domingo, 16 de janeiro de 2011

Livros do IPEA sobre comunicação

Um Panorama da Comunicação e Telecomunicações do Brasil foi lançado pelo IPEA. O setor de comunicações hipermonopolizado precisa de um marco legal.

Victor Zacharias

Ontem no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, aconteceu mais uma importante reunião para discutir a comunicação social no Brasil.
O foco do evento foi o lançamento do trabalho científico sobre comunicação feito pelo IPEA. O tema foi esmiuçado em 3 livros e ao final alguns exemplares foram distribuídos aos presentes que lotavam o auditório do sindicato.
O evento foi promovido e realizado pelo Instituto Barão de Itararé que estava representado pela moderadora da mesa, Renata Mielle. Os palestrantes Marcio Pochmann, Paulo Henrique Amorim e Fabio K. Comparato aprofundaram o tema para uma platéia de pessoas que defendem a regulamentação da mídia de mercado.
O primeiro a falar foi Marcio Pochmann que em 10 minutos falou da economia mundial, da história da democracia no Brasil e da extrema concentração de poder na mãos de poucos em toda economia e também na comunicação. O setor privado ficou tão robusto que quando veio a crise de 2008 e os governos que seguiam a cartilha de restrições e controle fiscal tiveram que abrir os cofres para que as grandes empresas não quebrassem, o que provocaria uma calamidade, pois milhões de empregados seriam demitidos. O setor público ficou sócio do setor privado e perdeu sua indepêndencia, o que com certeza coloca em cheque a democracia. Ele também mencionou a transição que há no mercado do trabalho material para o trabalho imaterial. Hoje 70% da economia está apoiada nos serviços e há um processo alienante em função das novas tecnologias. Os empregados ficaram prisioneiros do trabalho e disso ninguém tem se dado conta ou produzido críticas a respeito. Numa pesquisa feita na Inglaterra as sagradas 48 horas de descanso se reduziram para 27 em função dos computadores e telefones celulares que possibilitam que o empregado esteja disponível 24 horas por dia. Não há crítica, sindicatos não chegaram a analisar este aspecto e ainda trabalham como antigamente, mas as cosias mudaram. Para mudar a realidade é preciso estudá-la e conhecê-la, mas somente o conhecimento não poderá mudar, quem muda o mundo é o homem.
Espero em breve disponibilizar as palavras do Paulo Henrinque Amorim e do Fábio K. Comparato.
Por enquanto, segue o primeiro vídeo de referência que gravei. Têm algumas tremidas pelas mudadas repentinas de direção a fim de evitar que alguém impedisse a visão da câmera, e para postar no youtube diminui um pouco a resolução, veja mais como registro e não como uma produção cinematográfica.

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