Filosofia na Escola
Por: Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva *
Discutiremos questões sobre a filosofia na escola, as quais nasceram há algum tempo, em 2003, quando defendemos Uma contribuição pedagógica para o ensino de filosofia . Mas não calaram e pesquisamos atualmente sobre A teoria dos atos de fala, no mestrado. A ONG. Pe.-Mestre João do Rego Moura, que luta pelo retorno da filosofia ao ensino médio na Paraíba, apóia estes debates. As questões preliminares são:
1. O ensino de filosofia é proposta escolar?
2. O que se entende por filosofia? Quais seus alcances? E no que ela pode contribuir na formação dos alunos?
3. Estamos vivendo um modismo da filosofia?
4. Qual o objetivo do ensino de filosofia?
5. Qual a linguagem adequada para o ensino de filosofia?
Desde sempre, a filosofia desperta interesses, nos dias hodiernos ela tem estado em evidência. Muitas escolas têm filosofia como projetos de sucesso, isso se dá porque souberam implantá-la. Há outras que ainda não a tem, mas segundo diretores gostaria de tê-la. Mas obviamente, há as que não tem nem querem ter. Este quadro está prestes a mudar é que no dia 07 de julho de 2006 o Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu tornar obrigatórias as disciplinas de filosofia e sociologia. Aqui na Paraíba. de acordo com a lei 7.302/02, aprovada 07 de janeiro de 2003, ela é obrigatória em todas as escolas estaduais, embora a lei não seja cumprida.
Brevemente, para reflexão, apontamos como sugestões para as questões acima:
1. A filosofia como da proposta da escola: antes de colocar filosofia no currículo, cada escola deve promover discussões e amadurecimento dos objetivos dessa disciplina no projeto político pedagógico (PPP). A implantação da filosofia não surtirá bons frutos se for para satisfazer a direção, ou simplesmente para mostrar serviço. É indispensável o engajamento do educando e o fortalecimento dos docentes e de toda equipe.
2. O que se entende por filosofia, quais seus alcances e no que ela pode contribuir na formação dos alunos: não há respostas prontas, talvez porque isso nem seja possível. Todavia, filosofia é a possibilidade para o pensar em sala de aula, seu alcance abre perspectivas de pontos de vista,s sobre o que é e não é novo; vai até o que está presente, desde sempre, e vê de modo diferente. Daí começar pelo o espanto, maravilha, encanto, o que provoca isso pode estar no cotidiano. A contribuição não é quantificada (percentuais), pois a filosofia contribui com o trabalho de desenvolvimento dos níveis do raciocínio crítico, reflexivo e investigativo do aluno. Eleva seu nível cognitivo, intelectual, e amplia sua visão de mundo.
3. Estamos vivendo uma época em que a filosofia está na moda: algumas escolas implantaram a filosofia, com o sucesso, divulgam na mídia para atrair mais aluno. A propaganda que é "a alma do negócio" leva outras escolas a adotar filosofia no seu currículo. Daí, muitas vezes a corrida pela filosofia situar-se no âmbito mercadológico. O modismo vende a filosofia como solução para: problemas comportamentais, problemas de desenvolvimento cognitivo e etc. A implantação da filosofia, nestes termos, acarretará um grande deserviço para a comunidade, haja vista a falta de clareza de seus objetivos.
4. O objetivo do ensino de filosofia: desenvolver habilidades: de investigação, raciocínio, análise, interpretação de textos filosóficos em relação à realidade para própria formação de conceitos, prezar pelo método reflexivo. Assim, gradativamente, aluno transcende a investigação filosófica para raciocinar fórmulas de matemática, contexto histórico, e desenvolve a leitura e escrita, por exemplo.
5. A linguagem no ensino de filosofia: o educador trava com o educando uma conversação na qual as duas partes se entendam. O professor usa em sala de aula a linguagem para: veredictos, declarações, atos de fala, argumento e comunicado. Espera-se que o aluno, como interlocutor em posição responditiva, use a linguagem para expor suas idéias, questionamentos, atuando no debate. O professor recorre ao uso da linguagem e recursos audio-visuais como instrumento de trabalho. Pergunto: se os alunos não mais ouvem o professor e não mais aderem às propostas de ensino como fica o ensino?
A implantação da disciplina filosofia na escola deve cultivar um trabalho conjunto com a comunidade escolar. Não obstante, faz-se mister que o profissional que tenha formação filosófica. A metodologia do ensino para o pensar é específica, e tem por objetivo um problema-objeto a ser resolvido. Isso só acontece em sala de aula se o educando se engajar na proposta, ele é a principal peça para que a investigação aconteça.
* Bacharela e licenciada a professora Hélcia Macedo ensina filosofia no Centro de Formação Margarida Pereira da Silva, é aluna do mestrado em filosofia na UFPB, trabalhando a filosofia da linguagem em Austin A teoria dos atos de fala. Secretária-Membro da ONG. Pe.-Mestre João do Rego Moura, que luta em prol do retorno da filosofia no ensino médio.
Por: Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva *
Discutiremos questões sobre a filosofia na escola, as quais nasceram há algum tempo, em 2003, quando defendemos Uma contribuição pedagógica para o ensino de filosofia . Mas não calaram e pesquisamos atualmente sobre A teoria dos atos de fala, no mestrado. A ONG. Pe.-Mestre João do Rego Moura, que luta pelo retorno da filosofia ao ensino médio na Paraíba, apóia estes debates. As questões preliminares são:
1. O ensino de filosofia é proposta escolar?
2. O que se entende por filosofia? Quais seus alcances? E no que ela pode contribuir na formação dos alunos?
3. Estamos vivendo um modismo da filosofia?
4. Qual o objetivo do ensino de filosofia?
5. Qual a linguagem adequada para o ensino de filosofia?
Desde sempre, a filosofia desperta interesses, nos dias hodiernos ela tem estado em evidência. Muitas escolas têm filosofia como projetos de sucesso, isso se dá porque souberam implantá-la. Há outras que ainda não a tem, mas segundo diretores gostaria de tê-la. Mas obviamente, há as que não tem nem querem ter. Este quadro está prestes a mudar é que no dia 07 de julho de 2006 o Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu tornar obrigatórias as disciplinas de filosofia e sociologia. Aqui na Paraíba. de acordo com a lei 7.302/02, aprovada 07 de janeiro de 2003, ela é obrigatória em todas as escolas estaduais, embora a lei não seja cumprida.
Brevemente, para reflexão, apontamos como sugestões para as questões acima:
1. A filosofia como da proposta da escola: antes de colocar filosofia no currículo, cada escola deve promover discussões e amadurecimento dos objetivos dessa disciplina no projeto político pedagógico (PPP). A implantação da filosofia não surtirá bons frutos se for para satisfazer a direção, ou simplesmente para mostrar serviço. É indispensável o engajamento do educando e o fortalecimento dos docentes e de toda equipe.
2. O que se entende por filosofia, quais seus alcances e no que ela pode contribuir na formação dos alunos: não há respostas prontas, talvez porque isso nem seja possível. Todavia, filosofia é a possibilidade para o pensar em sala de aula, seu alcance abre perspectivas de pontos de vista,s sobre o que é e não é novo; vai até o que está presente, desde sempre, e vê de modo diferente. Daí começar pelo o espanto, maravilha, encanto, o que provoca isso pode estar no cotidiano. A contribuição não é quantificada (percentuais), pois a filosofia contribui com o trabalho de desenvolvimento dos níveis do raciocínio crítico, reflexivo e investigativo do aluno. Eleva seu nível cognitivo, intelectual, e amplia sua visão de mundo.
3. Estamos vivendo uma época em que a filosofia está na moda: algumas escolas implantaram a filosofia, com o sucesso, divulgam na mídia para atrair mais aluno. A propaganda que é "a alma do negócio" leva outras escolas a adotar filosofia no seu currículo. Daí, muitas vezes a corrida pela filosofia situar-se no âmbito mercadológico. O modismo vende a filosofia como solução para: problemas comportamentais, problemas de desenvolvimento cognitivo e etc. A implantação da filosofia, nestes termos, acarretará um grande deserviço para a comunidade, haja vista a falta de clareza de seus objetivos.
4. O objetivo do ensino de filosofia: desenvolver habilidades: de investigação, raciocínio, análise, interpretação de textos filosóficos em relação à realidade para própria formação de conceitos, prezar pelo método reflexivo. Assim, gradativamente, aluno transcende a investigação filosófica para raciocinar fórmulas de matemática, contexto histórico, e desenvolve a leitura e escrita, por exemplo.
5. A linguagem no ensino de filosofia: o educador trava com o educando uma conversação na qual as duas partes se entendam. O professor usa em sala de aula a linguagem para: veredictos, declarações, atos de fala, argumento e comunicado. Espera-se que o aluno, como interlocutor em posição responditiva, use a linguagem para expor suas idéias, questionamentos, atuando no debate. O professor recorre ao uso da linguagem e recursos audio-visuais como instrumento de trabalho. Pergunto: se os alunos não mais ouvem o professor e não mais aderem às propostas de ensino como fica o ensino?
A implantação da disciplina filosofia na escola deve cultivar um trabalho conjunto com a comunidade escolar. Não obstante, faz-se mister que o profissional que tenha formação filosófica. A metodologia do ensino para o pensar é específica, e tem por objetivo um problema-objeto a ser resolvido. Isso só acontece em sala de aula se o educando se engajar na proposta, ele é a principal peça para que a investigação aconteça.
* Bacharela e licenciada a professora Hélcia Macedo ensina filosofia no Centro de Formação Margarida Pereira da Silva, é aluna do mestrado em filosofia na UFPB, trabalhando a filosofia da linguagem em Austin A teoria dos atos de fala. Secretária-Membro da ONG. Pe.-Mestre João do Rego Moura, que luta em prol do retorno da filosofia no ensino médio.
1 Comment:
A filosofia nos dias atuais encontra-se ainda como algo
sem valor,,outros clocam que não é uma ciência, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para ela, então como a professora Hélcia bem coloca, se faz necessário o planejamento de implantação da disciplina dentro do PPP DA eSCOLA onde educadores e educandos irão aprender a pensar de forma diferente, onde o ensinamento moral ou ético "SERÁ A ARTE DO BEM VIVER"
Maria de Fátima Gomes da Silva Ssntos
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