Carlos Farias e Lavadeiras levantaram o público no Conexão Vivo
O cantor/compositor Carlos Farias e as Lavadeiras de Almenara participaram do Conexão Vivo, um dos mais importantes festivais de música do país, realizando apresentações memoráveis em Belo Horizonte (25 de abril), Ouro Preto (30 de abril) e Juiz de Fora (07 de maio). Na capital de todos os mineiros o grupo se apresentou na Praça da Liberdade, tendo como convidado especial o extraordinário Saulo Laranjeira. Ele dividiu os vocais com Carlos Farias e as lavadeiras nas canções “Beira mar da Vigia”, “Fruto do Norte”, “Cálix Bento” e ainda brindou a platéia com os personagens Veia Messina e José da Silva Pereira.
Na antiga Vila Rica e em Juiz de Fora o convidado especial foi o violeiro Chico Lobo. Ele também contribuiu para o enriquecimento da performance do grupo, com a sua música e simpatia. Além do espetáculo musical (ao som de violões, sopros e percussões), as Lavadeiras e Carlos Farias realizaram a palestra/oficina “conversa de lavadeira” nas três cidades, integrando o público em ações que valorizam a cultura brasileira, a cidadania e a responsabilidade sócio ambiental. O projeto contou com o patrocínio da Vivo, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
A arte das lavadeiras vira exemplo para artistas e pesquisadores
Fundado em 1991, por sugestão do então prefeito Roberto Martins Magno, o Coral das Lavadeiras de Almenara encontrou no cantor e pesquisador cultural Carlos Farias o estímulo e a parceria necessária para se transformar em um dos mais importantes grupos de cultura popular do Brasil. Juntos já se apresentaram em Portugal (2002), Espanha (Expo Zaragoza 2008) e em várias cidades brasileiras, cantando um repertório de canções de domínio público recolhidas nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri: batuques, sambas de roda, modinhas, rezas e toadas. São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, revelando influências africanas, indígenas e portuguesas. Suas histórias de vida comovem e estimulam platéias de todas as idades.
Segundo Carlos Farias, a vida e a arte das lavadeiras se transformaram em objeto de estudo para estudantes, professores e artistas de todo o Brasil, além de influenciar e colaborar para o surgimento de outras manifestações semelhantes em outras regiões do país. Além da dissertação da professora Sâmara de Atayde, publicada na UERJ em 2008, na qual compara a música das lavadeiras com as cantigas de amigo galaico-portuguesas da Idade Média, outras dissertações e monografias já foram concluídas ou estão em curso, enfocando diferentes aspectos desse trabalho. Para a professora Nilza Maria Pacheco Borges, da Universidade Federal de São João Del Rey, que também está concluindo o seu mestrado com uma dissertação sobre a música das lavadeiras de Almenara, “trata-se de um grupo de referência educacional, que merece ser considerado e inserido nas universidades e nas escolas em geral, como exemplo de inclusão social e cidadania”.
O futuro do grupo: em busca de sustentabilidade
Ainda segundo Carlos, quando iniciou esse trabalho, em 1991, não imaginava que houvesse tamanha repercussão. Entretanto, com a globalização e o advento da internet, houve uma crescente valorização da cultura em todo o mundo. Ela passou a ser vista como ferramenta estratégica para a inclusão e a geração de renda, dialogando diretamente com as outras áreas. No Brasil, essa mudança de paradigma resultou no surgimento do marketing cultural, das leis de incentivo e na proposição de um Plano Nacional de Cultura, por parte do atual governo, no qual a cultura é vista na sua dimensão simbólica, econômica e cidadã. Nesse contexto, o seu trabalho artístico com as lavadeiras ganhou visibilidade. Juntos gravaram os antológicos Cd-livros “Batukim Brasileiro” e “Aqua” e agora buscam parceria para a gravação de um terceiro volume contendo outras canções de domínio público, ainda inéditas em disco.
“A nossa luta é pela sustentabilidade. As leis de incentivo são um forte aliado, porém nem sempre é possível captar recursos para os projetos. Entretanto, a nossa responsabilidade cresce a cada ano. Uma de nossas grandes alegrias foi o surgimento do coral infantil “Lavadeirinhas de Almenara”, formado por netas e bisnetas das lavadeiras, uma beleza, que precisa ser apoiado pela comunidade almenarense. Acho que ninguém fez mais pela cidade do que essas mulheres. Elas colocaram Almenara no cenário artístico brasileiro e mundial. Merecem carinho, respeito e reconhecimento”, conclui.
Contatos para shows, palestras e aquisição de discos:
(31) 9943-3414.
Outras informações no site:
http://www.coraldaslavadeiras.com.br/
O cantor/compositor Carlos Farias e as Lavadeiras de Almenara participaram do Conexão Vivo, um dos mais importantes festivais de música do país, realizando apresentações memoráveis em Belo Horizonte (25 de abril), Ouro Preto (30 de abril) e Juiz de Fora (07 de maio). Na capital de todos os mineiros o grupo se apresentou na Praça da Liberdade, tendo como convidado especial o extraordinário Saulo Laranjeira. Ele dividiu os vocais com Carlos Farias e as lavadeiras nas canções “Beira mar da Vigia”, “Fruto do Norte”, “Cálix Bento” e ainda brindou a platéia com os personagens Veia Messina e José da Silva Pereira.
Na antiga Vila Rica e em Juiz de Fora o convidado especial foi o violeiro Chico Lobo. Ele também contribuiu para o enriquecimento da performance do grupo, com a sua música e simpatia. Além do espetáculo musical (ao som de violões, sopros e percussões), as Lavadeiras e Carlos Farias realizaram a palestra/oficina “conversa de lavadeira” nas três cidades, integrando o público em ações que valorizam a cultura brasileira, a cidadania e a responsabilidade sócio ambiental. O projeto contou com o patrocínio da Vivo, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
A arte das lavadeiras vira exemplo para artistas e pesquisadores
Fundado em 1991, por sugestão do então prefeito Roberto Martins Magno, o Coral das Lavadeiras de Almenara encontrou no cantor e pesquisador cultural Carlos Farias o estímulo e a parceria necessária para se transformar em um dos mais importantes grupos de cultura popular do Brasil. Juntos já se apresentaram em Portugal (2002), Espanha (Expo Zaragoza 2008) e em várias cidades brasileiras, cantando um repertório de canções de domínio público recolhidas nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri: batuques, sambas de roda, modinhas, rezas e toadas. São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, revelando influências africanas, indígenas e portuguesas. Suas histórias de vida comovem e estimulam platéias de todas as idades.
Segundo Carlos Farias, a vida e a arte das lavadeiras se transformaram em objeto de estudo para estudantes, professores e artistas de todo o Brasil, além de influenciar e colaborar para o surgimento de outras manifestações semelhantes em outras regiões do país. Além da dissertação da professora Sâmara de Atayde, publicada na UERJ em 2008, na qual compara a música das lavadeiras com as cantigas de amigo galaico-portuguesas da Idade Média, outras dissertações e monografias já foram concluídas ou estão em curso, enfocando diferentes aspectos desse trabalho. Para a professora Nilza Maria Pacheco Borges, da Universidade Federal de São João Del Rey, que também está concluindo o seu mestrado com uma dissertação sobre a música das lavadeiras de Almenara, “trata-se de um grupo de referência educacional, que merece ser considerado e inserido nas universidades e nas escolas em geral, como exemplo de inclusão social e cidadania”.
O futuro do grupo: em busca de sustentabilidade
Ainda segundo Carlos, quando iniciou esse trabalho, em 1991, não imaginava que houvesse tamanha repercussão. Entretanto, com a globalização e o advento da internet, houve uma crescente valorização da cultura em todo o mundo. Ela passou a ser vista como ferramenta estratégica para a inclusão e a geração de renda, dialogando diretamente com as outras áreas. No Brasil, essa mudança de paradigma resultou no surgimento do marketing cultural, das leis de incentivo e na proposição de um Plano Nacional de Cultura, por parte do atual governo, no qual a cultura é vista na sua dimensão simbólica, econômica e cidadã. Nesse contexto, o seu trabalho artístico com as lavadeiras ganhou visibilidade. Juntos gravaram os antológicos Cd-livros “Batukim Brasileiro” e “Aqua” e agora buscam parceria para a gravação de um terceiro volume contendo outras canções de domínio público, ainda inéditas em disco.
“A nossa luta é pela sustentabilidade. As leis de incentivo são um forte aliado, porém nem sempre é possível captar recursos para os projetos. Entretanto, a nossa responsabilidade cresce a cada ano. Uma de nossas grandes alegrias foi o surgimento do coral infantil “Lavadeirinhas de Almenara”, formado por netas e bisnetas das lavadeiras, uma beleza, que precisa ser apoiado pela comunidade almenarense. Acho que ninguém fez mais pela cidade do que essas mulheres. Elas colocaram Almenara no cenário artístico brasileiro e mundial. Merecem carinho, respeito e reconhecimento”, conclui.
Contatos para shows, palestras e aquisição de discos:
(31) 9943-3414.
Outras informações no site:
http://www.coraldaslavadeiras.com.br/
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