Mostravídeo do Itaú Cultural exibe 13 filmes em Belo Horizonte
Gracie Santos - EM Cultura
Luís Abramo/Divulgação
Gracie Santos - EM Cultura
Luís Abramo/Divulgação
Os filmes que não fiz, curta-metragem premiado de Gilberto Scarpa, será exibido hoje
Cineasta e programadora do Resfest Brasil, promovido em São Paulo, Clarice Reichstul foi convidada para fazer a curadoria da Mostravídeo deste mês do Itaú Cultural em Belo Horizonte. Exibe 13 curtas, médias e longas-metragens brasileiros. São quatro programas, a partir das 19h, sempre nas quartas-feiras, no Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes. Clarice escolheu filmes produzidos dos anos 1970 aos dias de hoje, que abordam temas como política, arte e música. Com um detalhe, todos têm em comum o escracho e a ironia. No blog www.mostravideoitaucultural.wordpress.com é possível conferir textos referentes às obras e ainda discutir com a curadora.
Na abertura da programação, o curta (35 minutos) Mato eles?. Documentário (de 1983) do sempre polêmico Sérgio Bianchi (de Cronicamente inviável, de 2000; e Quanto vale ou é por quilo?, de 2004) é, avisa a curadora, “uma corrosiva denúncia do tratamento dado pela Funai aos índios da reserva de Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná (cidade natal do diretor), onde vivem remanescentes das tribos caingangues, guarani e xetá.
Também no programa de hoje, Alphaville 2007 d.C. (16 minutos), do paulista Paulinho Caruso. Vencedor dos Kikitos de melhor curta, roteiro e montagem de Gramado, em 2007, Caruso se apropria do áudio do filme Alphaville, de Jean-Luc Godard (1965), que utiliza sobre imagens que captou. “O ponto de partida da história é um sequestro, retratado com bom humor em uma espécie de ficção científica sobre o terceiro mundo”.
Encerrando a mostra de hoje, será exibido o divertido Os filmes que não fiz, curta mineiro que vem acumulando prêmios em festivais, assinado por Gilberto Scarpa. Em cena, elenco de (bons) atores do estado e de fora de Minas, em esquetes bem-humoradas, que “apresentam” a filmografia de um realizador (o próprio Scarpa), que viaja em vários projetos, sem nunca levá-los a cabo.
VEM AÍ
Dia 13 será a vez de Sem essa aranha, de Rogério Sganzerla, que inspirou a música Qualquer coisa, de Caetano Veloso, e é protagonizado por Jorge Loredo, o Zé Bonitinho, personagem da Praça da alegria, programa de humor dos anos 1960. O cara vive dividido entre três mulheres: uma loira, uma morena e uma negra, sua verdadeira paixão. Em mistura de musicais com Moreira da Silva e Luiz Gonzaga, stripteases, masturbação e morte, Sganzerla faz chanchada psicodélica e retrata a realidade brasileira dos anos 1970. Dia 20, será apresentado o delicado Samba canção, primeiro longa do cineasta Rafael Conde, que mostra as aventuras e desventuras de um cineasta brasileiro para produzir sua primeira obra. Com baixo orçamento e locações improvisadas, os personagens tentam criar uma fórmula para a produção de cinema no Brasil.
Fechando o programa deste mês, no dia 27 serão exibidas oito obras: The real zandonai, de Guilherme Marcondes, animação de um minuto; Meu nome é Paulo Leminski, embate entre um pai e um filho em torno de um poema do escritor curitibano; Black soul foda, da dupla da MTV Hermes e Renato; Mosh, de Edilaine Cunha, um loop em vídeo, de quatro minutos; Roqueiros também amam; videoclipe de três minutos da banda Rock Rockets, dirigido por Luis Carone; Onde andará Petrucio Felker?, animação do cartunista Allan Sieber; A bela P..., viagem psicodélica de 26 minutos pelo corpo humano, de João Marcos de Almeida; e Blackout, de Daniel Rezende, montador de Cidade de Deus, de Fernando Meirelles.
Mostravídeo
Exibição de curtas, médias e longas-metragens brasileiros, Esta quarta-feira e nos dias 13, 20 e 27, às 19h, no Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537, Centro (31) 3237-7399. Entrada franca (retirar os ingressos com uma hora de antecedência) Informações: www.palaciodasartes.com.br
0 Comments:
Post a Comment