Também nós amamos a vida
Também nós amamos a vida quando podemos
Dançamos entre dois mártires e no meio deles
erguemos um minarete de violetas ou uma
palmeira.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Ao bicho- da - seda roubamos um fio para tecer o
nosso céu e estancar este êxodo.
Abrimos a porta do jardim para que o jasmim saia
para a rua como um dia bonito.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Na morada que escolhemos, cultivamos plantas
vivazes e recolhemos os mortos.
Sopramos na flauta a cor da distância,
desenhamos um relincho no pó do caminho.
E escrevemos os nossos nomes, pedra a pedra. Tu,
ó raio, ilumina a nossa noite, ilumina-a um
pouco.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Mahmud Darwich, palestiniano - , O Jardim Adormecido e outros poemas,
selecção e tradução de Albano Martins, Campo das Letras.
In Pequena Antologia da poesia palestiniana contemporânea -ed.ASA, Porto,2004
Também nós amamos a vida quando podemos
Dançamos entre dois mártires e no meio deles
erguemos um minarete de violetas ou uma
palmeira.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Ao bicho- da - seda roubamos um fio para tecer o
nosso céu e estancar este êxodo.
Abrimos a porta do jardim para que o jasmim saia
para a rua como um dia bonito.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Na morada que escolhemos, cultivamos plantas
vivazes e recolhemos os mortos.
Sopramos na flauta a cor da distância,
desenhamos um relincho no pó do caminho.
E escrevemos os nossos nomes, pedra a pedra. Tu,
ó raio, ilumina a nossa noite, ilumina-a um
pouco.
Também nós amamos a vida quando podemos.
Mahmud Darwich, palestiniano - , O Jardim Adormecido e outros poemas,
selecção e tradução de Albano Martins, Campo das Letras.
In Pequena Antologia da poesia palestiniana contemporânea -ed.ASA, Porto,2004
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