Brasil só alcançará igualdade racial em 32 anos
políticas públicas: 120 anos após a abolição", divulgada ontemNegros ganham menos, trabalham mais sem carteira assinada e são a maioria em serviços domésticos, agricultura e construção civil. Segundo a pesquisa "Desigualdades raciais, racismo e pelo Ipea, o Brasil levaria no mínimo 32 anos para igualar salários de negros e brancos. Ao explicar o estudo, o diretor de cooperação de desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mário Lisboa Theodoro, enfatizou que "as políticas universais não são suficientes para resolver a questão racial". "A diferença entre brancos e negros com acesso à universidade triplicou, saindo de 4,3% em 1976 para 13% em 2006", disse. Theodoro informou que os pesquisadores do Ipea vêm se dedicando a estudar como nasce e se constitui o racismo. "Ao contrário dos EUA, por exemplo, que construíram escolas após o fim da escravidão, no Brasil historicamente não houve investimento de dinheiro público na população negra", afirma. Segundo o estudo, neste ano comemorativo de 120 anos de Abolição da Escravatura, a população negra deve alcançar a maioria. Mas permanece a desigualdade no acesso a bens, a serviços e a direitos fundamentais, como educação. Os pesquisadores analisaram variáveis agregadas para todo o país sobre população, escolaridade e renda e compararam por faixas etárias entre negros e brancos a partir de dados primários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O trabalho foi realizado por técnicos da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, entre eles Sergei Soares, Luciana Jaccoud e André Campos. O estudo completo vai virar livro a ser lançado pelo Instituto ainda neste ano.
O trabalho foi realizado por técnicos da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, entre eles Sergei Soares, Luciana Jaccoud e André Campos. O estudo completo vai virar livro a ser lançado pelo Instituto ainda neste ano.
Veja o texto integral da pesquisa
Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
Assessoria de Comunicação
(61) 3411.3349 / 2747
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