Gildázio Alves dos Santos
Só os homens e Mulheres,
Em constantes relações,
São capazes de fazer
A sua mais sublime lide,
A política.
Desde a polis grega,
Passando pelo Impérios
e Monarquias,
Até chegar na atual democracia.
Inspirado em Platão,
Aristóteles
E Hannah Arendt,
Senti que poderia perguntar
“A política tem sentido”?
Qual política?
O Meu País, Composição de Livardo Alves, Orlando Tejo e Gilvan Chaves. Interpretada por um dos maiores cantores da Música Popular Brasileira, Zé Ramalho.
Recebi essa música por e-mail, do Amigo Vanderlei Macedo.
Essa letra, é em meu entender a síntese do Brasil contemporâneo, avalio que a letra diz tudo que é necessário ser dito, na atual conjuntura.
A cultura e educação têm um papel fundamental na conscientização do povo, não podemos deixar de ouvir e refletir essa letra profunda. Gildázio Santos
O meu país
Só os homens e Mulheres,
Em constantes relações,
São capazes de fazer
A sua mais sublime lide,
A política.
Desde a polis grega,
Passando pelo Impérios
e Monarquias,
Até chegar na atual democracia.
Inspirado em Platão,
Aristóteles
E Hannah Arendt,
Senti que poderia perguntar
“A política tem sentido”?
Qual política?
O Meu País, Composição de Livardo Alves, Orlando Tejo e Gilvan Chaves. Interpretada por um dos maiores cantores da Música Popular Brasileira, Zé Ramalho.
Recebi essa música por e-mail, do Amigo Vanderlei Macedo.
Essa letra, é em meu entender a síntese do Brasil contemporâneo, avalio que a letra diz tudo que é necessário ser dito, na atual conjuntura.
A cultura e educação têm um papel fundamental na conscientização do povo, não podemos deixar de ouvir e refletir essa letra profunda. Gildázio Santos
O meu país
Composição: Livardo Alves, Orlando Tejo e Gilvan Chaves
Intérprete: Zé Ramalho
Intérprete: Zé Ramalho
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
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