quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ponto de Cultura

PONTO DE CULTURA

Bibliotecas em pontos de ônibus de Brasília aumentam interesse pela leitura

O número de bibliotecas comunitárias distribuídas em algumas paradas de ônibus da Asa Norte, em Brasília, aumentou. Até a semana passada, o brasiliense que esperava a chegada de ônibus nos pontos que vão da 712 à 716 Norte contavam com 10 prateleiras de livros para pegar emprestado, levar para casa e devolver sem pagar nada. Na última semana, foram inauguradas pelo menos mais seis dessas bibliotecas na região, completando os pontos de ônibus das quadras que começam na 710 Norte, com um total de 16 unidades.

A esteticista Maria Vilma de Souza mora em Ceilândia e trabalha na Quadra 716 Norte. Ela já pegou emprestado um livro na biblioteca montada na parada de ônibus e gostou de saber que novas unidades estão sendo instaladas. "A biblioteca é importante porque as pessoas vão adquirindo conhecimento, vão aprendendo a ler, vão criando um hábito da leitura", afirmou.

A Organização Não Governamental (ONG) T-Bone, responsável pela iniciativa, diz que a média de empréstimos de livros chega a 600 por dia e com as novas bibliotecas, o número vai aumentar. Na opinião do fundador da ONG, Luiz Amorim, o projeto tem dado certo e a expectativa é de que até maio deste ano todas as 32 paradas de ônibus da Asa Norte tenham
uma prateleira com livros para que a população possa pegar emprestado.

"É um projeto que está dando certo, tanto que começamos com uma unidade e estamos completando 16. O benefício é, primeiro, o acesso fácil à cultura, livro de graça sem burocracia; É uma semente que nós estamos plantando e a gente vê que isso se replica em outras comunidades."

Os empréstimos de livros nas bibliotecas comunitárias da Asa Norte são bem superiores do que os registrados na biblioteca pública da Quadra 512 Sul, por exemplo. Lá, segundo a bibliotecária da Secretaria de Cultura, Ana Paula Oliveira, a média é de 80 livros emprestados por dia. A iniciativa de disponibilizar livros em um local mais próximo da população, sem muitas exigências burocráticas, como nos pontos de ônibus, aumenta em quase dez vezes a procura dos brasilienses por leitura.

Fonte: Agência Brasil

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