Nota de solidariedade aos presos na ocupação da CVRD
A coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra vem a público manifestar sua solidariedade aos 126 manifestantes de movimentos sociais e estudantis, que na tarde do dia 22 de agosto, em Belo Horizonte (MG), foram presos quando ocupavam um prédio da Ferrovia Centro Atlântica que tem como acionista principal a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
A ação foi organizada por estudantes, professores e membros de movimentos sociais participantes da Jornada de Luta pela Educação, junto com outras organizações e movimentos que queriam chamar a atenção para a realização do Plebiscito Popular que acontecerá de 1 a 7 de setembro em todo o Brasil, no qual se pede que governo e judiciário anulem a privatização da Vale, realizada pelo governo FHC.
A ação da Polícia Militar, atendendo pedido da CVRD, foi rápida, e os manifestantes estão sendo acusados de terem feito reféns dois funcionários da empresa e de crime contra o patrimônio, pois a porta de entrada do prédio teria sido quebrada.
A Vale divulgou nota pública sobre os fatos. Impressiona na nota os preconceitos da Vale contra os jovens e as mulheres. A empresa atribui toda a responsabilidade pelos atos ao MST e ao MAB, e os acusa de manipular crianças, mulheres e estudantes para seus objetivos. Esquece-se da capacidade dos jovens, sobretudo dos movimentos estudantis, de liderarem grandes ações no cenário brasileiro, como nossa história registra.
Desconhece a capacidade de tantas mulheres que desempenharam e desempenham importantes funções públicas e lideraram movimentos históricos. A prisão dos manifestantes ocorreu exatamente quando em Brasília, mais de 35.000 mulheres participavam da Marcha das Margaridas, lembrando a figura destemida de Margarida Maria Alves, assassinada por defender os direitos de homens e mulheres campo, na Paraíba.
Por fim é de se destacar na Nota que a Vale usa do "apoio" que dá aos governos para reclamar a defesa de seu patrimônio e de suas empresas "A CVRD acredita na Justiça, na polícia e nos governos locais e federal, a quem temos apoiado incessantemente com o nosso trabalho..."
O que a Companhia Vale do Rio Doce quer é criar fatos para se contrapor ao grande movimento em torno ao Plebiscito que propõe a anulação da privatização deste patrimônio do povo brasileiro. Por isto também está desenvolvendo maciça campanha publicitária com os lucros que aufere da exploração das riquezas da nação, ilicitamente tornadas privadas, para dizer "o que vale para o Brasil". Enquanto isso nós dizemos que Isso não Vale. Queremos participação nos destinos da Nação.
Nosso apoio e solidariedade com os que foram presos, com a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública, da qual a CPT faz parte e assina o documento de reivindicação, e com tantas outras lutas que acontecem em todo o Brasil vai se concretizar na participação ativa no Plebiscito Popular na Semana da Pátria.
Goiânia, 24 de agosto de 2007
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra
Assessoria de Comunicação
Comissão Pastoral da Terra
Secretaria Nacional - Goiânia, Goiás.
Fone: 62 4008-6406/6412/6200
com Frei Gilvander Moreira, cel. 031 9162 7970.
http://www.cptnacional.org.br/
A coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra vem a público manifestar sua solidariedade aos 126 manifestantes de movimentos sociais e estudantis, que na tarde do dia 22 de agosto, em Belo Horizonte (MG), foram presos quando ocupavam um prédio da Ferrovia Centro Atlântica que tem como acionista principal a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
A ação foi organizada por estudantes, professores e membros de movimentos sociais participantes da Jornada de Luta pela Educação, junto com outras organizações e movimentos que queriam chamar a atenção para a realização do Plebiscito Popular que acontecerá de 1 a 7 de setembro em todo o Brasil, no qual se pede que governo e judiciário anulem a privatização da Vale, realizada pelo governo FHC.
A ação da Polícia Militar, atendendo pedido da CVRD, foi rápida, e os manifestantes estão sendo acusados de terem feito reféns dois funcionários da empresa e de crime contra o patrimônio, pois a porta de entrada do prédio teria sido quebrada.
A Vale divulgou nota pública sobre os fatos. Impressiona na nota os preconceitos da Vale contra os jovens e as mulheres. A empresa atribui toda a responsabilidade pelos atos ao MST e ao MAB, e os acusa de manipular crianças, mulheres e estudantes para seus objetivos. Esquece-se da capacidade dos jovens, sobretudo dos movimentos estudantis, de liderarem grandes ações no cenário brasileiro, como nossa história registra.
Desconhece a capacidade de tantas mulheres que desempenharam e desempenham importantes funções públicas e lideraram movimentos históricos. A prisão dos manifestantes ocorreu exatamente quando em Brasília, mais de 35.000 mulheres participavam da Marcha das Margaridas, lembrando a figura destemida de Margarida Maria Alves, assassinada por defender os direitos de homens e mulheres campo, na Paraíba.
Por fim é de se destacar na Nota que a Vale usa do "apoio" que dá aos governos para reclamar a defesa de seu patrimônio e de suas empresas "A CVRD acredita na Justiça, na polícia e nos governos locais e federal, a quem temos apoiado incessantemente com o nosso trabalho..."
O que a Companhia Vale do Rio Doce quer é criar fatos para se contrapor ao grande movimento em torno ao Plebiscito que propõe a anulação da privatização deste patrimônio do povo brasileiro. Por isto também está desenvolvendo maciça campanha publicitária com os lucros que aufere da exploração das riquezas da nação, ilicitamente tornadas privadas, para dizer "o que vale para o Brasil". Enquanto isso nós dizemos que Isso não Vale. Queremos participação nos destinos da Nação.
Nosso apoio e solidariedade com os que foram presos, com a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública, da qual a CPT faz parte e assina o documento de reivindicação, e com tantas outras lutas que acontecem em todo o Brasil vai se concretizar na participação ativa no Plebiscito Popular na Semana da Pátria.
Goiânia, 24 de agosto de 2007
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra
Assessoria de Comunicação
Comissão Pastoral da Terra
Secretaria Nacional - Goiânia, Goiás.
Fone: 62 4008-6406/6412/6200
com Frei Gilvander Moreira, cel. 031 9162 7970.
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