Rio São Francisco sofre novo golpe: Grande mortandade de peixes provoca indignação de ambientalistas em Pirapora
20/12/2010 - 17h08m
Ivan Rodrigues
Colaboração para O Norte
PIRAPORA - Na manhã desta segunda-feira, 20, um grupo de ambientalistas e pescadores de Pirapora e Buritizeiro esteve na Câmara Municipal de Pirapora cobrando dos vereadores providências junto aos governos do estado e da União para apurar responsabilidades sobre mais uma grande mortandade mortandade de peixes registrada na região do Médio São Francisco, entre os dias 13 e 19 de dezembro.
O grupo formado por Leonardo da Piedade Diniz – Léo do Peixe -, Sidney Gonçalves Moreno (do Movimento Ecológico São Francisco de Assis), João Bosco Cotta (da ONG Clarear das nascentes), Adriano Pereira dos Santos, Claudemira Pereira da Silva e Roberto MacDonald Morais manifestou sua indignação com o impacto da mortandade em plena piracema - período de reprodução dos peixes.
O grupo também reclamou da insensibilidade das autoridades judiciais, governamentais e ambientais quanto à gravidade do problema.
Da Câmara de vereadores, parte dos ambientalistas e pescadores se dirigiu até a Praça dos Cariris, em horário de grande movimentação no centro comercial da cidade. Lá eles exibiram algumas amostras de surubins (de 20 e 30kg), mandins, curimatãs e matrinchãs encontrados mortos em vários pontos do rio, recolhidos por pescadores de Pirapora e Buritizeiro.
Os peixes, com o forte odor característico, chamaram a atenção dos populares, que rapidamente se concentraram em grande número na praça, tomando conhecimento da mortandade que desde o último dia 13/12 vinha sendo alertada pelos pescadores e ambientalistas.
CULPADOS
O grupo não poupou críticas e apontou culpados.
- A poluição industrial das empresas Votorantim Metais (em Três Marias) e da Cia de fiação e tecidos Santo Antônio (do Grupo Cedro), em Pirapora; o grande volume de agrotóxicos gerados pelos projetos agrícolas na região do Rio Abaeté (afluente do São Francisco); o esgoto urbano da cidade de Três Marias; a contínua devastação das veredas e da mata ciliar, principalmente em Buritizeiro que vêm causando o crescente assoreamento do rio são as principais causas da crise ambiental.
Além da poluição ainda verificada no Rio das Velhas, principal afluente do São Francisco, os manifestantes lembraram que há 5 anos as colônias de pescadores de Pirapora, Buritizeiro, Barra do Guaicuí (Várzea da Palma), Ibiaí e Cachoeira do Manteiga (Buritizeiro) aguardam uma decisão da Justiça sobre a ação movida contra as empresas Votorantim Metais e CEMIG, prefeitura de Três Marias e governo do estado pedindo uma indenização de R$ 17 milhões em conseqüência da grande mortandade ocorrida entre os anos de 2004 e 2005.
- Esta nova mortandade é ainda maior que a registrada há 5 anos, pois estimamos que entre os dias 13 e 19 de dezembro mais de 100 e surubins de grande e médio porte foram avistados descendo o rio, mortos, sem contar o grande volume de peixes menores – Denuncia Leo do Peixe.
Segundo o ambientalista, este acontecimento reforça o temor de que vários fatores, atuando em conjunto, estão envenenando e matando o rio.
- Primeiro morrem os peixes, depois será a vez dos homens. Aí será tarde demais, sentenciou o ambientalista.
20/12/2010 - 17h08m
Ivan Rodrigues
Colaboração para O Norte
PIRAPORA - Na manhã desta segunda-feira, 20, um grupo de ambientalistas e pescadores de Pirapora e Buritizeiro esteve na Câmara Municipal de Pirapora cobrando dos vereadores providências junto aos governos do estado e da União para apurar responsabilidades sobre mais uma grande mortandade mortandade de peixes registrada na região do Médio São Francisco, entre os dias 13 e 19 de dezembro.
O grupo formado por Leonardo da Piedade Diniz – Léo do Peixe -, Sidney Gonçalves Moreno (do Movimento Ecológico São Francisco de Assis), João Bosco Cotta (da ONG Clarear das nascentes), Adriano Pereira dos Santos, Claudemira Pereira da Silva e Roberto MacDonald Morais manifestou sua indignação com o impacto da mortandade em plena piracema - período de reprodução dos peixes.
O grupo também reclamou da insensibilidade das autoridades judiciais, governamentais e ambientais quanto à gravidade do problema.
Da Câmara de vereadores, parte dos ambientalistas e pescadores se dirigiu até a Praça dos Cariris, em horário de grande movimentação no centro comercial da cidade. Lá eles exibiram algumas amostras de surubins (de 20 e 30kg), mandins, curimatãs e matrinchãs encontrados mortos em vários pontos do rio, recolhidos por pescadores de Pirapora e Buritizeiro.
Os peixes, com o forte odor característico, chamaram a atenção dos populares, que rapidamente se concentraram em grande número na praça, tomando conhecimento da mortandade que desde o último dia 13/12 vinha sendo alertada pelos pescadores e ambientalistas.
CULPADOS
O grupo não poupou críticas e apontou culpados.
- A poluição industrial das empresas Votorantim Metais (em Três Marias) e da Cia de fiação e tecidos Santo Antônio (do Grupo Cedro), em Pirapora; o grande volume de agrotóxicos gerados pelos projetos agrícolas na região do Rio Abaeté (afluente do São Francisco); o esgoto urbano da cidade de Três Marias; a contínua devastação das veredas e da mata ciliar, principalmente em Buritizeiro que vêm causando o crescente assoreamento do rio são as principais causas da crise ambiental.
Além da poluição ainda verificada no Rio das Velhas, principal afluente do São Francisco, os manifestantes lembraram que há 5 anos as colônias de pescadores de Pirapora, Buritizeiro, Barra do Guaicuí (Várzea da Palma), Ibiaí e Cachoeira do Manteiga (Buritizeiro) aguardam uma decisão da Justiça sobre a ação movida contra as empresas Votorantim Metais e CEMIG, prefeitura de Três Marias e governo do estado pedindo uma indenização de R$ 17 milhões em conseqüência da grande mortandade ocorrida entre os anos de 2004 e 2005.
- Esta nova mortandade é ainda maior que a registrada há 5 anos, pois estimamos que entre os dias 13 e 19 de dezembro mais de 100 e surubins de grande e médio porte foram avistados descendo o rio, mortos, sem contar o grande volume de peixes menores – Denuncia Leo do Peixe.
Segundo o ambientalista, este acontecimento reforça o temor de que vários fatores, atuando em conjunto, estão envenenando e matando o rio.
- Primeiro morrem os peixes, depois será a vez dos homens. Aí será tarde demais, sentenciou o ambientalista.
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