FAO lança relatório "Perspectivas de colheitas e situação dos alimentos"
O relatório da FAO "Perspectivas de Colheitas e Situação dos Alimentos", lançado em 19 de dezembro de 2008, confirma que em 2008 foi alcançado novo recorde na produção mundial de cereais, suficiente para cobrir o aumento de demanda previsto para 2008/2009 e também para permitir uma moderada recuperação dos estoques mundiais.
A maior parte do aumento da produção este ano se deu nos países desenvolvidos, com uma subida apenas marginal nos países em desenvolvimento. Nesse último grupo de países, o maior crescimento da produção foi nos países de baixa renda e com déficit de alimentos, em especial naqueles em que a produção agrícola teve ajuda governamental.
Os preços internacionais dos cereais continuaram caindo nos últimos meses. Nas duas primeiras semanas de dezembro, os preços do trigo e dos cereais secundários ficaram em média respectivamente 40% e 20% mais baixos que em dezembro do ano passado.
Apesar da queda, os preços dos alimentos continuam altos nos países em desenvolvimento, e em vários deles estão subindo, o que afeta a segurança alimentar de uma grande parte da população vulnerável. No Afeganistão, Eritreia, Etiópia e Senegal, os preços dos alimentos básicos duplicaram em um ano.
Em vários dos principais países produtores da Europa e América do Norte, houve redução do plantio de trigo de inverno para a colheita de 2009, reflexo dos baixos preços internacionais e das perspectivas de uma menor demanda devido à crise econômica mundial e ao elevado preço dos insumos.
Na África meridional, onde a situação alimentar é delicada pela escassa colheita do ano passado em vários países e pela persistência dos preços elevados dos alimentos, o começo tardio da temporada de chuvas 2008/09 e a previsão de um menor plantio no principal produtora da região, a África do Sul, podem afetar de forma negativa a produção de 2009.
Na África ocidental, a colheita de cereais está sendo recorde em 2008, em particular nos países do Saara, onde se estima que a produção conjunta aumentou em um terço em relação a 2007. Esse aumento é reflexo das boas condições meteorológicas e das medidas de apoio à produção.
Na África oriental, a temporada curta de chuvas desde outubro foi muito favorável para as zonas de pasto e agrícolas, incluindo a Somália central e meridional, o noroeste do Quênia e o sudeste da Etiópia, onde milhões de pessoas sofreram graves problemas alimentares devido a uma série continuada de más temporadas agrícolas.
Apesar de uma melhora das perspectivas para o abastecimento mundial de cereais em 2008/09, se calcula que em todo o mundo 33 países necessitarão de ajuda exterior como resultado de más colheitas, conflitos ou insegurança e dos elevados preços locais.
No Zimbabwe, onde se estima que 5,1 milhões de pessoas não tenham acesso aos alimentos, um recente surto de cólera é mais um grave problema para a saúde e a nutrição da população vulnerável. Na Coréia do Norte, cerca de 8,7 milhões de pessoas - 40% da população - necessitam de ajuda alimentar com urgência.
Relatório completo:
http://www.fao.org/docrep/011/ai476e/ai476e00.htm
Informações
Representação da FAO no Brasil
Isabela Dutra
(55 61) 3038 2270
isabela.dutra@fao.org
Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
Assessoria de Comunicação
(61) 3411.3349 / 2747
www.presidencia.gov.br/consea
ascom@consea.planalto.gov.br
O relatório da FAO "Perspectivas de Colheitas e Situação dos Alimentos", lançado em 19 de dezembro de 2008, confirma que em 2008 foi alcançado novo recorde na produção mundial de cereais, suficiente para cobrir o aumento de demanda previsto para 2008/2009 e também para permitir uma moderada recuperação dos estoques mundiais.
A maior parte do aumento da produção este ano se deu nos países desenvolvidos, com uma subida apenas marginal nos países em desenvolvimento. Nesse último grupo de países, o maior crescimento da produção foi nos países de baixa renda e com déficit de alimentos, em especial naqueles em que a produção agrícola teve ajuda governamental.
Os preços internacionais dos cereais continuaram caindo nos últimos meses. Nas duas primeiras semanas de dezembro, os preços do trigo e dos cereais secundários ficaram em média respectivamente 40% e 20% mais baixos que em dezembro do ano passado.
Apesar da queda, os preços dos alimentos continuam altos nos países em desenvolvimento, e em vários deles estão subindo, o que afeta a segurança alimentar de uma grande parte da população vulnerável. No Afeganistão, Eritreia, Etiópia e Senegal, os preços dos alimentos básicos duplicaram em um ano.
Em vários dos principais países produtores da Europa e América do Norte, houve redução do plantio de trigo de inverno para a colheita de 2009, reflexo dos baixos preços internacionais e das perspectivas de uma menor demanda devido à crise econômica mundial e ao elevado preço dos insumos.
Na África meridional, onde a situação alimentar é delicada pela escassa colheita do ano passado em vários países e pela persistência dos preços elevados dos alimentos, o começo tardio da temporada de chuvas 2008/09 e a previsão de um menor plantio no principal produtora da região, a África do Sul, podem afetar de forma negativa a produção de 2009.
Na África ocidental, a colheita de cereais está sendo recorde em 2008, em particular nos países do Saara, onde se estima que a produção conjunta aumentou em um terço em relação a 2007. Esse aumento é reflexo das boas condições meteorológicas e das medidas de apoio à produção.
Na África oriental, a temporada curta de chuvas desde outubro foi muito favorável para as zonas de pasto e agrícolas, incluindo a Somália central e meridional, o noroeste do Quênia e o sudeste da Etiópia, onde milhões de pessoas sofreram graves problemas alimentares devido a uma série continuada de más temporadas agrícolas.
Apesar de uma melhora das perspectivas para o abastecimento mundial de cereais em 2008/09, se calcula que em todo o mundo 33 países necessitarão de ajuda exterior como resultado de más colheitas, conflitos ou insegurança e dos elevados preços locais.
No Zimbabwe, onde se estima que 5,1 milhões de pessoas não tenham acesso aos alimentos, um recente surto de cólera é mais um grave problema para a saúde e a nutrição da população vulnerável. Na Coréia do Norte, cerca de 8,7 milhões de pessoas - 40% da população - necessitam de ajuda alimentar com urgência.
Relatório completo:
http://www.fao.org/docrep/011/ai476e/ai476e00.htm
Informações
Representação da FAO no Brasil
Isabela Dutra
(55 61) 3038 2270
isabela.dutra@fao.org
Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
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