Diferença entre iguais
A chuva que caiu sobre Brasília na noite de (quarta-feira) dia 17 de dezembro de 2008, não impediu que mais de mil pessoas fossem à tenda instalada na área externa do Complexo Cultural da Funarte para participar da festa comemorativa dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Marcada para ter início às 20h, só começou uma hora e meia depois. Quem tinha “direito a pulseirinha”, pôde usufruir, na área vip, de um coquetel de primeira, com direito a suco, refrigerante, cerveja, uísque, espumante, vinho, canapés e comidinhas elaborados por bufê de grife da cidade. Garçons atenciosos serviam autoridades e convidados. Os artistas que, em seguida, participariam do show intitulado Direitos humanos: iguais na diferença, antes de subirem ao palco, igualmente bem servidos, mantiveram-se em seus camarins.
À galera que estava na capital, vinda de várias regiões do país, para tomar parte no 11º Conferência Nacional dos Direitos Humanos, não foram oferecidas mordomias. Sem perder o entusiasmo, se abasteceu de muita cerveja com os ambulantes. Não faltavam casais, militantes do movimento gay empunhando bandeiras com as cores do arco-íris. Quando o espetáculo começou, exigiram aos berros que a cerca que os dividia dos que tinham “mais direito” fosse retirada. Pelo menos isso conseguiram. Demonstrando que estavam ali para se divertir, aplaudiram calorosamente as performances de Antônio Nóbrega e Hamilton de Holanda, foram respeitosos com Sérgio Ricardo, caíram na farra no embalo dos frevos de Moraes Moreira e Elba Ramalho, e do samba de Beth Carvalho. Ao final se deram as mãos e fizeram uma grande roda para dançar ciranda, numa bela e emocionante celebração.
Irlam Rocha Lima
Foto: Monique Renne/CB/D.A Press
A chuva que caiu sobre Brasília na noite de (quarta-feira) dia 17 de dezembro de 2008, não impediu que mais de mil pessoas fossem à tenda instalada na área externa do Complexo Cultural da Funarte para participar da festa comemorativa dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Marcada para ter início às 20h, só começou uma hora e meia depois. Quem tinha “direito a pulseirinha”, pôde usufruir, na área vip, de um coquetel de primeira, com direito a suco, refrigerante, cerveja, uísque, espumante, vinho, canapés e comidinhas elaborados por bufê de grife da cidade. Garçons atenciosos serviam autoridades e convidados. Os artistas que, em seguida, participariam do show intitulado Direitos humanos: iguais na diferença, antes de subirem ao palco, igualmente bem servidos, mantiveram-se em seus camarins.
À galera que estava na capital, vinda de várias regiões do país, para tomar parte no 11º Conferência Nacional dos Direitos Humanos, não foram oferecidas mordomias. Sem perder o entusiasmo, se abasteceu de muita cerveja com os ambulantes. Não faltavam casais, militantes do movimento gay empunhando bandeiras com as cores do arco-íris. Quando o espetáculo começou, exigiram aos berros que a cerca que os dividia dos que tinham “mais direito” fosse retirada. Pelo menos isso conseguiram. Demonstrando que estavam ali para se divertir, aplaudiram calorosamente as performances de Antônio Nóbrega e Hamilton de Holanda, foram respeitosos com Sérgio Ricardo, caíram na farra no embalo dos frevos de Moraes Moreira e Elba Ramalho, e do samba de Beth Carvalho. Ao final se deram as mãos e fizeram uma grande roda para dançar ciranda, numa bela e emocionante celebração.
Irlam Rocha Lima
Foto: Monique Renne/CB/D.A Press
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