Anfrísio Lima LIMA. Escritor, poeta, político e jornalista de Manga MG.
Nasceu ainda no tempo do Império, aos 11 dias do mês de fevereiro de 1887, na cidade de Cabrobó - Estado de Pernambuco, sendo seu pai o farmacêutico Domiciano Pastor Ferreira Lima, e sua mãe dona Almerinda Omenídia Gonzaga Lima, de famílias cearenses e pernambucanas.
Fez o curso primário e o secundário na cidade de Petrolina - Estado de Pernambuco. Transferiu-se para Simplício Mendes, no Piauí, e de lá para São João do Piauí, no mesmo Estado, onde exerceu o magistério público, trabalhou na Justiça Criminal e militou na imprensa local, colaborando com o semanário “A Voz do Sertão”, onde publicou suas primeiras produções poéticas.
Em 1914, transferiu-se com seus pais para a localidade de Manga no Estado de Minas Gerais, na época, um pequeno burgo.
Anfrísio Lima, juntamente com os seus irmãos - Domiciano Pastor Filho e Deoclécio Gonzaga Lima, o seu grande amigo, Cel. João Alves Pereira, Chefe local, o seu amigo Cel. Saul Luiz de França, demais amigos e toda a coletividade de Manga, trabalhou pela emancipação político-administrativa do distrito, então pertencente ao município de Januária.
No dia 7 de setembro de 1923, graças ao esforço conjunto de todos, Manga foi emancipada de Januária e, no dia 24 de outubro do mesmo ano, inaugurada.
Anfrísio Lima foi então eleito, por unanimidade de votos (fato único na história da política brasileira), o primeiro Presidente da Câmara e Agente Executivo Municipal (cargo que equivale ao de Prefeito atualmente). Exerceu na ditadura “Getúlio Vargas”, o cargo de Prefeito Municipal de Manga por diversas vezes. Foi Diretor-Gerente da Cia. Manga Industrial e Exportadora S/A e trabalhou, até o seu último dia de vida, no escritório de advocacia do Dr. Luís Carneiro Vianna.
Suas produções literárias constam de várias antologias e coletâneas, como “A Sombra do Arco-Iris” de Malba Tahan e ‘Trovadores do Brasil” de Aparício Fernandes.
Era delegado da União Brasileira de Trovadores, em Manga
A vida sentimental e familiar de Anfrísio Lima foi também muito intensa e rica em experiências. Ficou viúvo por três vezes, o que o levou a quatro casamentos. Amou e respeitou profundamente todas as suas esposas, como sói acontecer aos grandes homens.
Foram suas esposas: Ernestina Parente, Gertrudes Machado, Carmosina Granja e Dalva de Sá França. Teve dezesseis filhos (oito já falecidos), cinqüenta e oito netos e inúmeros bisnetos e tataranetos, espalhados, hoje, por este mundo a fora.
O “Mestre e Poeta Anfrísio Lima” morreu no dia 02 de agosto de 1973, aos 86 anos, em Manga, cidade que ele adotou, de coração, como a sua verdadeira terra. O seu falecimento causou profundo pesar em todos os manguenses e deixou uma grande lacuna no seu meio social, político e cultural.
Obras Literárias:
Sombras (poesias)
Flagrantes da Vida (poemas)
Últimas Sombras (poesias e poemas)
Espinhos de Mandacaru (romance regional)
Vozes d'Alma (trovas)
Trovando a Vida (trovas)
Pauta com o Diabo e Outros Contos (contos regionais)
O Rio São Francisco (poemas)
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