quarta-feira, 21 de maio de 2008

Publicação aborda questão agrária na atualidade

Publicação aborda questão agrária na atualidade

Como as transformações ocorridas no mundo em decorrência da globalização afetam o meio rural, as florestas, as águas e as sociedades do século 21? A publicação "Geografia Agrária - Teoria e Poder", da Editora Expressão Popular, analisa essa questão por meio de variados temas.
O livro, que teve apoio do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), é uma coletânea de trabalhos apresentados no final de 2005 em três eventos: o III Simpósio Nacional de Geografia Agrária, o II Simpósio Internacional de Geografia Agrária, e a Jornada Ariovaldo Umbelino de Oliveira. Neles estiveram reunidos alguns dos mais importantes teóricos sobre desenvolvimento no campo e geografia agrária, vindos do Brasil e de países como México, Estados Unidos e Zimbábue.

Todos os encontros foram organizados pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo (USP).

Na opinião de um dos organizadores da obra, Bernardo Mançano, o mundo rural, historicamente, foi colocado como secundário por parte de estudos e políticas. "Mas a realidade desafia constantemente essa 'secundarização'. Muitas das principais lutas históricas para a democratização de nosso país ocorreram no campo", ressalta.

Para o pesquisador, a partir da última década, o campo passou a ser mais valorizado pelo trabalho e pela luta da população camponesa e por estudos de cientistas sociais que fomentam políticas públicas para o desenvolvimento rural. "O campo é parte essencial, assim como a cidade, da formação do país", reforça. Daí a necessidade de discutir a questão agrária na atualidade.

Debates - Os artigos da publicação tratam, sob diversas perspectivas, das mudanças e formas de ação política no campo, por meio do debate de teorias e modelos já existentes de desenvolvimento. "A formação do agronegócio e a intensificação da resistência camponesa renovaram os conflitos entre estas duas forças. A questão agrária deste início de século possui elementos que a questão do fim do século passado não possuía. Por isso são mudanças conjunturais", explica Mançano.

Como os eventos, os artigos estão divididos em quatro partes: I - Conceitos e Políticas de Desenvolvimento: Teoria e Ideologias; II- Desenvolvimento neoliberal e lutas camponesas-indígenas na América Latina e na África; III- Questões sobre campesinato e desenvolvimento do campo e das florestas no Brasil; e IV- O pensamento de Ariovaldo Umbelino de Oliveira e a Geografia Agrária Crítica.

A primeira parte traz textos do geógrafo Richard Peet, de Jorge Montenegro Gómez e Élson Pires. Na segunda estão reunidos artigos de Armando Barra, Sam Moyo, Paris Yeros e Gerardo Otero. A terceira conta com trabalhos de Delma Pessanha Neves, Antonio Nivaldo Hespanhol e Silvio Simeone da Silva. A quarta parte é constituída de textos de Larissa Bombardi, Eliane Paulino, Rosemeire de Almeida e Carla Barbosa.

A publicação pode ser adquirida pelo site da Editora Expressão Popular.

* Há um exemplar do livro disponível na Biblioteca do Nead, para consulta no local (SBN Quadra 02, Bloco D, Loja 10, Edifício Sarkis, 2º subsolo - Asa Norte, Brasília).

Geografia Agrária - Teoria e Poder
Organizadores: Bernardo Mançano Fernandes, Marta Inez Medeiros Marques, Júlio César Suzuki
384 páginas
Editora Expressão Popular

Fonte: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural

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