22º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei
11 a 19 de julho de 2009
11 a 19 de julho de 2009
Exposição sobre Grande Otelo, shows de Mart’nália e Guilherme Arantes e espetáculo Dolores são os destaques deste fim de semana
Começa quente, neste sábado (11) o 22º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei, que nesta edição homenageia o multiartista Grande Otelo. A abertura oficial da programação ocorre às 15 horas com o Cortejo “Brasil Otelo – Ode à Alegria”, que tem início no Largo da Igreja São Francisco de Assis, percorre várias ruas de São João del-Rei e é finalizado na Praça do Coreto. Participam do cortejo artistas da região como o Grupo Mucambo de Percussão, Boi Mofado e sua Trupe, Cia. Teatral ManiCômicos, Cia de Inventos, Banda Municipal Santa Cecília, interpretando Grande Otelo e Carmem Miranda, entre outros.
Veja a seguir mais detalhes da programação:
18 horas - Exposição Grande Otelo: Identidades em Trânsito
Estimular os sentidos e a emoção do público com instalações que remetem à trajetória multifacetada de um dos maiores nomes da arte brasileira é a expectativa da cenógrafa e arquiteta Márcia Moon, com a exposição “Grande Otelo: Identidades em Trânsito”, da qual é a curadora. A exposição será inaugurada neste sábado (11), às 18 horas, no Centro Cultural da UFSJ, abrindo oficialmente a 22ª edição do Inverno Cultural da UFSJ e dando início a uma maratona de nove dias de diversificados eventos artísticos e culturais. A exposição fica em cartaz até 10 de agosto. Os horários de visitação são de 8 às 20 horas. A entrada é franca.
Márcia Moon, que assina a exposição, diz que a homenagem será realizada através de uma “expografia” não didática, nem descritiva dessa grande personalidade. “A Universidade Federal de São João del-Rei tem como finalidade instigar o público a pesquisar sobre Grande Otelo e sua influência na cultura brasileira através dessa experiência sensorial”.
Quatro instalações compõem a exposição. Uma delas, a “Caras e Bocas”, faz referência ao caráter multifacetado de Otelo. Já a trajetória do artista é lembrada em “Túnel”, que mostra a infinidade de trabalhos que ele participou. “As outras duas instalações ressaltam a importância do ator no cinema brasileiro e a precocidade artística em sua infância”, diz Márcia. “São instalações que volumetricamente não possuem características de uma exposição informativa e com uma identidade visual gráfica de arte urbana, dando um tom contemporâneo a essa homenagem, fruto de uma parceria de muita sintonia e sensibilidade com a artista gráfica Olívia Lombardi”, destaca.
A cenógrafa conta que o espaço Caras e Bocas partiu de uma frase que Olívia selecionou do livro Grande Othelo em Preto e Branco (Marly Serafin & Mario Franco). “Trata-se de um mosaico tridimensional das expressões faciais do ator”, diz. Já o Túnel é uma instalação que retrata os trabalhos do artista com um jogo de espelhos que cria uma ilusão de ótica de um espaço infinito com vários cartazes de filmes e peças. “A idéia é mostrar a quantidade impressionante de trabalhos que Otelo tem em seu currículo”.
A flexibilidade do ator Otelo é o destaque da instalação sobre a trajetória cinematográfica do homenageado. De acordo com Márcia, a precocidade de Otelo, então Bastiãozinho, também será tema de uma das instalações.
20 horas - Cia. Mimulus de Dança retrata complexo universo de Almodóvar
Uma das apresentações da abertura do Festival que promete encantar o público é a encenação do espetáculo “Dolores”, da Cia. Mimulus de Dança, que acontece no Teatro Municipal (Avenida Hermínio Alves, 170 – Centro), às 20h.
O complexo, dramático, sensual, irônico e sarcástico universo do renomado cineasta espanhol Pedro Almodóvar serviu de inspiração para a criação de Dolores (das dores, das pequenas e ridículas dores). Ao contrário do que se possa imaginar – não é um encenação sobre a vida e a obra do cineasta, e sim um espetáculo de dança atrevido embalado pela trilha sonora dos filmes de Almodóvar.
Tradicionalmente levando ao público espetáculos construídos a partir de elementos da dança de salão, a Cia Mimulus enfrentou em Dolores o desafio de ousar em gestos e expressões corporais não permitidas nesta que é uma dança social. Para isso o grupo, que atuou coletivamente na pesquisa e criação, trazendo para a coreografia cenas ousadas, nas quais a sensualidade como é tratada por Almodóvar não poderia ser omitida, contou com a assessoria dos bailarinos e coreógrafos Mário Nascimento e Tíndaro Silvano.
Para levar o espectador ao universo do cinema, o cenário de Dolores traz tiras elásticas compondo uma quarta parede, como que distanciando o público da cena. “Dolores é compreensível para qualquer pessoa, independente de se conhecer ou não Almodóvar, que foi o instrumento para se chegar aonde chegamos, à mistura do drama com a comédia, a ambigüidade dos desejos e sentimentos e ao limite (tênue) entre o bom gosto e o cafona, entre o belo e o kitsch”, revela o diretor Jomar Mesquita.
22 horas - Mart’nália apresenta músicas do seu novo álbum Madrugada
O show da cantora e compositora Mart’nália é um dos destaques da abertura do Inverno Cultural. Em sua apresentação, a filha do sambista Martinho da Vila mostra as músicas do seu mais recente álbum Madrugada (o sétimo de sua carreira) e outros sucessos que marcaram a sua carreira como “Cabide”, de Ana Carolina, e versões de clássicos do samba.
Com produção musical dos craques Arthur Maia e Celso Fonseca e direção artística de Márcia Alvarez, Madrugada não é um “prosseguimento” ou uma “evolução” de Menino do Rio, álbum solar lançado por Mart’nália em 2005. Mais que isso, é seu oposto, seu complemento, o outro lado daquela mesma moeda. A própria cantora tem isso claro na cabeça. “Menino do Rio deu super certo e eu sentia no ar aquela expectativa: e agora, o que a Mart’nália vai fazer? Como vai superar esse disco?”, ela conta. “Decidi que não queria superar nada, mas seguir o caminho contrário. E fui.”
Um dos grandes momentos do show é dedicado à versão personalíssima da alegre Don’t Worry, Be Happy!”. No palco Mart’nália costuma brincar que é “num inglês de Vila Isabel” que ela canta os esperançosos versos originais de Bob McFerrin. Verteu outros para o português: “Relax que tudo fica diferente. Stress faz adoecer; amor, rejuvenescer. Sorria mais e leve a vida simplesmente”.
Guilherme Arantes é o grande destaque do domingo (12)
O segundo dia do 22º Inverno Cultural, domingo (12 de julho) também traz atrações populares na cidade vizinha de Barroso. É lá que o público vai poder conferir as mais conhecidas canções de Guilherme Arantes, um dos mais populares compositores da música brasileira. A apresentação do artista ocorrerá na Praça de Santana, em Barroso, às 22h. Neste show, Arantes destacará composições de seu mais novo disco “Lótus” e também do CD “Intimidades”.
“Lótus”, seu primeiro disco em quatro anos, traz 12 canções inéditas, em um trabalho que revela uma nova face do compositor. Em Vaivém – Amor de Carnaval e Verão de 59, o músico, em parceria com Nelson Motta, homenageia os 50 anos de “Chega de Saudade” e da turma da Bossa Nova. Em Salvador, Primavera e Outono, Guilherme Arantes se rende aos encantos da capital baiana, para onde se mudou de mala, cuia e piano, em 2000. A grande surpresa de “Lótus” está guardada para o final do disco: Tributo, uma forte mensagem contra o racismo declamada no melhor estilo hip hop.
“Intimidade” traz os grandes sucessos dos mais de 25 anos de carreira de Arantes: tem Planeta Água, hino ecológico de 1981, Cheia de Charme, Meu Mundo e Nada Mais, Lindo Balão Azul, Deixa Chover, Lance Legal, Coisas do Brasil, Pedacinhos, Brincar de Viver e vários outros.
E a programação de domingo não pára por aí. Confira abaixo todas as atrações:
· 15h - Cine Glória Shopping (Rua Ministro Gabriel Passos, 299): Mostra Itinerante Imagem dos Povos – São João del Rei - Filme: Guimba - França, 1995, 93 min
· 20h - Teatro Municipal (Avenida Hermínio Alves, 170 – Centro): Companhia 4compalito - “Quixote”. Adaptação livre da obra Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes. Dramaturgia: Júlio Vianna / Classificação: a partir de 10 anos.
· 20h30 – Teatro do Campus Santo Antônio (Praça Frei Orlando, 170 – Centro): Recital Violoncelo e Piano com Matias Oliveira e Viviane Taliberti
· 21h - Palco do Inverno (Av. Pres.Tancredo Neves – Centro): Show “Sábado ao vivo” com Bena Lobo
· 22h - Praça de Santana - Centro, em Barroso: Show com Guilherme Arantes
Fonte para entrevistas:
Marcos Vieira Silva
Pró-Reitor e coordenador geral do 22º Inverno Cultural da UFSJ
(32)3379-2503
22º Inverno Cultural da UFSJ
11 a 19 de julho de 2009
www.invernocultural.ufsj.edu.br
Assessoria de Imprensa:
Sinal de Fumaça – A comunicação original
Fone: (32) 3372 1755
e-mail: aline@sinaldefumaca.com.br
Sérgio Stockler (31) 9143-1001
Aline Ferreira (31) 8778-1774
Pollyanna Alcântara (31) 9752-4058
Começa quente, neste sábado (11) o 22º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei, que nesta edição homenageia o multiartista Grande Otelo. A abertura oficial da programação ocorre às 15 horas com o Cortejo “Brasil Otelo – Ode à Alegria”, que tem início no Largo da Igreja São Francisco de Assis, percorre várias ruas de São João del-Rei e é finalizado na Praça do Coreto. Participam do cortejo artistas da região como o Grupo Mucambo de Percussão, Boi Mofado e sua Trupe, Cia. Teatral ManiCômicos, Cia de Inventos, Banda Municipal Santa Cecília, interpretando Grande Otelo e Carmem Miranda, entre outros.
Veja a seguir mais detalhes da programação:
18 horas - Exposição Grande Otelo: Identidades em Trânsito
Estimular os sentidos e a emoção do público com instalações que remetem à trajetória multifacetada de um dos maiores nomes da arte brasileira é a expectativa da cenógrafa e arquiteta Márcia Moon, com a exposição “Grande Otelo: Identidades em Trânsito”, da qual é a curadora. A exposição será inaugurada neste sábado (11), às 18 horas, no Centro Cultural da UFSJ, abrindo oficialmente a 22ª edição do Inverno Cultural da UFSJ e dando início a uma maratona de nove dias de diversificados eventos artísticos e culturais. A exposição fica em cartaz até 10 de agosto. Os horários de visitação são de 8 às 20 horas. A entrada é franca.
Márcia Moon, que assina a exposição, diz que a homenagem será realizada através de uma “expografia” não didática, nem descritiva dessa grande personalidade. “A Universidade Federal de São João del-Rei tem como finalidade instigar o público a pesquisar sobre Grande Otelo e sua influência na cultura brasileira através dessa experiência sensorial”.
Quatro instalações compõem a exposição. Uma delas, a “Caras e Bocas”, faz referência ao caráter multifacetado de Otelo. Já a trajetória do artista é lembrada em “Túnel”, que mostra a infinidade de trabalhos que ele participou. “As outras duas instalações ressaltam a importância do ator no cinema brasileiro e a precocidade artística em sua infância”, diz Márcia. “São instalações que volumetricamente não possuem características de uma exposição informativa e com uma identidade visual gráfica de arte urbana, dando um tom contemporâneo a essa homenagem, fruto de uma parceria de muita sintonia e sensibilidade com a artista gráfica Olívia Lombardi”, destaca.
A cenógrafa conta que o espaço Caras e Bocas partiu de uma frase que Olívia selecionou do livro Grande Othelo em Preto e Branco (Marly Serafin & Mario Franco). “Trata-se de um mosaico tridimensional das expressões faciais do ator”, diz. Já o Túnel é uma instalação que retrata os trabalhos do artista com um jogo de espelhos que cria uma ilusão de ótica de um espaço infinito com vários cartazes de filmes e peças. “A idéia é mostrar a quantidade impressionante de trabalhos que Otelo tem em seu currículo”.
A flexibilidade do ator Otelo é o destaque da instalação sobre a trajetória cinematográfica do homenageado. De acordo com Márcia, a precocidade de Otelo, então Bastiãozinho, também será tema de uma das instalações.
20 horas - Cia. Mimulus de Dança retrata complexo universo de Almodóvar
Uma das apresentações da abertura do Festival que promete encantar o público é a encenação do espetáculo “Dolores”, da Cia. Mimulus de Dança, que acontece no Teatro Municipal (Avenida Hermínio Alves, 170 – Centro), às 20h.
O complexo, dramático, sensual, irônico e sarcástico universo do renomado cineasta espanhol Pedro Almodóvar serviu de inspiração para a criação de Dolores (das dores, das pequenas e ridículas dores). Ao contrário do que se possa imaginar – não é um encenação sobre a vida e a obra do cineasta, e sim um espetáculo de dança atrevido embalado pela trilha sonora dos filmes de Almodóvar.
Tradicionalmente levando ao público espetáculos construídos a partir de elementos da dança de salão, a Cia Mimulus enfrentou em Dolores o desafio de ousar em gestos e expressões corporais não permitidas nesta que é uma dança social. Para isso o grupo, que atuou coletivamente na pesquisa e criação, trazendo para a coreografia cenas ousadas, nas quais a sensualidade como é tratada por Almodóvar não poderia ser omitida, contou com a assessoria dos bailarinos e coreógrafos Mário Nascimento e Tíndaro Silvano.
Para levar o espectador ao universo do cinema, o cenário de Dolores traz tiras elásticas compondo uma quarta parede, como que distanciando o público da cena. “Dolores é compreensível para qualquer pessoa, independente de se conhecer ou não Almodóvar, que foi o instrumento para se chegar aonde chegamos, à mistura do drama com a comédia, a ambigüidade dos desejos e sentimentos e ao limite (tênue) entre o bom gosto e o cafona, entre o belo e o kitsch”, revela o diretor Jomar Mesquita.
22 horas - Mart’nália apresenta músicas do seu novo álbum Madrugada
O show da cantora e compositora Mart’nália é um dos destaques da abertura do Inverno Cultural. Em sua apresentação, a filha do sambista Martinho da Vila mostra as músicas do seu mais recente álbum Madrugada (o sétimo de sua carreira) e outros sucessos que marcaram a sua carreira como “Cabide”, de Ana Carolina, e versões de clássicos do samba.
Com produção musical dos craques Arthur Maia e Celso Fonseca e direção artística de Márcia Alvarez, Madrugada não é um “prosseguimento” ou uma “evolução” de Menino do Rio, álbum solar lançado por Mart’nália em 2005. Mais que isso, é seu oposto, seu complemento, o outro lado daquela mesma moeda. A própria cantora tem isso claro na cabeça. “Menino do Rio deu super certo e eu sentia no ar aquela expectativa: e agora, o que a Mart’nália vai fazer? Como vai superar esse disco?”, ela conta. “Decidi que não queria superar nada, mas seguir o caminho contrário. E fui.”
Um dos grandes momentos do show é dedicado à versão personalíssima da alegre Don’t Worry, Be Happy!”. No palco Mart’nália costuma brincar que é “num inglês de Vila Isabel” que ela canta os esperançosos versos originais de Bob McFerrin. Verteu outros para o português: “Relax que tudo fica diferente. Stress faz adoecer; amor, rejuvenescer. Sorria mais e leve a vida simplesmente”.
Guilherme Arantes é o grande destaque do domingo (12)
O segundo dia do 22º Inverno Cultural, domingo (12 de julho) também traz atrações populares na cidade vizinha de Barroso. É lá que o público vai poder conferir as mais conhecidas canções de Guilherme Arantes, um dos mais populares compositores da música brasileira. A apresentação do artista ocorrerá na Praça de Santana, em Barroso, às 22h. Neste show, Arantes destacará composições de seu mais novo disco “Lótus” e também do CD “Intimidades”.
“Lótus”, seu primeiro disco em quatro anos, traz 12 canções inéditas, em um trabalho que revela uma nova face do compositor. Em Vaivém – Amor de Carnaval e Verão de 59, o músico, em parceria com Nelson Motta, homenageia os 50 anos de “Chega de Saudade” e da turma da Bossa Nova. Em Salvador, Primavera e Outono, Guilherme Arantes se rende aos encantos da capital baiana, para onde se mudou de mala, cuia e piano, em 2000. A grande surpresa de “Lótus” está guardada para o final do disco: Tributo, uma forte mensagem contra o racismo declamada no melhor estilo hip hop.
“Intimidade” traz os grandes sucessos dos mais de 25 anos de carreira de Arantes: tem Planeta Água, hino ecológico de 1981, Cheia de Charme, Meu Mundo e Nada Mais, Lindo Balão Azul, Deixa Chover, Lance Legal, Coisas do Brasil, Pedacinhos, Brincar de Viver e vários outros.
E a programação de domingo não pára por aí. Confira abaixo todas as atrações:
· 15h - Cine Glória Shopping (Rua Ministro Gabriel Passos, 299): Mostra Itinerante Imagem dos Povos – São João del Rei - Filme: Guimba - França, 1995, 93 min
· 20h - Teatro Municipal (Avenida Hermínio Alves, 170 – Centro): Companhia 4compalito - “Quixote”. Adaptação livre da obra Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes. Dramaturgia: Júlio Vianna / Classificação: a partir de 10 anos.
· 20h30 – Teatro do Campus Santo Antônio (Praça Frei Orlando, 170 – Centro): Recital Violoncelo e Piano com Matias Oliveira e Viviane Taliberti
· 21h - Palco do Inverno (Av. Pres.Tancredo Neves – Centro): Show “Sábado ao vivo” com Bena Lobo
· 22h - Praça de Santana - Centro, em Barroso: Show com Guilherme Arantes
Fonte para entrevistas:
Marcos Vieira Silva
Pró-Reitor e coordenador geral do 22º Inverno Cultural da UFSJ
(32)3379-2503
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