terça-feira, 20 de maio de 2008

IBGE investigará as transformações no modo de viver

IBGE investigará as transformações no modo de viver

Os rendimentos e as aquisições das famílias brasileiras serão o foco da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009, que investigará a partir de 19 de maio deste ano até maio de 2009, 65 mil domicílios brasileiros espalhados pelo país, onde vivem aproximadamente 230 mil pessoas. A pesquisa demandará investimentos em equipamentos e na coleta das informações da ordem de R$ 23 milhões, parte destes recursos (43%) provenientes de convênio com o Banco Mundial e o Ministério da Saúde. A divulgação dos primeiros resultados está prevista para o final de 2009.
Além de apurar o peso e estatura de cada integrante do domicílio, a renda dos moradores, as despesas coletivas da família (água, luz, telefone) e individuais, a edição 2008/2009 da POF investigará a ingestão de alimentos dentro e fora do domicílio, o consumo de produtos orgânicos, light e diet, e a utilização de serviços e produtos que visam o desenvolvimento sustentável, como por exemplo, a separação e coleta seletiva de lixo e o uso de energia elétrica proveniente de fontes alternativas. Além disso, serão pesquisadas despesas relacionadas à saúde, turismo e cultura.
A duração da coleta da POF - um ano - é a maior entre todas as pesquisas do IBGE, com o objetivo de captar todos os hábitos de consumo observados ao longo do ano no Brasil. O tempo de coleta das informações - nove dias em cada casa - também é o maior do Instituto. Após selecionar os domicílios que serão visitados (amostra), o IBGE envia uma carta de apresentação e um folheto explicativo informando aos moradores sobre a pesquisa. A entrevista é feita, geralmente, durante quatro visitas, em dias distintos, com duração de aproximadamente 1h, dentro de um período de nove dias.
Realizada por 750 supervisores e agentes de pesquisa, a coleta é estruturada em quatro trimestres ao longo do ano, e em cada um são pesquisados 1.175 setores, de um total de 4.700 setores em todas as regiões do país. Nos setores urbanos, serão pesquisados 13 domicílios e nos rurais, 18 domicílios. O maior número de domicílios visitados situa-se em Minas Gerais (5.982), seguido por Espírito Santo (4.385), São Paulo (4.137) e Bahia (3.465). Embora sejam estados menos populosos, no Espírito Santo (4.385 domicílios) e em Alagoas (3.298 domicílios) serão visitados grande número de domicílios, o que se deve às características de cada estado em relação ao conjunto de variáveis utilizadas para definição dos tamanhos da amostra.
Uma das razões para a coleta da Pesquisa apresentar índice de recusa baixo, apenas 3% na última POF 2002/2003, de acordo com a coordenação da POF, é o investimento no treinamento dos pesquisadores, cujo foco é o compromisso com o informante, o que significa que os agentes de pesquisa têm flexibilidade para se adequar às necessidades do informante. Um dos principais desafios da coleta da pesquisa, a falta de tempo dos moradores, em razão de cumprirem longas jornadas de trabalho e estudo, é resolvida com a realização da entrevista à noite ou nos finais de semana, quando necessário.
Além do papel de retratar a sociedade por meio da renda, do consumo e das condições de vida, a POF dará subsídios para a avaliação do projeto do IBGE de criação de contas satélites de saúde, turismo e cultura (participação no PIB de cada um destes setores), e também, para a atualização da cesta de produtos dos Índices de Preços ao Consumidor produzidos pelo IBGE e seus respectivos pesos. Outro marco desta coleta da POF será a utilização de um desenho de amostra para seleção de setores e domicílios que visa integrar todas as pesquisas domiciliares do IBGE, como por exemplo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD e a Pesquisa Mensal de Empregos - PME.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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