e questiona a História do Negro no Brasil, trabalhando nas vertentes básicas: Construção da identidade negra, denúncia social e racismo, novos caminhos. Ele explica que essa história tem sido contada a partir de um olhar construído com base numa relação de de colonização opressiva. "A estratégia é apresenta-lo como esttranho, diferente demais, portanto como um ser perigoso que precisa ser mantido sobre controle", ressaltou.
Segundo ele, essas construções são utlizadas para explicar essas relações de dominação. "O objetivo é evitar os questionamentos contra o processo de sujeição de seres humanos por outros, mas mais estratégico ainda é apresentar esse outro como inferior, irracional, próximo da esfera animal. Por isso nossos nativos não tinham alma e os negros tomados como escravos eram comparados como primatas", lembrou.
O palestrante
Januário Garcia começou a carreira de colecionador de belas imagens no início da década de 70, atuando como cinegrafista de notícias da International News Camaramen Association. Em 1975, começou a trabalhar com fotografia e foi estagiar no Studio Gamma, sob a orientação de Georges Racz. O interesse pelo cinema, diz ele, foi despertado na infância, quando encontrou na seção "Liglig", da revista infantil Tico Tico, instruções para fazer um projetor.
No fotojornalismo, Januário sempre atuou como freelancer, com passagens pelo Globo, Jornal do Brasil, O Dia, A Tribuna, Manchete, Fatos & Fotos e Revista da Unesco. Trabalhou também com grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e fez capas de discos de artistas como Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque, Fagner, Belchior, Fafá de Belém, Leci Brandão, Raul Seixas, Edu Lobo. Atualmente está afastado das redações.
A palestra fez parte do planejamento do curso de Pós Graduação em Estudos Culturais e Históricos da Diáspora e Civilização Africana, que está sendo oferecido na FeMASS. O curso foi estruturado em módulo e a cada um é realizado um ciclo de debates, com palestra de profissionais cenceituados, com trab alhos desenvolvidos com temática relacionada ao curso.
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