segunda-feira, 31 de março de 2008

Lançamentos em Viana do Alentejo

Lançamentos em Viana do Alentejo

Dia 29 de Março de 2008, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Viana do Alentejo, ocorreu o lançamento de dois livros editados pela Edium Editores: «O Livro do Regresso», de Xavier Zarco, e «Da Humana Condição», de José-Augusto de Carvalho.

A aquisição de exemplares deverá ser solicitada através do endereço electrónico ediumeditores@gmail.com.

Também, através do mesmo endereço, poderá ser solicitado o envio de um catálogo das demais obras já publicadas por esta editora.

Por favor, leia e divulgue.

Clique na imagem para ver no tamanho original.

Curso de SANS na Unicamp

A Faculdade de Engenharia de Alimentos - FEA, a Faculdade de Ciências Médicas - FCM, o Instituto de Economia - IE e o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação - NEPA da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, em colaboração com os Projetos da Food and Agriculture Organizations of the United Nations - FAO, Proyecto Regional de Cooperación Técnica para Formatión em Economía y Políticas Agrárias y Desarrollo Rural para América Latina - FODEPAL e Proyecto Iniciativa América Latina y Caribe sin Hambre - ALCSH oferecerão um curso semipresencial em Segurança Alimentar e Nutricional com objetivo de discutir e refletir sobre conceitos, políticas, indicadores de medida e avaliação relacionados à Segurança Alimentar e Nutricional, com carga horária total 72 horas, distribuídas em 6 semanas à distância, com dedicação mínima de 10 horas semanais e 12 horas destinadas a dois encontros presenciais.

Serão expedidos certificados aos participantes mediante a observação dos seguintes critérios:
- Participação efetiva nas atividades do curso;
- Pontualidades no envio das atividades solicitadas;
- Freqüência de acesso ao ambiente TelEduc para acompanhamento das discussões;
- Elaboração de um trabalho individual ao longo do curso;
- Avaliação presencial.

Cronograma
05/05 - Apresentação do curso, dos materiais e do ambiente TelEduc
(Presencial UNICAMP)
06 a 12/05 - Histórico e Conceitos de SAN
13 a 26/05 - Políticas de SAN
27/05 a 09/06 - Diagnóstico e Avaliação em SAN
10 a 16/06 - Integração dos conteúdos tratados
23/06 - Encerramento dos trabalhos do curso e Avaliação presencial opcional (Presencial na UNICAMP)

Custo individual - Parcela única de R$ 179,04

Os interessados deverão se manifestar direto ao CONSEA-SP até 08/04 pelos seguintes meios:
- E-mail consea@consea.sp.gov.br
- Telefone (11) 5067-0444
- Fax (11) 5067-0445

Atenciosamente,
Secretaria Executiva
CONSEA/SP
(11) 5067-0444

sábado, 29 de março de 2008

Editais de Concursos Literários

Jornal Aldrava Cultural
Editais de Concursos Literários

Concursos Literários

6º CONCURSO LITERÁRIO GUEMANISSE DE CONTOS E POESIAS / 2008

Para cada Categoria (Contos e Poesias), a premiação será nos seguintes valores:
a) Premiação em dinheiro:
1º lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais) e publicação do texto em livro;
2º lugar: R$ 2.000,00 (dois mil reais) e publicação do texto em livro;
3º lugar: R$ 1.000,00 (mil reais) e publicação do texto em livro.
b) Premiação de publicação em livro:
Os textos premiados, inclusive os que forem agraciados com menção honrosa, serão publicados em livro (sem ônus para seus autores, inclusive de remessa postal) e cada um destes autores receberá dez exemplares, em troca do que cedem os direitos autorais apenas para esta edição específica que não poderá ultrapassar a tiragem de 2.000 (dois mil) exemplares. Os exemplares restantes desta edição serão preferencialmente distribuídos por bibliotecas e escolas públicas.
13. A inscrição no presente concurso implica na aceitação plena deste regulamento.


Leiam o REGULAMENTO, acessando a página no site do Jornal Aldrava Cultural:

http://www.jornalaldrava.com.br/pag_circuito_literario.htm

Participem!!

Att.
Andreia Donadon Leal - déia leal
www.jornalaldrava.com.br

sexta-feira, 28 de março de 2008

A Educação Moral em Kant

DA POSSIBILIDADE DA EDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO MORAL EM KANT
Parte I: Autonomia, Disciplina e Liberdade

As notas escritas por Kant acerca da educação não constituem um desvio meramente acidental de uma actividade filosófica perpassada por questões metafísicas. São uma parte integrante e fecunda do seu pensar, tão essencial, como qualquer outra.

A metafísica intervém directamente no projecto pedagógico kantiano, não tanto para nos conduzir à elaboração de abstracções, mas para nos enviar para a essência da realidade educacional, dada na sua concretude. Para o autor da «Crítica da Razão Prática» e «Das Reflexões sobre a Educação», o pensamento e a experiência esclarecem-se e guiam-se mutuamente. Um lema indiscutível que perpassa o pensar do filósofo, em qualquer dos domínios a que este se aplique.

A pedagogia fornece ao filósofo quadros de pensamento específicos já anunciados em outras obras que, só em aparência, ultrapassam o domínio estritamente educacional. Existe uma disciplina da "Razão Pura", que é entendida num sentido eminentemente pedagógico – tal como nos é anunciado na parte final da «Crítica da Razão Pura», sendo a "Metodologia da Razão Prática", que conclui a «Crítica da Razão Prática» – não mais do que a ideia de uma pedagogia moral. Encontramos, também, na «Crítica da Faculdade de Julgar», reflexões essenciais sobre as noções pedagógicas de "disciplina" e de "cultura".

Kant mostra-se profundamente interessado pelos problemas pedagógicos. Defende os conceitos de "bom senso" e de "equilíbrio" – que propõe como fundamento de todo o processo de ensino-aprendizagem – tão adversos aos programas educacionais da época, onde a escola se manifestava como o meio menos apropriado para a promoção da educação da humanidade.

O projecto pedagógico kantiano é o revés do estado deplorável do ensino na Alemanha do século XVIII, cuja programação, para além de desequilibrada, incoerente e desclassificada (1), mantinha-se insistentemente desadequada à ordem natural do educando que, em matéria de educação, deve ser tomada como absolutamente prioritária.

Na Informação acerca da «Orientação dos seus Cursos nos Semestres de Inverno de 1765/1766», Kant mostra-se deveras preocupado com o problema da discordância entre os conteúdos dos ensinamentos leccionados e as potencialidades intelectuais do educando propondo, por isso, que este dispense os conhecimentos que não sejam susceptíveis de serem assimilados convenientemente.

Pretende-se estabelecer de uma adequação entre as capacidades intelectuais do aluno e os ensinamentos ministrados, de molde a evitar o obscurecimento da ordem natural da criança, cuja estrutura intelectual deve ser devida e dignamente considerada.

Em vez de opormos ensino e natureza, devemos esforçarmo-nos por realizar uma coligação harmoniosa entre estas duas instâncias. Opondo-as, estamos a contribuir para a formação de falsos sábios, nos quais a ciência não penetrou de modo a tornar-se conhecimento, mas tão-só uma amálgama confusa de teses que poderão, apenas, proporcionar a verbosidade (cega e incurável sendo, por isso, preferível a ignorância) "precocemente sábia do jovem pensador" (2).

Uma vez estabelecida, para o processo de ensino-aprendizagem, a necessidade rigorosa do requerimento da ordem natural do educando, toda a instrução, em particular, e a educação, em geral, deve pressupor, como fios condutores, a maturidade do entendimento, a razão experimentada e exercitada, assim como a pré-disposição conceptual do aluno para a aprendizagem.

A postulação de tais critérios deixa antever uma concepção orgânica e arquitectónica do aparelho intelectual do sujeito cognoscente, a qual supõe, por sua vez, uma estruturação rígida que não admite passagens vertiginosas ou o descuramento de algumas das etapas constitutivas dessa mesma estrutura. Seguindo este critério, o pedagogo deve formar, em primeiro lugar, o homem que entende, em segundo, o que raciocina e, em terceiro, o sábio.

Esta hierarquização qualitativamente processual da estrutura intelectual do sujeito, faz desabrochar uma noção progressiva da educação: o saber é algo que se vai construindo ou per-fazendo ao longo da vida de cada indivíduo, e jamais um patamar fundado numa rigidez absoluta, apriorística e definitivamente sedimentada para todo o sempre, cuja natureza pertença à esfera da perenidade.

Kant não nos induz à consideração de uma concepção estática da educação, mas, pelo contrário, ao seu visionamento numa perspectiva que implica, necessariamente, a dinamicidade, o contínuo e o progressivo. O filósofo defende, tal como Rousseau, que o aluno não pode aprender pensamentos, mas aprender a pensar; que não se deve levá-lo, mas guiá-lo, se se pretende que no futuro seja capaz de caminhar por si mesmo (3).

A educação torna-se um processo de auto-construção guiada, reservando-se para o pedagogo o papel de orientador, de formador ou modelador de uma matéria que, não obstante todos os germens potenciais que intrinsecamente a compõem, se encontra, de certo modo, desenformada. Daqui surge precisamente a diferença conceptual entre o preceptor, que é o professor, e o pedagogo, que é o guia ("Führer").

O primeiro, educa em vista da escola, o segundo, em vista da Vida. A primeira época é, para o aluno, aquela em que ele deve fazer prova da sua submissão e obediência passiva; a segunda, corresponde ao momento em que o deixamos, mas sobre leis, fazer uso da sua reflexão e da sua liberdade. A coacção é mecânica, na primeira época. Moral, na segunda (4).

O discípulo, o aluno, não deve ser escravo do mestre, dessa pressuposta figura ideal a seguir. Deve sentir, sempre, a sua própria liberdade, de tal modo que ela jamais se oponha à liberdade do outro. Educar é formar o homem, conduzi-lo pelo caminho que a sua própria natureza exige, em permanente consonância com a dimensão da alteridade.

A educação não pressupõe, propriamente falando, a introdução de algo novo, mas o fazer desabrochar do já existente. Aproxima-nos, em grande medida, do método socrático, relativamente ao qual Kant manifesta a sua preferência, por oposição ao método catequético, que introduz a mecanização na alma.

Trata-se de desenvolver, não a razão especulativa, mas a razão reflexionante. A razão prática, na sua economia e direcção. É imperativo ter absoluta consciência de que cada indivíduo só apreende e detém, solidamente, o "manancial teórico" que extrai de si mesmo, a partir de si mesmo. Urge, portanto, proceder socraticamente na educação da razão.

Sócrates que se auto-nomeia "parteiro" dos conhecimentos dos seus auditores, dá-nos nos seus diálogos – que Platão nos conservou de certa maneira – exemplos do modo como podemos, mesmo se se tratar de pessoas idosas, conduzir o aluno a extrair muitas coisas da sua própria razão. "Não é necessário exercitar, em muitos casos, a razão das crianças (...)", confirma Kant. Não é preciso inculcar-lhes conhecimentos, mas fazer com que elas os extraiam de si mesmas. O método socrático deve servir de regra ao método catequético" (5).

Confrontamo-nos com a defesa de um método investigativo, progressivo e não dogmático. Não há modelos a seguir. Apenas pistas indicadoras que se destinam a promover uma busca contínua, sobre as quais é susceptível exercerem-se juízos pessoais que não obedecem a cânones estabelecidos pela exterioridade.

Devemos entender a educação como um processo interior progressivamente realizado, mediante as potencialidades que comandam a ordem natural do sujeito. A concepção kantiana de educação encontra na natureza humana a sua justificação e razão de ser.

Na medida em que é visionada como o cumprimento supremo e o aperfeiçoamento último da natureza, a educação consuma aquilo que esta doou ao homem como gérmen e possibilidade. É neste sentido que devemos interpretar a tese kantiana, segundo a qual o homem só se pode tornar Homem pela educação. "Ele não é senão o que a educação faz por ele" (6). É necessário trabalhar no plano de uma educação conforme aos princípios humanos, legar à posteridade as instituições que permitirão a sua realização plena.

Mesmo os mais pessimistas não devem encarar esta ideia como quimérica, ou simplesmente rejeitá-la por a considerarem como um belo sonho minado pela utopicidade de um ideal inalcançável, não obstante encontrarem obstáculos à sua consumação plena. Uma ideia, salienta o filósofo, não é senão o conceito de uma perfeição que não está ainda concretizada na experiência.

A ideia da existência de uma educação que desenvolva absolutamente todas as disposições naturais do homem é, certamente, verídica. A humanidade, presente e futura, deve canalizar todos os seus esforços para levar a cabo a concretização deste supremo e necessário ideal.

O Conceito exacto de uma estrutura educacional só pôde ser estabelecido porque uma geração legou as suas experiências e os seus conhecimentos à seguinte. Esta, por sua vez, juntando o património recebido à sua vivência, transmitiu-o à geração que lhe sucedeu. A educação é, sem dúvida, uma arte, cuja prática deve ser perfeccionada por muitas gerações. Assim frisa Kant, em «Reflexões sobre a Educação» (7).

O termo "arte" (8) não assume, neste preciso contexto, uma significação estética, mas antropológica, sustentada pelas noções de "per-feição" e de "modelação", concebidas num sentido eminentemente teleológico, que entra no domínio da necessidade.

A arte da educação é necessária, na medida em que as disposições naturais do homem não se desenvolvem espontaneamente. Cada indivíduo não consegue traçar, por si mesmo e somente através de si mesmo, as regras que deverão orientar a sua conduta.

Torna-se indispensável a existência de alguma aprendizagem que, embora suponha a autonomia e a liberdade, requer, de uma forma inevitável, a orientação de outrém. Esta tese contraria o já referido auto-didactismo (que hoje tanto se apregoa) como se, em matéria de aprendizagem, o homem fosse, desde o início, auto-suficiente, plenamente independente dessa orientação de um outro que, por seu turno, também já foi educado, orientado, guiado, por um terceiro que é igualmente homem. O esquecimento da ciclicidade deste processo é gritante, se atentarmos na natureza específica de todo e qualquer acto educativo com o qual nos confrontamos.

Compreendida como uma arte, forjada através do imenso conjunto de gerações, cujo palco é a história da humanidade, a educação extravasa os limites estreitos que normalmente lhe são impostos, ligando-se directamente à Filosofia da História. Kant associa, numa mesma reflexão, educação e política, quando determina que "existem duas descobertas humanas que temos o direito de considerar como as mais difíceis: a arte de governar os homens e aquela de os educar" (9).

O problema fundamental da História – a realização de uma associação política fundada unicamente sobre o terreno da liberdade, cuja resolução supõe o progresso geral da humanidade, considerada sob a perspectiva da "habilidade", da "prudência" e da "moralidade" – jamais se poderá dissociar do problema da Educação, a saber: a formação global do homem, enquanto Homem.

Ligando-se à Filosofia da História, a arte da educação descobre as questões mais prementes, nomeadamente: a formação da criança deverá consistir simplesmente numa pura imitação do caminho percorrido pelas sucessivas gerações, ou terá a seu cargo desenvolver os ensinamentos da humanidade?

Retomando, por um lado, a experiência passada e meditando sobre ela, a educação deixará de ser pura "mimésis", uma arte meramente mecânica, para se tornar racional. Como reflexão concreta e actual sobre a experiência da humanidade, garantirá, por outro lado, o seu progresso, ao desviar as tendências nulas e vãs que a contaminam. Assim perspectivada, a Educação torna-se, para Kant, o fundamento primacial da política.

Não obstante a complexidade do processo educativo (10), Kant pretende concretizar o ideal da "Aufklärung", a partir de quatro pontos fundamentais:

1. Realizar a educação do género humano;

2. Extirpar o homem da menoridade de que é culpado, dessa lamentável incapacidade de se servir do Entendimento sem a orientação de outrém;

3. Despertá-lo para a maioridade, para a conquista da sua própria autonomia e liberdade;

4. Estimulá-lo para a emancipação da Razão, que se pretende que seja devidamente esclarecida ou iluminada (11).

A concepção kantiana de educação, na medida em que apresenta como fundamento primacial a experiência da totalidade da Humanidade, exclui a possibilidade de uma formação perfeita do indivíduo. O sujeito isolado é, somente, um ponto infinitamente pequeno no seio de um conjunto de gerações que se sucedem, quiçá de um modo interminável, e cuja missão consiste em transmitir, às seguintes, as suas próprias luzes. Inserido nesta contextualização universal, jamais o homem, tomado na sua singularidade, poderá alcançar a destinação total de todas as suas disposições naturais. Somente a espécie as consumará plenamente.

Apesar de corrermos o risco de mutilar a noção kantiana de educação, se a quisermos restringir unicamente a uma perspectiva individualista, não podemos, porém, deixar de ter presente que educar uma criança significa adaptá-la ao mundo presente e futuro.

A educação deve compreender o indivíduo no seio do progresso geral da humanidade, no intuito de o tornar um homem do futuro, um elemento intrinsecamente pertencente ao conjunto de gerações que ocuparão o palco da história vindoura. É em vista do futuro, em prol do progresso parcial que ela pode representar para a humanidade, que a criança deve ser educada.

Não devemos proporcionar às jovens mentes em formação uma educação exclusivamente enraizada no estado presente de desenvolvimento da humanidade, mas segundo o seu estado possível, em conformidade com a destinação total da espécie humana. O futuro, a formação para o futuro, deverá ser o critério eminente de todas as nossas aspirações educacionais. A educação não é um estado. Muito menos um estado acabado.

Trata-se de um processo altamente complexo. Os respectivos resultados não são visíveis a curto ou a médio prazo. Mas, apenas, a longo prazo, num futuro que é mais longínquo do que aquele que se encontra adstrito aos planos que fogem à raiz das normas educativas.

Em termos estritamente cronológicos, o presente é um instante tão frágil, tão efémero, comparativamente com a necessidade temporal intrínseca ao desenvolvimento e formação de ser humano, que terá de ser considerado, tão-só, como um parco ponto de referência de uma planificação que nele encontra apenas o seu começo, que se per-fazerá num tempo outro, previsível, mas necessariamente indeterminável.

Eis a razão fundamental pela qual a Educação e a Filosofia da História se encontram ligadas por laços umbilicais. A História do Homem coincide, em perfeita harmonia, com a história da sua formação e desenvolvimento, ao longo do tempo, quer dizer, com a história da sua Educação.

Tal como a Filosofia da História, a Educação manifesta-se num outro tempo, numa outra temporalidade. Não é mais em função do passado que se constrói o presente, mas em função do futuro. Kant sublinha, veementemente, que a educação deve fundar-se sobre a Ideia de Humanidade e da sua destinação total, concretizada pela visão de um estado futuro possível e melhor. O tempo da educação não é o tempo de Ser, mas o do dever-ser. O seu fundamento originário é a fé no futuro, como princípio e norma orientadora do presente.

A definição da educação como arte, cuja prática deve ser perfeccionada por muitas gerações, deixa antever a importância da experiência na pedagogia kantiana. E é no seio do seu sistema crítico, onde a predominância dos princípios metafísicos é a base fundante do seu pensamento, que Kant descobre a razão pela qual a experiência é a única via que deve ser seguida em Pedagogia. O filósofo encaminha-se para a apologia de um "empirismo pedagógico", circunscrito ao conceito de liberdade humana.

Afirmar que o homem é livre significa dizer que ele não pode nem deve ser – à semelhança de todas as outras criaturas que habitam este Universo – objecto de estudo da ciência, equiparado a tantos os outros, ou, mais exactamente, objecto de conhecimento. O fundamento objectivo da tese kantiana é simples: o Homem, contrariamente a todos os outros entes, é um ser cuja essência não determina necessariamente a existência.

Só há Conhecimento, no sentido kantiano do termo, se este for determinado pelo entendimento específico da essência do objecto, o qual – ou se preferirmos, as condições da sua possibilidade – é determinado "a priori", naturalmente independente de toda e qualquer experiência sensível, seguramente delimitado pelos conceitos de "necessidade" e de "universalidade".

A realidade física, inversamente à realidade humana, pode ser conhecida, neste preciso sentido, uma vez que possui uma essência que o Entendimento pode apreender aprioristicamente. Como mostra a "Revolução Copernicana", operada por Kant nos domínios gnoseológico e epistemológico, a essência das coisas funda-se na subjectividade transcendental. Por conseguinte, a essencialidade de toda a realidade física coincide com os princípios do Entendimento Puro.

Tendo em consideração o conceito de Conhecimento, assim apresentado, será que poderemos considerar a educação como uma Ciência, sendo explícito, para Kant, que o Homem não é propriamente objecto de conhecimento?

Para que a educação pudesse ser uma ciência, isto é, um conhecimento independente da experiência – o que implicaria que tal arte tivesse como fundamento um saber da essência do seu objecto – era necessário que o Homem não fosse livre, que se tornasse semelhante aos objectos, cuja essência determina "a priori" a sua existência, ou que a Razão pudesse elevar-se ao saber absoluto, extravasar os limites do finitamente humano. Só a Deus pertence esse Conhecimento. Um Ser absoluto. O único capaz de aceder à real capacidade de conhecer os seres livres.

A liberdade que impede que a educação se torne ciência é, ao mesmo tempo, a condição de possibilidade que permite que se coloque o problema da educação. Porque é livre, o homem é a única criatura que se situa num espaço de mudança contínuo, o único ente que existe de modo temporal e espacialmente determinado.

Ao contrário de animal que, pelo seu instinto, é desde que nasce tudo o que pode vir a ser, o Homem, originariamente, não é nada, conquanto tenha a possibilidade de vir a ser múltiplas coisas. Detentor exclusivo da sua liberdade, permanece aberto, por inerência própria, a uma multiplicidade infinita de caminhos.

A liberdade destinou-lhe uma certa nadificação, da qual deverá libertar-se para ser si-mesmo, através do devir próprio do seu ser. É este o argumento fundamental, apresentado pelo filósofo, para justificar a razão pela qual a educação é um problema exclusivo da espécie humana, para legitimar a tese que afirma ser o homem a única criatura que deve ser educada (12).

O maior problema da acção educativa consiste na orientação de um ser que, "a priori", não conhecemos, que em si mesmo não é nada, mas que, em virtude da sua liberdade, pode tornar-se infinitas coisas. Porém, para aceder à possibilidade de rentabilizar, em conformidade com a sua ordem natural, as infindas potencialidades ao seu dispor, é necessário que saiba educar-se.

Como a liberdade escapa ao conhecimento da Razão Pura, facilmente podemos constatar que o indivíduo jamais poderá ser mestre de si mesmo. Deverá recorrer a outro que o eduque. Todavia, só pode educar, ser mestre de alguém, quem, por sua vez, já tenha sido convenientemente educado. Esta sequência ocorre de geração em geração, num decurso cíclico que não nos permite determinar, nem o seu princípio, nem o seu fim.

Uma certa paradoxalidade se instala no seio do processo educacional kantiano: como aquele que educa também é um homem, igualmente afectado pela mesma rudeza inicial concernente ao " estado selvagem" da natureza humana e que, por esta razão, também teve de ser educado, só poderá reproduzir no educando essa característica que lhe é intrínseca.

Mesmo sem levarmos este posicionamento aos seus limites mais extremos, não podemos deixar de reconhecer que a educação, tal como Kant a concebe, se torna um problema irresolúvel, e que a liberdade humana assume uma dimensão essencialmente dramática.

A liberdade, tomada enquanto elemento impulsionador do processo educativo, não assume uma significação prática ou moral. Apresenta-se como uma disposição natural não determinada pela racionalidade, como uma característica primária que encerra uma certa rudeza ("Rohdigkeit") primacial, comum ao homem não disciplinado: «o homem, pela sua natureza, tem tão grande propensão para a liberdade que, se começa por se habituar a ela em qualquer altura, tudo lhe sacrifica. É por isso que é preciso recorrer à disciplina, pois se não for assim é, por conseguinte, muito difícil transformar (ändern) o homem», esclarece Kant, nas suas «Reflexões sobre a Educação» (13).

A "disciplina" assume, na filosofia kantiana, um acepção muito diferente daquele que trivialmente lhe é atribuída. Uma amplitude que extravasa os limites que geralmente lhe são impostos.

O conceito de "disciplina" não tem em consideração a especificidade particular do educando. Extrapola, em larga medida, a dimensão da pura individualidade. Tende a ser universal e universalmente aceite, sendo, em propriedade, destinada à humanidade tomada no seu conjunto.

Porque transforma a animalidade em humanidade, a "disciplina" é o único meio que impede o homem de se desviar da sua destinação radical, aquietando a anarquia correspondente ao estado primário da natureza humana. Porque impõe limites à propensão desorientada para a liberdade e habitua o indivíduo a submeter-se às prescrições da razão, impossibilita que ele se lance vertiginosamente no abismo e na irreflexão.

A "disciplina" é, antes de mais, um meio e não um fim. Um meio, frisemo-lo, que se destina a emancipar a liberdade. É a sua aliada mais fiel, ao combater as tendências inferiores do ser humano. É neste sentido que devemos compreender que na cultura, a parte positiva da educação, Kant encontre um momento negativo que denomina por "disciplina" (14).

Na operação da "disciplina" é a totalidade da educação que está em jogo, pelo que a cultura não tem valor, senão na condição de se apoiar sobre a "disciplina", que produz a obediência, ao subordinar a espécie humana à racionalidade da sua natureza inteligível.

Assim compreendida na sua duplicidade fundamental, como cultura e como disciplina, a educação defronta-se com uma das suas maiores dificuldades: «como unir a submissão sob uma coacção legal com a faculdade de se servir da sua própria liberdade?» (15).

Kant mostra-nos em que medida esta dificuldade se enraíza na condição metafísica do homem: bom, segundo a sua natureza inteligível; mau, segundo o seu carácter sensível. O homem é mau e rude à nascença (contrariamente ao que defende a teoria do "bom selvagem", perfilhada por Rousseau), manifestando uma certa inclinação para viver no estado selvagem ("Wildheit") ou, se preferirmos, no estado de natureza, caracterizado por ser independente das Leis. Contudo, pode tornar-se bom, a partir do momento em que se eleve à consciência do Dever e à Liberdade Racional, que define o estado de Cultura.

Notas:

(1) Pelo menos cinco razões podem ser apresentadas para explicar o deplorável estado da educação na Alemanha do século XVII: 1 - a deficiente qualificação dos mestres; 2- a frequência irregular na escola; 3 - a raridade dos estabelecimentos de ensino; 4. a educação subordinada aos fins políticos e religiosos; 5 - a ausência do conceito de criança (cf. Kant, «Reflexões Sobre a Educação», Introdução, pp. 14-17).

(2) Kant, "Informação acerca da orientação dos seus cursos nos semestres de Inverno de 1765/1766", in «Filosofia», Vol. II, p.173.

(3) Kant, op. cit., p. 174.

(4) Kant, «Reflexões Sobre a Educação», p. 85.

(5) Kant, op. cit., pp. 119/120.

(6) Kant, op. cit., p.73.

(7) Kant, op. cit., p.77.

(8) A arte, afirma Kant, distingue-se da natureza tal como o "fazer" se distingue do "agir" ou do "causar" em geral, e o produto ou consequência da arte se distingue, enquanto obra, do produto da natureza, enquanto efeito. De direito não devemos chamar arte senão à produção pela liberdade, ou seja, por um livre arbítrio que dispõe a razão no fundamento das acções. A arte supõe uma reflexão racional, uma finalidade: a causa produtora da arte é pensada relativamente a um fim, à qual o objecto deve a sua forma, tendo como característica ser distinta de um simples efeito natural, por que é sempre uma obra do homem (cf. Kant, Crítica da Faculdade de Julgar, pp. 134/135).

(9) Kant, «Reflexões sobre a Educação», p. 78.

(10) A educação é o maior e o mais difícil problema que pode ser colocado ao homem. Com efeito, as luzes (Einsicht) dependem da educação e, por sua vez, a educação depende das luzes (Kant, op. cit., p. 78).

(11) Cf. Kant, "Resposta à Pergunta: O que é o Iluminismo?", in «A paz Perpétua e Outros Opúsculos», pp. 11/19.

(12) Kant, «Reflexões Sobre a Educação», p. 69.

(13) Kant, op. cit., pp. 71/72.

(14) Na «Crítica da Razão Pura», Kant exprime uma ideia muito semelhante: uma legislação completamente especial, mas negativa, que sob o nome de disciplina estabelece como que um sistema de precaução e de auto-exame, perante o qual nenhuma aparência falsa e sofística possa subsistir (kant, Crítica da Razão Pura, Doutrina Transcendental do Método, p. 579).

(15) Kant, «Reflexões Sobre a Educação», p. 87.

Isabel Rosete

quinta-feira, 27 de março de 2008

1ª Terça com Eliane Cantanhêde - 1º de abril

1ª Terça com Eliane Cantanhêde - 1º de abril - 19h30

Debate

Conjuntura política na América Latina e atuação da mídia
Convidados:

· Colunista da Folha de São Paulo, jornalista Eliane Cantanhêde

· Cientista Político, Fábio Wanderley dos Reis

Currículo convidados

Eliane Cantanhêde é colunista da Folha em Brasília. Foi diretora da sucursal da Folha em Brasília de 1997 a 2003. Jornalista carioca formada pela UnB, foi repórter de "Veja", chefe de redação do "Jornal do Brasil", colunista de "O Estado de S.Paulo" e diretora de redação de "O Globo" e da "Gazeta Mercantil.

Fábio Wanderley é cientista político, doutor em Ciência Política pela Universidade de Harvard; professor emérito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG; membro do Conselho Deliberativo do CNPq; ex-presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs); autor de vários livros.

Local: Espaço Cultural do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais – Av. Álvares Cabral, 400 –centro- BH

Informações:

Evento - Jornal Aldrava Cultural

Jornal Aldrava Cultural

Agenda Cultural

EVENTO

Poetas aldravistas e Membros InBrasCI no II recital artístico literolirico internacional

AOS MEMBROS INBRASCIENSES:

InBrasCI
Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais
CNPJ: 09.225.702/0001-48

No dia 26 de março de 2008 no Salão de Festas do Edifício João Paulo II, em Belo Horizonte, os Poetas do Jornal Aldrava Cultural e Membros do InBrasCI-RD- de Minas Gerais e Diretora Regional do InBrasCI em Belo Horizonte, estarão no "II RECITAL ARTÍSTICO LITEROLIRICO INTERNACIONAL POESIA & PAZ", organizado pela Presidente do Clube Brasileiro de Língua Portuguesa, Vice-Presidente da Academia Mineira de Trovas/BH/MG, Membro efetivo da Arcádia de Minas Gerais e da International Writes and Artists Association/Ohio/USA.

Os poetas aldravistas apresentarão vida e poesia do Jornalista e Escritor Popular RUDYARD KIPLING*. Este evento terá a primeira parte com apresentação de Seresta Mineira, depois HINO NACIONAL BRASILEIRO,HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO EM LATIM, PELO CORONEL JOÃO BOSCO DE CASTRO.HINO NACIONAL DA FRANÇA,Palavras do Mestre, Doutor e Livre-Docente em Ciências Militares da Polícia Ostensiva Coronel João Bosco de Castro. HINO NACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, pela representação da PAZ, em nosso evento.(Ohio/USA).
HINO DO JAPÃO, com centenária imigração no Brasil)
Palavras da ANFITRIÃ SILVIA ARAÚJO MOTTA
PRESIDENTA DO CLUBE BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA
E CÔNSUL Z-NO DOS POETAS DEL MUNDO-EM BH/MG/BRASIL.
PALAVRAS DA PRESIDENTA DA IWA:
INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION.
TERESINKA PEREIRA/OHIO/USA, Senadora do Parlamento, Embaixadora da Paz, Doutora HONORIS CAUSA EM VÁRIAS UNIVERSIDADES INTERNACIONAIS. Apresentação Artística Literolírica Internacional
POESIA & PAZ.

* Rudyard Kipling (1865-1936) nació en Índia. Em 1907 se convirtió en el primer inglés en ganar el premio noble de literatura. A pesar de su profundo humanismo, Kipling tuvo en su época una visión ingenua, tanto del imperialismo inglés, como del norteamericano.

Att.

Andreia Donadon Leal - Déia Leal
Governadora do InBrasCI-MG
Membro do Jornal Aldrava e AVSPE

terça-feira, 25 de março de 2008

Edusp completa 20 anos e mil títulos publicados

PORTAL USP 25 de março de 2008.

Edusp completa 20 anos e mil títulos publicados

Rafael Kato

A Editora da USP (Edusp) completa, neste mês, 20 anos e atinge a marca histórica de mil livros publicados com Épicos, o primeiro volume da coleção Multiclássicos. Para Plinio Martins Filho, diretor-presidente da Edusp e professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA), "chegar nessa marca, apesar das dificuldades, é quase que uma saga".


A Edusp já existia antes de 1988, mas como uma co-editora, emprestando seu nome a outras editoras. "O desafio era esse: transformar a Edusp de co-editora em editora, porque, até então, os 1800 títulos [produzidos na época em que a Edusp era uma co-editora] formavam um acervo de livraria, já que ela só tinha o livro enquanto objeto físico", diz Plínio.

O início da trajetória até os mil títulos começou com a gestão do professor João Alexandre Barbosa, que a pedido de José Goldemberg, então reitor da Universidade, iniciou a reformulação na Edusp.

"A partir daí a Edusp começa a selecionar as melhores produções da Universidade. Passa a dar conhecimento público da sua produção e pesquisa por meio dos livros. Assim, ela é de fato uma editora universitária. Não tem um best-seller ou livro de venda fácil. O que a Edusp possui é um catálogo acadêmico selecionado com rigor", explica Plínio Martins.

O professor destaca como significativas algumas coleções publicadas pela Edusp, como Ponta; Artistas Brasileiros, Artistas da USP e a Coleção Didática, feita por professores da USP para o Ensino Médio.

O presidente da Edusp também fala que o papel de uma editora universitária é identificar lacunas no mercado editorial, interferindo e gerando conhecimento: "A editora tem que ser ativa também. Ela não apenas passiva, pode convocar autores e encomendar títulos".

Foi essa interferência que gerou a série Acadêmica, coleção didática para o ensino superior e que possui o maior número de prêmios Jabutis da Edusp, e Épicos, do projeto Multiclássicos, milésimo título que será publicado nesta semana.

"O projeto Multiclássicos fará edições bem feitas e confiáveis de livros", explica Martins. Épicos dá início a essa coleção organizada por Ivan Teixeira, professor de literatura da ECA, e, atualmente, docente na Universidade do Texas.

O livro traz as obras brasileiras mais importantes desse gênero, como "Prosopopéia", de Bento Teixeira, e "O Uraguai", de Basílio da Gama. "Antes da cada obra, há uma apresentação escrita pelo especialista naquele autor", fala Plinio
.

Encontros A Bordar o Ser

Clique na imagem para ver no tamanho original


No tecer entre os Bordados e a Dança Circular , o grupo Matizes Dumont divulga a nova parceria com o Rodas da Lua.
Há três gerações a família Dumont mantém viva a arte do bordar, transformando vidas por onde passa, investindo na transformação pessoal como parte de seu processo pedagógico.
O Rodas da Lua vem pesquisando, difundindo e praticando as danças circulares, como um caminho para desenvolvimento da criatividade e aprimoramento da comunicação.
Matizes Dumont e Rodas da Lua convidam você para dançar e bordar a trama das mandalas e suas infinitas cores em encontros lúdicos e ricos pela diversidade.

Primeira turma início dia 05 de abril
Encontro aos sábados de 14 às 18h30
Veja o convite em anexo.
Agradecemos por ajudar a divulgar este trabalho:
Antônia Zulma Diniz Dumont, Marilu, Ângela, Sávia, Martha, Demóstenes, Luana, Tainah , Paula, Lena

Fórum de Economia Solidária

Fórum de Economia Solidária promove plenária nacional

Entre os dias 26 e 30 de março estarão reunidos representantes de todo o país na IV Plenária Nacional de Economia Solidária. A preparação para o evento foi um processo que envolveu mais de 4 mil pessoas, representantes dos segmentos da economia solidária, em cerca de 140 atividades e 25 plenárias estaduais.

A plenária acontecerá no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional de Trabalhadores da Indústria (CNTI), em Luziânia (GO).

Acesse:
Página do evento clique
aqui

Serviço
IV Plenária Nacional de Economia Solidária
Data: 26 a 30 de março
Hora: 8h às 17h
Local: Centro de Treinamento Educacional da CNTI (BR 040 KM 9,5 - Posto Ypê - Setor de Chácaras Marajoara, s/n - Fazenda Taveira - Luziânia-GO)

Informações
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
(61) 3965-3268
forum@fbes.org.br

Fonte: Fórum Brasileiro de Economia Solidária

Assessoria de Comunicação
(61) 3411.3349 / 2747
www.presidencia.gov.br/consea
ascom@consea.planalto.gov.br

Feira de Filmes Alternativos e Raros

Catálogo de filmes com as sinopses. Também pode ser visualizado no site:

http://feiradefilmes.no.comunidades.net

Para procurar um filme ou ver o que tem de novidade digite Ctrl + F e escreva NOVO para procurar filmes novos, ou escreva o nome do diretor ou do filme para uma busca mais específica.

Para fazer uma encomenda basta passar o nome dos filmes de interesse para mim, para combinar preço e entrega.

Agradeço se puder repassar o catálogo e o site para seus contatos.

Um abraço
Thiago
(11) 8971 2418

Jornalismo de Políticas Públicas Sociais

Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, NETCCON.ECO.UFRJ:

Michel Misse aponta a importância da mídia para o Rio de Janeiro sair da acumulação social da violência

"O que nós hoje compreendemos como violência urbana, é um fenômeno especificamente brasileiro. A violência no Rio de Janeiro é resultado de uma acumulação social da qual participam vários atores, entre eles a mídia", afirmou o Prof. Dr. Michel Misse – coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana (NECVU/IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – em sua palestra na disciplina e curso de extensão de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, no dia 17 (segunda-feira), uma realização do NETCCON.ECO.UFRJ e da ANDI, sob a coordenação do Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques.

De acordo com o Prof. Michel Misse, "quando se nomeia que algo é violento, ou digo de alguém que este alguém é violento, este enunciado não é apenas descritivo mas performático, pois é uma ação que demanda uma reação". Portanto, segundo Misse, "quando a mídia fala da violência ela está agindo, é um ator, assim como a polícia, como os criminosos e nós, vítimas, também somos atores". Ele considera que a mídia, ao tratar da violência, não está apenas descrevendo e noticiando o fato. "A mídia é um ator, ela seleciona quem acusar, quais políticas públicas que deveriam ser aplicadas e confere prestígio aos que praticam os crimes", ressaltou.

Nesta semana, o tema levantado por Misse foi "A Violência que Acusa a Violência: a degradação de Si e do Outro através da Mídia". Em sua palestra, Michel lembrou Norbert Elias, quando ele afirma que somos mais civilizados na medida em que menos violência introduzimos nas relações sociais. "O que vai caracterizar a sociedade moderna de acordo com Elias e Foucault é que se passa a criminalizar o recurso à força física, e a utilizar a justiça, que dará tratamento racional, burocrático e institucional aos conflitos que lhe cheguem ao conhecimento".

Em sua apresentação, o Prof. Michel –que, entre várias premiações e reconhecimentos, recebeu em 2005 a Comenda de Oficial da Ordem da Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, outorgada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado– mostrou que no Direito Moderno, quando a sociedade européia começou a se organizar a partir do século 17 e especialmente a partir do século 18 para pacificar as relações de violência que compareciam na vida de suas sociedades (o que nada tem a ver com as guerras), o que há de mais importante é o direito à vida: "como o trabalho dos médicos nos hospitais buscando salvar quem vai até ali para salvar-se, enquanto nas sociedades pré-modernas a saúde era um problema da família, pois não havia nenhuma preocupação pública".

É assim que surgem na sociedade moderna os movimentos pela paz. "Hoje, nos EUA, já há práticas de aproximar os criminosos das vítimas para que ali se encontre, no encontro das humanidades de ambos, uma solução maior do que a pena, que é necessária, fundamental. Não se trata de eliminar a punição, mas sim fazer com que ela seja minimamente utilizada". Para o pesquisador, o crime mais grave na sociedade moderna talvez seja o homicídio, que era antes um ato restrito às relações privadas entre as famílias.

O Prof. Michel perguntou insistentemente em sua palestra: "por que nós vivemos num ambiente social com tanta violência, com tanta representação da violência?", que em sua percepção "tememos como a um sujeito". Para ele, isso é um fenômeno, "o criminoso ou suspeito de ter cometido um crime não se rende, e prefere correr o risco de morrer a ser preso. E mesmo assim, o bandido que é rendido, muitas vezes acaba sendo executado pelo policial". Em um ambiente em que a representação da violência é generalizada, as práticas criminosas incorporam a força física e o recurso às armas – "um recurso indiscriminado à violência".

De acordo com Michel Misse, não há violência, há violências, no plural, "são muitas e não são uniformes". Para ele, a palavra violência é vista como um sujeito abstrato, e a sociedade "trata uma multiplicidade de eventos distintos como se fosse uma única coisa; isso é um equívoco, uma ilusão; e esse pensamento induz a erros, até mesmo para o estabelecimento de políticas públicas". E ainda acrescenta: "é preciso ter cuidado com o uso da palavra violência, não há violência sem ofensa moral, ela decorre de um ambiente cultural; o que era violência antes, hoje pode não ser interpretado como tal".

Michel Misse chamou a atenção para as pesquisas de vitimização, as surveys, (que começaram a ser feitas nos anos 1980) na Inglaterra e no Brasil, e perguntam se as pessoas foram vítimas de atos criminosos. "[Elas] são mais realistas e revelam dados mais verdadeiros do que as estatísticas criminais realizadas pela polícia devido a sub-notificação de informações oficiais, pois não é todo ato violento que chega ao conhecimento das autoridades, e dos que chegam muitos não são registrados".

Ele citou mais exemplos concretos: "nos EUA elas são feitas anualmente e aqui não, são poucas e por isto dá pra lembrar de cabeça. Na Inglaterra, na França, nos EUA e no Brasil os índices são semelhantes, com cerca de 10% de vitimização. Como isto é possível se a percepção que temos aqui da violência nos diz que é ela muito maior?". E afirma: "a nossa percepção é de que a violência é maior do que na Inglaterra, apesar da pesquisa de vitimização ser análoga e demonstrar números bem parecidos. Embora as taxas possam ser semelhantes entre países da Europa e dos EUA, e a quantidade de furtos e roubos seja igual, o recurso da violência é muito maior aqui no Brasil".

Lembrando que na Europa, por exemplo, os atos de vandalismo são muitos, o Prof. Misse sublinhou ainda que "aqui quando se responde aos surveys ninguém lembra destes atos". Ele compara a taxa de homicídio na Inglaterra ou em países europeus que gira entre um ou dois homicídios por cem mil habitantes. No Brasil, a taxa é cerca de 25 a cada cem mil pessoas, e no Rio de Janeiro, já chegamos a ter 70 assassinatos pela mesma quantidade de habitantes, e hoje, no estado, o número fica em torno de 50 homicídios por cem mil.

A respeito da violência com que a polícia age, o professor afirmou que só em 2007, 1.500 pessoas suspeitas de crimes foram mortas pela polícia no Rio de Janeiro, enquanto que nos EUA, esse número não chegou a 200. A taxa de esclarecimento de assassinatos na Inglaterra ou em países considerados desenvolvidos é de 90%. E no estado do Rio, o índice de elucidação de assassinatos é de 8%, "ou seja, em 92% dos casos ninguém é preso". E por que isto? "Se você pergunta ao oficial da PM ou acompanha a operação, verifica um processo estranhíssimo, pois o criminoso não se rende, mas responde a tiros, enquanto no mundo inteiro eles se rendem. E outro fato importante é o bandido que é rendido e é fuzilado por alguns policiais". Para ele, a pena de morte continua sendo aplicada indiscriminadamente.

Misse ainda fez críticas ao pensamento único, no Rio de Janeiro e em cidades brasileiras, que associa o tráfico de drogas à violência: "Não é certo falar que a violência vem só do tráfico, quando se diz que a causa da violência é o tráfico de drogas, isso não é necessário. O tráfico responde por uma parcela das práticas criminais. Você pode ter tráfico sem violência, existe tráfico de drogas no mundo inteiro, em algumas vezes de forma até mais ostensiva do que no Rio de Janeiro. O que chamamos de 'traficante' aqui no Rio não é apenas um comerciante de drogas ilícitas, o tráfico adquiriu características que incorporam práticas de violência".

Para o Prof. Michel Misse, "a associação que parte importante da mídia faz da violência com o tráfico não é verdadeira, pois ela não se dá em outros países desta maneira: temos o exemplo de um tráfico de classe média que compra drogas no morro e tem seus próprios meios de comercialização e que rejeita a violência, pois ela torna seus agentes vulneráveis".

Para ele, isto ocorre porque aqui o tráfico que existe em todos os lugares assumiu uma posição de violência que não existe em nenhum outro lugar do mundo, isto "para tiranizar a população, para exercer o poder naquela área. Uma parte destes traficantes faz isto para territorializar o seu comércio, enquanto o tráfico de classe média não o faz; cada traficante de classe média tem seus contatos e pronto".

O pesquisador afirmou que o tráfico está territorializado e, por isso, tornou-se mais "vulnerável a incursões policiais e de outros grupos que queiram dominar esse território". Para ele, "é essa vulnerabilidade que obriga que os traficantes tenham que se armar – é a concepção armamentista para defender o território". Esta territorialização, como no caso do Estado, leva a uma militarização, a um sentimento de pertencimento, de comunidade, de redes de proteção que começaram nas penitenciárias, protegendo o presidiário.

E sobre o que se acredita por crime organizado, "não é uma máfia, não tem nada a ver com uma organização do tipo mafiosa, são redes de proteção horizontais e não verticais, são precárias; não conseguem se organizar e monopolizar o mercado e vivem de disputas intermináveis entre si e pelos pontos de venda dada a mesma origem da dedicação ao tráfico: ambição desmedida, desconfiança absoluta". Isto, de acordo com Misse, acontecia com o jogo do bicho, que leva até a disputas intermináveis, até que chegou a um equilíbrio diante da concorrência das loterias de toda sorte. "O tráfico não tem relação com o bicho, pelo menos no varejo, no atacado não sabemos".

"O que hoje compreendemos como violência urbana é um fenômeno especificamente brasileiro. Mesmo na Colômbia, a violência estava mais vinculada aos cartéis e não às redes horizontais como o tráfico no Rio de Janeiro", considerou Misse.

Em sua palestra, Misse ainda questionou as abordagens positivistas: "não estudamos indivíduos, mas interações sociais, e é nestas que se dá a acusação", e fez uma crítica ao pensamento de que "o crime existe só no outro". É o que ele considera como "sujeição criminal": a concepção de que o sujeito carrega o crime nele mesmo, e assim, não se caracterizaria como uma prática criminal. Essa concepção faz parte de uma política de eliminação.

De acordo com esta concepção, o criminoso seria constituído pela existência de uma regra, ele estaria tomado de uma essência e precisa ser impedido ou suprimido. Deixa de ser um estigma e um rótulo, mas reunindo-os para ser uma marca indelével. "Aquele indivíduo carrega uma essência da qual ele não pode retornar para a sociedade, não pode ser ressocializado, apenas através de um processo de conversão que entende que o criminoso não é aquilo mas está tomado por um mal que precisa ser resolvido". Calcula-se que dez mil suspeitos de crimes tenham sido eliminados no Rio nos últimos dez anos.

A disciplina é realizada pelo Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON/ECO/UFRJ, sob coordenação do Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques, em parceria com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI) e apoio do PACC.FCC.UFRJ.

Palestras a serem realizadas em 2008/1:

Semana 4 (31/03): O Paradigma do Desenvolvimento Humano como orientador da cobertura.
Palestrante: Flavia Oliveira (O Globo)

Semana 5 (07/04): Lições Africanas para a Igualdade na Diversidade Humana: a questão da não-violência.
Palestrantes: Mãe Beata de Iemanjá e Prof Evandro Ouriques.

Semana 6 (14/04): A desigualdade social no Brasil e os processos de formulação das políticas públicas sociais compensatórias.
Palestrante: Mirella de Carvalho (IPEA)

Semana 7 (28/04): Orçamento nacional: As possibilidades de intervenção e orientação para o social.
Palestrante: Leonardo Mello (IBASE)

Semana 8 (05/05): O desafio de aumentar a presença das políticas públicas na grande imprensa.
Palestrante: Bia Barbosa (Intervozes)

Semana 9 (12/05): A cobertura das políticas públicas na área da Educação no Brasil.
Palestrante: Antônio Góis (Folha de S. Paulo)

Semana 10 (19/05): Cobertura de qualidade em meio à violência estrutural: A força política da não-violência e a responsabilidade dos atores sociais e dos jornalistas.
Palestrante: Prof. Evandro Vieira Ouriques (NETCCON.ECO.UFRJ, NEF.PUC.SP)

Semana 11 (26/05): A Questão das Políticas Públicas Sociais e a Mídia Contra-hegemônica.
Palestrante: Paulo Lima (Viração)

Semana 12 (02/06): A Comunicação criada pela Periferia no Rio de Janeiro.
Palestrante: Prof. Augusto Gazir (Observatório de Favelas e ECO.UFRJ)

Semana 13 (09/06): O paradigma dos Direitos da Criança e do Adolescente: A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Palestrante: Wanderlino Nogueira Neto (ABONG)

Semana 14 (16/06): A Mídia e a Questão das Políticas Públicas Sociais no Brasil.
Palestrante: Guilherme Canela (ANDI)

Semana 15 (23/06): O Paradigma da Diversidade Cultural.
Palestrante: Profa. Sílvia Ramos (CESEC)

Semana 16 (30/06): Jornalismo prospectivo e o futuro das políticas públicas sociais como pauta.
Palestrante: Rosa Alegria (NEF-PUC/SP, NETCCON.ECO.UFRJ, Millennium/UNU)

Palestras já realizadas em 2008/1:

Semana 1 (10/03): Interesse, Poder e Dádiva: a questão do domínio dos estados mentais e da generosidade na positivização da rede de comunicadores-cidadãos.
Palestrante: Prof. Evandro Vieira Ouriques (NETCCON.ECO.UFRJ, NEF.PUC.SP)

Semana 2 (17/03): A Violência que Acusa a Violência: a degradação de Si e do Outro através da Mídia.
Palestrante: Prof. Michel Misse (NECVU.IFCS.UFRJ)

Semana 3 (24/03): A Abordagem de Temas Sociais junto a Públicos Não-iniciados: o Caso dos Jornais de Grande Circulação e Distribuição Gratuita.
Palestrante: Prof. José Coelho Sobrinho (USP)

Copa de Literatura Brasileira

Copa de Literatura Brasileira

Informações aqui

É preciso fé para acreditar na eficiência dos prêmios literários. Um punhado de jurados se dedica a definir o melhor livro do ano; os jurados mudam de ano a ano, os lançamentos são tantos que é impossível lê-los todos e o próprio conceito de "melhor" é difícil de ser definido, mas de alguma forma o público é convidado a pensar que o processo funciona. Estatisticamente, essa esperança é um ultraje.

Escrevo isso como alguém que adora prêmios, literários ou não. Já passei algumas noites em claro vendo o Oscar, e poucos eventos regularmente repetidos me parecem tão cheios de drama quanto a apuração das notas do desfile das escolas de samba. Além da emoção barata, porém, prêmios literários são um meio justificado pelo fim: não se trata de eleger o melhor livro do ano mas de guiar o público, provocar o debate, criar expectativas e, inevitavelmente, causar decepções. O prêmio em si interessa pouco: bom é discutir quem merece ganhar antes e reclamar de quem ganhou e não devia depois.

Mas a maioria dos prêmios literários oferece pouco assunto para a conversa. As explicações que acompanham a decisão, quando existem, são platitudes justificadamente ignoradas pelo público. Ficamos sabendo quem ganhou, não como nem por quê; podemos discutir a escolha, não as razões. Os jurados, sem ser anônimos, são protegidos, suas preferências particulares dissimuladas pelo nome do prêmio, pela impessoalidade da decisão.

Um prêmio que se vende como capaz de escolher regularmente o melhor livro do ano não pode expor ao público nem os gostos dos seus jurados, nem as falhas do seu processo. Mas se a idéia é, como acredito que sempre seja, simplesmente falar de livros, por que não mostrar o processo por inteiro? Por que não dar voz e espaço a cada jurado para explicar sua escolha? E, se escolher o melhor é estatisticamente impossível, por que não tornar o prêmio mais emocionante com um regulamento em que, como nos torneios esportivos, os livros se enfrentam um ao outro até que reste apenas um? Essa é a idéia da Copa de Literatura Brasileira.

Dezesseis livros, escolhidos de forma bem pouco científica entre os romances brasileiros lançados em 2006, disputam o prêmio em quatro rodadas. A cada jogo, dois livros se enfrentam: o vencedor passa para a rodada seguinte, o perdedor está eliminado do campeonato. E cada jogo é decidido por um jurado, que escreve uma resenha para anunciar e justificar sua decisão. Na grande final, todos os jurados votam e elegem o campeão.

Antes que me acusem de plágio, adianto que a Copa de Literatura Brasileira é inspirada no
Tounament of Books, criado em 2005 pela revista eletrônica americana The Morning News em parceria com a livraria Powell's. E antes que digam que a Copa dificilmente escolherá o melhor romance brasileiro do ano, adianto que já sabemos disso. O importante é que o campeonato seja divertido e o debate, inteligente.

Para isso, contamos com a ajuda do nosso estimado público. Não deixe de ler as resenhas e de comentar os resultados, mesmo que você não tenha lido os concorrentes (eu mesmo só li dois). E, se uma resenha despertar seu interesse, não confie no jurado nem nos comentaristas, compre os livros e decida por si mesmo. E divirta-se. Nós, aqui dos bastidores, já estamos nos divertindo.

Lucas Murtinho

Agenda Chévere

Agenda Chévere para os próximos dias:
26/03 - quarta-feira no Pau e Pedra
05/04 - sábado no Status Café Cultura e Arte
09/04 - quarta-feira no Soleá Tablao Flamenco


O que é Chévere?

“chévere adj. (esp. mer.) col. Excelente o estupendo.”

Diccionário General de Lengua Española

O grupo nasceu em 2004 a partir do encontro de um venezuelano, Fernando González; uma boliviana, Marcela Morón e de um brasileiro, Daniel Mariano. O trabalho desenvolvido pelo Chévere representa o resgate de várias manifestações musicais que já encantam os brasileiros há várias décadas. Através desta iniciativa é possível promover não só o reencontro dos antigos fãs dos vários gêneros musicais presentes no universo hispânico, como também permitir ao público conhecer a musicalidade e os aspectos culturais de vários países que estão localizados bem próximos do Brasil mas que são pouco divulgados. A partir do repertório do grupo é possível fazer uma viagem pelas canções executadas nas regiões que vão desde o Rio Bravo, no México até a Patagônia, na Argentina.

No repertório configura uma enorme diversidade de ritmos e canções que retratam os diferentes aspectos do povo latino-americano. Trata-se de uma verdadeira viagem musical por vários países como Argentina, Bolívia, Cuba, Espanha, México, Venezuela e Peru.

Através de um cancioneiro rico, resultado de uma extensa e constante pesquisa, é possível esboçar as várias vertentes da música latina e sua representatividade. Uma das características marcantes do Chévere é a utilização de instrumentos originais como cuatro venezolano, charango andino, bongó caribeño e vários outros. E exaltando o caráter caliente da maioria desses ritmos, sentimentos como alegria, tristeza, ternura, coragem e o amor se revelam nos Huaynos Bolivianos, Milongas Argentinas, Tangos, Valsas Peruanas, Merengues Venezuelanos, Boleros e Rumbas Cubanas, Huapangos Mexicanos e Canciones de Cuna. E para os amantes da dança, seja ela lenta ou agitada, não faltarão oportunidades de dançar ao som da mais autêntica música latino-americana!

Os Integrantes

Daniel Mariano: Licenciado em Música pela UEMG em violão, diretor musical, compositor e arranjador. Com o Chévere apresenta-se como vocalista e guitarrista.

Fernando González: Músico e investigador do folclore latino-americano, participou dos grupos Convenezuela, Americanto, Son Caribe, Dois por Dois e Fidelidade Partidária. No Chévere apresenta-se com seu cuatro venezolano, charango andino, percussão e voz.

Marcela Morón: Cantora e professora de espanhol, traz à cena toda a alegria e energia do povo latino-americano, que se traduz em suas belíssimas interpretações. Vocalista.

Juventino Dias: Trompete, vocais e percussão. Professor de Trompete nas oficinas do Bloco Tambolelê.

Luizão Lobo: Músico licenciado em violino pelo Cefar- Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado. Professor de percussão e bateria. No Chévere desempenha as funções de percussionista e backing vocal.

Eduardo Ávila: Violoncelista. Aluno do curso de Licenciatura em música da UEMG. Ex-professor de violoncelo do Conservatório de Música de São João Del Rei.

Serviço:
Chévere - Música Latina
Data: 26/03 – quarta-feira – Pau e Pedra
Horário: 21:00h
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 489 - Savassi
Ingressos: R$6,00
Informações: 3284-2397

Chévere – Música Latina
Data: 05/04 - sábado – Status Café Cultura e Arte
Horário: 21:00h
Endereço: Rua Pernanbuco, 1.150 - Savassi
Couvert artístico: R$10,00
Informações e reservas: (31)3261-6045

Chévere – Música Latina
Data: 09/04 - quarta-feira – Soleá Tablao Flamenco
Horário: 21:00h
Endereço: Rua Sergipe, 1.199 - Savassi
Couvert artístico: R$6,00
Informações e reservas: (31)3282-2444 ou www.solea.com.br

Contato:

assessoria@chevere.com.br
(031) 3462-5537 / 9693-2767
www.chevere.com.br

Fábio Gomides
Produção e Assessoria de imprensa Chévere

segunda-feira, 24 de março de 2008

Correios - Patrocínio de Eventos Culturais

Correios seleciona projetos para receber patrocínio

Empresa destina R$ 5,36 milhões para projetos em 2008

Os Correios irão receber, até o dia 14 de abril, inscrições para a seleção de patrocínios da área cultural. Este ano, a empresa está destinando R$ 5,36 milhões para o patrocínio dos projetos selecionados.
Os interessados terão duas opções de participação no processo seletivo. Uma delas abrange o patrocínio de projetos nos segmentos Artes Cênicas (dança ou teatro), Artes Integradas, Humanidades (obra literária, evento literário ou programa de incentivo à leitura), Audiovisual (mostras e festivais de cinema e vídeo) e Música, com realização em qualquer estado brasileiro.
A outra opção abrange projetos específicos para serem desenvolvidos nos Centros e Espaços Culturais dos Correios em Salvador (BA), Juiz de Fora (MG), Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro (RJ).
Para se inscrever, o interessado deve acessar o Sistema Aberto de Seleção de Patrocínios, na página dos Correios na internet ( www.correios.com.br ), dentro de "Patrocínios", na seção "Institucional". Os editais completos da seleção também podem ser acessados nesse endereço.
Cada proponente pode inscrever apenas um projeto por edital, com realização prevista entre agosto e dezembro de 2008 - no caso dos projetos a serem realizados nos Centros e Espaços Culturais, a realização pode se estender até março de 2009.
Os projetos serão selecionados por uma comissão técnica, de acordo com os seguintes critérios: qualidade, temática, ficha técnica, currículos, visibilidade, relação custo x benefício e interesse estratégico dos Correios.

Vagas para Consultores Analistas / Brasília-DF

Saiu o Edital para contratação de Consultores/Analistas no MEC. Segue em anexo.

Para acessar o edital na internet o endereço é:


INTERESSADOS DEVERÃO PREENCHER O FORMULÁRIO PADRÃO DE CURRÍCULO NO SITIO DO MEC (http://cadcurriculo.mec.gov.br/) ATÉ O DIA 27/3/2008, ÀS 12 HORAS (COMPROVAÇÃO ELETRÔNICA DE DATA).

Em atenção às disposições do decreto nº 5.151, de 22 de julho de 2004, informamos que estas contratações serão efetuadas mediante processo seletivo simplificado (análise de informações curriculares declaradas e entrevista), sendo exigido dos profissionais a comprovação da habilitação profissional e da capacidade técnica ou científica compatível com os trabalhos a serem executados. É vedada a contratação, a qualquer título, de servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, direta ou indireta, bem como de empregados de suas subsidiárias e controladas, no âmbito dos projetos de cooperação técnica internacional.

Valor estimado: R$ 8.000 / mês - contrato até 9 meses

Divulguem!!!!

5º Manual da Mídia Legal

5º Manual da Mídia Legal é lançado no Rio com debate sobre discriminação

Lançamento do Manual da Mídia Legal será acompanhado de debate com jovens lideranças sobre o tema da discriminação. O evento será no dia 25 de março, durante a Semana Estadual da Juventude.


A ong Escola de Gente - Comunicação em Inclusão vai lançar, no dia 25 de março, durante a Semana Estadual de Juventude, o Manual da Mídia Legal 5 - Comunicadores pela Não-discriminação, no Palácio Guanabara (RJ). O evento será iniciado às 18 horas e contará com um debate sobre discriminação, com a presença da Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do governo do Estado do Rio de Janeiro, Benedita da Silva, e da procuradora da República no Estado de São Paulo, Eugênia Augusta Fávero, que representará a Escola Superior do Ministério Público da União.

A mesa será moderada pela jornalista Claudia Werneck, superintendente geral da Escola de Gente. Jovens lideranças do movimento feminista, negro, com deficiência, do movimento GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e de comunidades populares também vão participar do debate.

A publicação é resultado do 5º Encontro da Mídia Legal, que capacitou estudantes dos cursos de Direito, Comunicação Social e Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em setembro de 2007, para se tornarem Agentes da Inclusão e atuarem no combate a toda forma de discriminação em sua prática profissional e no dia-a-dia.

O objetivo do Manual é refletir sobre todas as formas de discriminação: de raça (negros, índios) , gênero (mulheres /GLBTT), contra pessoas com deficiência, moradores de comunidades populares etc. "Queremos estimular o debate sobre o que é discriminação e colaborar para combater valores, condutas, comportamentos e políticas públicas discriminatórios que violam os direitos humanos e anulam a diversidade. Isso só é possível a partir do diálogo entre diferentes setores", explica Claudia Werneck.

Ela aponta a necessidade de a mídia ser mais crítica em relação ao que é discriminar, uma vez que é com base no que é divulgado na imprensa que a população em geral forma opinião sobre diferentes temas.

O 5º Encontro da Mídia Legal foi inspirado na carta "É Criminoso Discriminar" - redigida e assinada por representantes de 28 países e 19 membros do Ministério Público da América do Sul. O documento aponta a urgência de se conscientizar a população sobre a gravidade do cenário discriminatório no qual vivemos e sobre a necessidade de responsabilização daqueles que cometem atos de discriminação, pessoal e institucionalmente.

O Manual

O Manual da Mídia Legal 5 faz parte de série que a Escola de Gente edita, desde 2002, com o objetivo de qualificar a mídia brasileira na abordagem do tema da inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. A publicação apresenta os casos mais comuns de discriminação, que são considerados crimes pela legislação brasileira e mostra o que o cidadão pode fazer para se defender. Traz ainda a análise de oito matérias jornalísticas e anúncios publicitários, feitas pelos universitários, representantes do Ministério Público e equipe da Escola de Gente.

Esta quinta edição conta com patrocínio da Petrobras e tem tiragem de cinco mil exemplares, oferecidos em tinta, braile e em CD (versão em aúdio). Há uma versão disponível para download no site da instituição (www.escoladegente.org.br).

Semana Estadual da Juventude

De 24 a 30 de março serão realizadas, no Rio de Janeiro, a assembléia de eleição do Conselho Estadual de Juventude (26/3), a I Conferência Estadual de Políticas de Juventude (de 28 a 30/3) e será comemorado o Dia Estadual da Juventude (28/3). Com o tema "Levante sua bandeira!", a conferência será realizada pela Superintendência de Políticas de Juventude da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do governo do estado. O evento é preparatório para I Conferência Nacional de Políticas de Juventude e vai reunir jovens fluminenses e representantes de entidades e de órgãos públicos para elaborar propostas que sirvam de subsídio ao Plano Nacional de Juventude, a ser apresentado ao Congresso Nacional.

SERVIÇO
Lançamento do 5º Manual da Mídia Legal - Comunicadores pela não-discriminação
Dia: 25 de março
Hora: 18 horas
Local: Auditório do Prédio anexo ao Palácio Guanabara (Rua Pinheiro Machado, s/nº - Laranjeiras, Rio de Janeiro, RJ)

Ofício da Palavra

Informativo Interno Nº 11 - Março 2008

Artífice da palavra

Arnaldo Antunes é pop. Na noite do dia 26 de fevereiro, o ex-Titã levou um público recorde ao projeto Ofício da Palavra, no MAO. Mais de 400 pessoas lotaram as dependências do Museu para ouvir o multiartista falar sobre seus vários ofícios, cujo elemento comum é a sua grande paixão: a palavra. O público o encheu de perguntas e o aplaudia a cada instante. Foi uma bela noite para o projeto realizado pelo ICFG, que chegou à sua décima edição trazendo o melhor da literatura brasileira para o público mineiro.



Renato Cobucci

Novo museu para Minas

Foi dado o primeiro passo para a implantação do Museu de Sant’Ana em Tiradentes, mais uma iniciativa do ICFG. No dia 29 de fevereiro, o Instituto Cultural Flávio Gutierrez e a Universidade Federal de Minas Gerais assinaram um protocolo de intenções, com a interveniência da Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade. O documento visa o levantamento de recursos para o projeto e também a implantação e gestão de uma biblioteca do Barroco na mesma cidade, que pretende ser a mais completa do gênero na América Latina. O Museu vai abrigar um raro acervo de imagens de Sant’Ana - a mãe da Virgem Maria -, datadas do século XVII ao XX, da colecionadora e presidente do ICFG, Angela Gutierrez.


Foca Lisboa

Belos acordes

A emoção marcou a décima edição do projeto Ofício da Música, que retomou sua programação no dia 11 de março no Museu de Artes e Ofícios. Um dos nomes mais respeitados da MPB, o compositor e violonista carioca Guinga tocou e cantou alguns de seus sucessos, interagiu com o público, fez uma homenagem aos 50 anos da Bossa Nova e ainda convidou a platéia para cantar junto com ele. Foram quase duas horas de show. Entre fãs e músicos, todos aplaudiram de pé.



Bianca Aun

Museu de Artes e Ofícios - www.mao.org.br

Instituto Cultural Flávio Gutierrez


Conceito Comunicação Estratégica
José Eduardo Gonçalves, Sílvia Rubião e Fernanda Aguilar.

Fone 31 32251888
conceitocomunicacao@terra.com.br

domingo, 23 de março de 2008

II Recital Artístico Literolirico Internacional Poesia e Paz

CONVITE ESPECIALÍSSIMO

"II RECITAL ARTÍSTICO LITEROLIRICO INTERNACIONAL POESIA & PAZ".

Senhora da Assunção - Déia Leal

Data: 26 de março de 2008.
Abertura às 17 horas.

Primeira parte:
Seresta Mineira

Segunda Parte:
18:00h PONTUALMENTE,
HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO POR TODOS.
HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO EM LATIM,
PELO CORONEL JOÃO BOSCO DE CASTRO.
HINO NACIONAL DA FRANÇA e outros...

Palavras do Mestre, Doutor e Livre-Docente em Ciências Militares da Polícia Ostensiva Coronel João Bosco de Castro.

HINO NACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, pela representação da PAZ, em nosso evento.(Ohio/USA).
HINO DO JAPÃO, com centenária imigração no Brasil)

Palavras da ANFITRIÃ SILVIA ARAÚJO MOTTA
PRESIDENTA DO CLUBE BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA
E CÔNSUL Z-NO DOS POETAS DEL MUNDO-EM BH/MG/BRASIL.

PALAVRAS DA PRESIDENTA DA IWA:
INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION.
TERESINKA PEREIRA/OHIO/USA, Senadora do Parlamento, Embaixadora da Paz, Doutora HONORIS CAUSA EM VÁRIAS UNIVERSIDADES INTERNACIONAIS.

Apresentação Artística Literolírica Internacional
POESIA & PAZ.

TERCEIRA PARTE:
WILMAR BRAGA E SUA BANDA INTERNACIONAL.
Show sem fins lucrativos.

Local do evento:
(Tempo/percurso da
Praça Raul Soares até o local: 7 minutos)


Rua dos Pampas 538 Salão "B"
Bairro: PRADO
Belo Horizonte/Minas Gerais/Brasil.

Primeira Referência:
(Local próximo ao
Clube dos Oficiais da Polícia Militar/MG.)

Segunda Referência:
Rua Pampas é paralela à Rua Platina do Calafate.

Terceira Referência do local:
Ao chegar à Praça Raul Soares/BH,
seguir Avenida Augusto de Lima, (Barro Preto)
passar pelo FÓRUM LAFAYETTE,
passar pelo Instituto São Rafael,
seguir em frente,
descer a RUA ITUITABA até o final,
seguir à esquerda,
virar à DIREITA:

Rua dos Pampas-538.
Salão de Festas
Edifício João Paulo II.

Contatos: 9928 2798-32952798-32950708
silumotta@hotmail.com
http://www.recantodasletras.com.br/autores/silviaraujomotta
Sílvia Araújo Motta

Opcional:
PARA A CONFRATERNIZAÇÃO FINAL TRAZER
UMA BEBIDA E UM PRATO DE SALGADINHOS.

---***---

Data: 26 de março de 2008.
Abertura às 17 horas.

Primeira parte:
Seresta Mineira

Segunda Parte:
18:00h PONTUALMENTE,
HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO POR TODOS.
HINO NACIONAL BRASILEIRO CANTADO EM LATIM,
PELO CORONEL JOÃO BOSCO DE CASTRO.
HINO NACIONAL DA FRANÇA e outros...

Palavras do Mestre, Doutor e Livre-Docente em Ciências Militares da Polícia Ostensiva Coronel João Bosco de Castro.

HINO NACIONAL DOS ESTADOS UNIDOS, pela representação da PAZ, em nosso evento.(Ohio/USA).
HINO DO JAPÃO, com centenária imigração no Brasil)

Palavras da ANFITRIÃ SILVIA ARAÚJO MOTTA
PRESIDENTA DO CLUBE BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA
E CÔNSUL Z-NO DOS POETAS DEL MUNDO-EM BH/MG/BRASIL.

PALAVRAS DA PRESIDENTA DA IWA:
INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION.
TERESINKA PEREIRA/OHIO/USA, Senadora do Parlamento, Embaixadora da Paz, Doutora HONORIS CAUSA EM VÁRIAS UNIVERSIDADES INTERNACIONAIS.

Apresentação Artística Literolírica Internacional
POESIA & PAZ.

TERCEIRA PARTE:
WILMAR BRAGA E SUA BANDA INTERNACIONAL.
Show sem fins lucrativos.

Local do evento:
(Tempo/percurso da
Praça Raul Soares até o local: 7 minutos)

Rua dos Pampas 538 Salão "B"
Bairro: PRADO
Belo Horizonte/Minas Gerais/Brasil.

Primeira Referência:
(Local próximo ao
Clube dos Oficiais da Polícia Militar/MG.)

Segunda Referência:
Rua Pampas é paralela à Rua Platina do Calafate.

Terceira Referência do local:
Ao chegar à Praça Raul Soares/BH,
seguir Avenida Augusto de Lima, (Barro Preto)
passar pelo FÓRUM LAFAYETTE,
passar pelo Instituto São Rafael,
seguir em frente,
descer a RUA ITUITABA até o final,
seguir à esquerda,
virar à DIREITA:

Rua dos Pampas-538.
Salão de Festas
Edifício João Paulo II.

Contatos: 9928 2798-32952798-32950708
silumotta@hotmail.com
http://www.recantodasletras.com.br/autores/silviaraujomotta
Sílvia Araújo Motta

Opcional:
PARA A CONFRATERNIZAÇÃO FINAL TRAZER
UMA BEBIDA E UM PRATO DE SALGADINHOS.

Palestra de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais

José Coelho Sobrinho trata da abordagem de temas sociais junto a públicos não-iniciados na próxima palestra de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, uma realização NETCCON/ECO/UFRJ e ANDI

Auditório da CPM-ECO, Campus da Praia Vermelha (UFRJ)
Segunda 24/03/2008, e em todas as outras segundas de 2008/1, sempre das 11h às 13h.
Os jornais de distribuição gratuita estão entre o grande dilema de "ser jornal ou ser jornalismo", mas, inegavelmente prestam o serviço importante de ampliar os leitores de periódicos nas cidades. Esse é o tema que o Prof. Dr. José Coelho Sobrinho, da Universidade de São Paulo-USP, vai abordar nesta segunda, dia 24, no curso de extensão e disciplina Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, a convite do NETCCON.ECO.UFRJ e da ANDI.
"Parto do princípio de que a grande diferença entre a notícia e a informação está na apuração, e no valor agregado que o jornalista dá a essa apuração para transformar um fato jornalístico em notícia", acredita Coelho Sobrinho, que coordena na USP uma disciplina congênere a criada pelo NETCCON e também em convênio com a ANDI.
De acordo com o pesquisador, a apuração é a essência do jornalismo. "Sem ela não há jornalismo, há jornal, um suporte midiático que pode receber qualquer informação e a sua credibilidade estará sempre ameaçada". Este é o desafio a ser enfrentado e superado pelos jornais de grande circulação e distribuição dirigida.

E esta é a pauta da palestra do Prof. Coelho Sobrinho no terceiro encontro deste semestre do curso Jornalismo de Políticas Públicas Sociais, aberto semestralmente à Sociedade e ao Mercado e realizado pelo Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON/ECO/UFRJ, coordenado pelo Prof. Evandro Vieira Ouriques, em convênio com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância-ANDI.

O Prof. José Coelho Sobrinho possui graduação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado e doutorado em Ciências da Comunicação pela USP, e pós-doutorado pela Universidade Fernando Pessoa - Porto (Portugal). Coelho Sobrinho tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração.Já publicou seis livros, entre eles: "Edição em jornalismo eletrônico" pela Edicon em 1999, e a "Evolução do jornalismo em São Paulo", também pela Edicon, em 1998.
O Programa Acadêmico do NETCCON Prover a Sociedade, sob a perspectiva das Ciências da Comunicação, com estudos e metodologias de prevenção e superação da violência, que contribuam para o salto de qualidade: (1) na cobertura midiática das Políticas Sociais e em sua gestão pública; (2) nas políticas e estratégias de Comunicação para a Responsabilidade Socioambiental; e (3) no padrão ético ("voz própria" e "vínculo") do trabalho de presença e colaboração nas Redes e Organizações. O NETCCON criou e oferece também a disciplina Comunicação, Construção de Estados Mentais e Não-violência, e está criando a disciplina Comunicação e Responsabilidade Socioambiental. Maiores informações sobre o NETCCON podem ser obtidas atravees de evouriques@terra.com.br.

Conheça mais sobre a disciplina aqui:
http://informacao.andi.org.br:8080/relAcademicas/site/visualizarConteudo.do?metodo=visualizarUniversidade&codigo=6

Próximos temas:

Semana 4 (31/03): O Paradigma do Desenvolvimento Humano como orientador da cobertura.
Palestrante: Flavia Oliveira (O Globo)

Semana 5 (07/04): Lições Africanas para a Igualdade na Diversidade Humana: a questão da não-violência.

Palestrantes: Mãe Beata de Iemonjá e Evandro Vieira Ouriques

Semana 6 (14/04): A desigualdade social no Brasil e os processos de formulação das políticas públicas sociais compensatórias .
Palestrante: Mirella de Carvalho

Semana 7 (28/04): Orçamento nacional: As possibilidades de intervenção e orientação para o social.
Palestrante: Leonardo Mello (IPEA)

Semana 8 (05/05): O desafio de aumentar a presença das políticas públicas na grande imprensa.
Palestrante: Bia Barbosa (Intervozes)

Semana 9 (12/05): A cobertura das políticas públicas na área da Educação no Brasil.
Palestrante: Antônio Góis (Folha de S. Paulo)

Semana 10 (19/05): Cobertura de qualidade em meio à violência estrutural: A força política da não-violência e a responsabilidade dos atores sociais e dos jornalistas.
Palestrante: Prof. Evandro Vieira Ouriques (NETCCON.ECO.UFRJ, NEF.PUC.SP)

Semana 11 (26/05): A Questão das Políticas Públicas Sociais e a Mídia Contra-hegemônica.
Palestrante: Paulo Lima (Viração)

Semana 12 (02/06): A Comunicação criada pela Periferia no Rio de Janeiro.
Palestrante: Prof. Augusto Gazir (Observatório de Favelas e ECO.UFRJ)

Semana 13 (09/06): O paradigma dos Direitos da Criança e do Adolescente: A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Palestrante: Wanderlino Nogueira Neto (ABONG)

Semana 14 (16/06): A Mídia e a Questão das Políticas Públicas Sociais no Brasil.
Palestrante: Guilherme Canela (ANDI)

Semana 15 (23/06): O Paradigma da Diversidade Cultural.
Palestrante: Profa. Sílvia Ramos (CESEC)

Semana 16 (30/06): Jornalismo prospectivo e o futuro das políticas públicas sociais como pauta.
Palestrante: Rosa Alegria (NEF-PUC/SP, NETCCON.ECO.UFRJ, Millennium/UNU)

Fabíola Ortiz
(21) 9938-0313
fabiola.ortizsantos@gmail.com

Feliz Páscoa

Clique na imagem para ver no tamanho original.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Para onde nos levarão os pessimistas?

Para onde nos levarão os pessimistas?

"Aos olhos de um pessimista tudo pode piorar ainda mais.
O otimista tem uma tendência de enxergar beleza onde os outros jamais conseguirão ver nada e procura tirar aprendizados das piores situações...
A tendência de um otimista é a de tentar construir relações saudáveis,
visões de mundo, novas parcerias, novos empreendimentos".
(Armando Ribeiro)

É fácil falar de pessimismo. Mas para falar de otimismo, é preciso superar-se para descobrir as razões que nos mantém vivos, dispostos a contribuir para um projeto de humanidade. É difícil manter-se otimista voltado sobre si mesmo. É impossível realizar-se plenamente como ser humano sem compartilhar de nossos anseios, desejos, vontades e crenças. Não somos felizes sozinhos, nem adianta tentar.

Não somos educados numa perspectiva altiva, criativa e empreendedora. Além disso, estamos contaminados por uma cultura do pessimismo, alimentada pela "falta de esperanças e perspectivas". Em tempo de poucas certezas, tememos pelo futuro. E então, a realidade cotidiana torna-se cada vez mais dura e difícil. Perdemos de vista os horizontes e aí parece que nada mais tem solução. E a vida, a mais complexa e fascinante das nossas construções, perde então sentido e razão de ser.

Os horizontes do ser humano são as utopias, os sonhos. E não dá para viver sem sonhar, porque os sonhos são o alimento de nossa alma. Quem deixa de sonhar perde sua sensibilidade de humano. Chamuscados em nossas identidades e horizontes, nossa luta é para sermos aceitos, acolhidos e amados. Viver bem é compreender-se bem e ser bem compreendido pelos outros, vivendo em relação recíproca e de trocas.

Diluíram-se as utopias revolucionárias, mas não acabaram os ideais de ser humano, mundo e humanidade. E, num mundo de ligeiras e complexas transformações, é necessário descobrir qual é a nossa parte a cumprir para mudar a realidade. O que posso fazer? Onde e como posso contribuir? Como manter viva a minha esperança e a esperança dos outros em dias melhores?

Os verdadeiros otimistas são lutadores, tomam posição diante das realidades humanas e mundanas, não compactuam com falsas ilusões e não acreditam que "tudo é de fácil solução". Descobriram que tem sua parte a cumprir, como aquele professor, da estória "Menina do Vestido Azul", de Gardel Costa.

Conta-se que havia um professor que resolveu que resolveu dar a uma de suas alunas um vestido azul. Ela, inteligente e encantadora, vinha mal vestida e desarrumada para a escola, todos os dias. De posse do vestido, seu pai e sua mãe perceberam, então, que já não combinava mais uma menina tão bem vestida, mas tão mal arrumada. Resolveram então arrumar a menina, dando-lhe banho e cuidado todos os dias. Dias depois, sua percepção os fez descobrir que já não combinava mais uma menina bem vestida e arrumada com uma casa suja e descuidada. Resolveram, então, arrumar sua casa, por dentro e por fora. Também os vizinhos percebendo a diferença da casa, resolveram arrumar melhor as suas, por dentro e por fora. Certo dia, um visitante percebeu que gente tão humilde e batalhadora era merecedora de uma ação governamental muito mais ousada e levou este pleito ao prefeito. O prefeito ordenou que o bairro recebesse melhorias, a partir da organização e definição de seus moradores.

Estória? Talvez, mas aquele professor não podia imaginar que a sua ação desencadeasse um processo de transformação no bairro onde moravam seus alunos. Ele fez bem a sua parte, porque tinha crença nas possibilidades de superação humanas. "É difícil reconstruir um bairro, mas é possível dar um vestido azul".

Os pessimistas talvez dirão que cada um fazer sua parte é ingenuidade, que não resolvemos o problema do mundo sem grandes revoluções. Não importa. O que importa é que todas as crianças pobres deste país merecem seu "vestido azul" e um olhar de esperança. Merecem oportunidades e um olhar afetuoso e acolhedor, muito antes de um olhar "incriminador".

Nei Alberto Pies, professor e militante de direitos humanos.