terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tuim de Asa-Amarela, Chiriri, no Ninho


Diego Hypólito, com o rosto mais maduro, traz em si o que Ícaro desevaja:voar.Não lhe vemos as asas, mas as advinhamos, invisíveis ...E Diego tem os louros gregos dos vencedores, sobre a fronte.

Nessa foto, ele está nas provas,de cabeça para baixo, qual um papagaio, um perequito bem brasileiro, penas e penugens verde-amarelas...


Para ele, o poema IV da série Alegorias do NINHO

Tuim de Asa-Amarela, Chiriri, no Ninho

Clevane Pessoa de Araújo Lopes(*).

Voas, não és ave, nem colocaste asas de cera qual Ícaro.
Leve, quanse sem peso,ousas enfrentar as leis da gravidade.
Ora és colibri incansável, ora irriquieto tuim verde-de-asa-amarela,
cabeça para baixo, cabeça para cima,
olhar seguro de quem sofreu
todos os inquietantes treinos e algo mais.
A ave mais rápida ,o gavião peregrino, talvez te inveje,
pois não serás jamais rapineiro.
Mas és célere, preciso,tenaz ,corajoso.
E és mais belo e tens o dom de , em muitos momentos,
ser apenas pena,
levíssimo, em pianíssimo
- e noutras, em alegreto, trinas
e os sensíveis te ouvem e aplaudem.

Se és homem,metade ave, não sabemos.

Mas nossa alma brasileira sabe de ti,
do que és e alcançaste,
e freme por ti.

(*) Poeta Honoris causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa

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