Prédios históricos são reformados na Região Metropolitana de BH
Jornal Estado de Minas
Thaís Pacheco
Uma injeção de cultura promete dar vida nova a prédios que fazem parte da história de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre restaurações e construções, os cidadãos serão beneficiados com novos espaços capazes de receber shows e espetáculos de teatro e dança. As iniciativas, que integram um total de oito trabalhos submetidos ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, beneficiarão quatro cidades da Grande BH.
Entre elas está Jaboticatubas, que, com seus cerca de 16,2 mil habitantes, ainda não tem nenhum centro cultural. Depois de conseguir verba da União, o município prepara agora projeto de restauração de um antigo edifício para a criação de um centro multiuso. O futuro território da cultura, construído em 1942, já foi fábrica de sabão e usina de beneficiamento de coco macaúba, o que aumenta seu valor histórico. “Essa fábrica foi construída há mais de meio século e esse coco é típico da nossa região. A edificação faz parte da história da cidade”, conta João Marcelo Duarte, secretário municipal de Planejamento.
Hoje abandonado, o imóvel vai se transformar em espaço para apresentações folclóricas, de dança e teatro, além de shows. Se depender dos planos do secretário, até a jabuticaba, fruta que inspira o nome da cidade, vai entrar na onda.
“O prédio e o terreno são da prefeitura. Em frente a eles, há uma praça com pés de jabuticabas. Também queremos construir um bosque ali e transformar tudo em um complexo cultural”, afirma João Marcelo. A previsão é de que as obras comecem até janeiro e sejam concluídas no fim de 2011.
Em Sabará, o endereço da reforma será o prédio do Conselho de Arte. A construção não é tombada pelo patrimônio histórico, mas está localizada no conjunto arquitetônico e urbanístico tombado, na Rua Dom Pedro II, antiga Rua Direita do município. Atualmente, o centro abriga oficinas de violão e artesanato, um coral adulto e grupos de folclore, de dança e de teatro. Também empresta espaço a eventos da comunidade. Ao ser fechado para a reforma, alguns grupos terão de ser realocados e outros poderão ter as atividades temporariamente suspensas.
Mas o motivo é justo. “A gente precisa de uma reforma porque tem, por exemplo, forro de lã de vidro, coisa muito antiga, que ninguém mais usa”, conta o assessor da Secretaria de Cultura Sérgio Alexandre Silva. A reforma será possível graças a verba recebida via PAC Cidades Históricas. A prefeitura sabia que poderia usar o dinheiro, mas não sabia como fazê-lo. Para isso, recorreu ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem como objetivo dar suporte aos municípios para obter recursos e elaborar projetos.
Para isso, o escritório presta assistência jurídica, arquitetônica e urbanística. “O que a gente percebe é que as linhas de financiamento existem mas, em contrapartida, exigem projeto bem elaborado e é justamente essa a deficiência dos municípios, falta corpo técnico especializado”, explica Débora Sarlo, arquiteta e urbanista do escritório. A agência trabalha integrada às prefeituras e é delas que surgem as demandas.
Em Sabará, por exemplo, a pedido da secretaria responsável pelo patrimônio histórico, Débora Sarlo fez uma visita técnica e a decisão foi pela reforma que está prestes a começar. Para que o projeto se adequasse às demandas, foram necessárias providências como levantamento arquitetônico, memorial descritivo com informações sobre o projeto e diagnóstico da situação atual
Esse documento foi encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Essa providência é necessária porque, mesmo não se tratando de um prédio tombado, ele está dentro do conjunto histórico. Não se pode alterar fachada, telhado ou usar qualquer cor. É preciso manter um padrão”, conta. A proposta está em fase de aprovação final no Iphan.
Entre os atuais projetos da agência, oito trabalhos estão em elaboração. Além de Sabará e Jaboticatubas, serão beneficiados os municípios de São José da Lapa e Baldim.
Valeska Duarte Drummond
Gerente de Planejamento Metropolitano
Agência de Desenvolvimento da RMBH
Jornal Estado de Minas
Thaís Pacheco
Uma injeção de cultura promete dar vida nova a prédios que fazem parte da história de municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre restaurações e construções, os cidadãos serão beneficiados com novos espaços capazes de receber shows e espetáculos de teatro e dança. As iniciativas, que integram um total de oito trabalhos submetidos ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, beneficiarão quatro cidades da Grande BH.
Entre elas está Jaboticatubas, que, com seus cerca de 16,2 mil habitantes, ainda não tem nenhum centro cultural. Depois de conseguir verba da União, o município prepara agora projeto de restauração de um antigo edifício para a criação de um centro multiuso. O futuro território da cultura, construído em 1942, já foi fábrica de sabão e usina de beneficiamento de coco macaúba, o que aumenta seu valor histórico. “Essa fábrica foi construída há mais de meio século e esse coco é típico da nossa região. A edificação faz parte da história da cidade”, conta João Marcelo Duarte, secretário municipal de Planejamento.
Hoje abandonado, o imóvel vai se transformar em espaço para apresentações folclóricas, de dança e teatro, além de shows. Se depender dos planos do secretário, até a jabuticaba, fruta que inspira o nome da cidade, vai entrar na onda.
“O prédio e o terreno são da prefeitura. Em frente a eles, há uma praça com pés de jabuticabas. Também queremos construir um bosque ali e transformar tudo em um complexo cultural”, afirma João Marcelo. A previsão é de que as obras comecem até janeiro e sejam concluídas no fim de 2011.
Em Sabará, o endereço da reforma será o prédio do Conselho de Arte. A construção não é tombada pelo patrimônio histórico, mas está localizada no conjunto arquitetônico e urbanístico tombado, na Rua Dom Pedro II, antiga Rua Direita do município. Atualmente, o centro abriga oficinas de violão e artesanato, um coral adulto e grupos de folclore, de dança e de teatro. Também empresta espaço a eventos da comunidade. Ao ser fechado para a reforma, alguns grupos terão de ser realocados e outros poderão ter as atividades temporariamente suspensas.
Mas o motivo é justo. “A gente precisa de uma reforma porque tem, por exemplo, forro de lã de vidro, coisa muito antiga, que ninguém mais usa”, conta o assessor da Secretaria de Cultura Sérgio Alexandre Silva. A reforma será possível graças a verba recebida via PAC Cidades Históricas. A prefeitura sabia que poderia usar o dinheiro, mas não sabia como fazê-lo. Para isso, recorreu ao Escritório de Projetos da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem como objetivo dar suporte aos municípios para obter recursos e elaborar projetos.
Para isso, o escritório presta assistência jurídica, arquitetônica e urbanística. “O que a gente percebe é que as linhas de financiamento existem mas, em contrapartida, exigem projeto bem elaborado e é justamente essa a deficiência dos municípios, falta corpo técnico especializado”, explica Débora Sarlo, arquiteta e urbanista do escritório. A agência trabalha integrada às prefeituras e é delas que surgem as demandas.
Em Sabará, por exemplo, a pedido da secretaria responsável pelo patrimônio histórico, Débora Sarlo fez uma visita técnica e a decisão foi pela reforma que está prestes a começar. Para que o projeto se adequasse às demandas, foram necessárias providências como levantamento arquitetônico, memorial descritivo com informações sobre o projeto e diagnóstico da situação atual
Esse documento foi encaminhado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Essa providência é necessária porque, mesmo não se tratando de um prédio tombado, ele está dentro do conjunto histórico. Não se pode alterar fachada, telhado ou usar qualquer cor. É preciso manter um padrão”, conta. A proposta está em fase de aprovação final no Iphan.
Entre os atuais projetos da agência, oito trabalhos estão em elaboração. Além de Sabará e Jaboticatubas, serão beneficiados os municípios de São José da Lapa e Baldim.
Valeska Duarte Drummond
Gerente de Planejamento Metropolitano
Agência de Desenvolvimento da RMBH
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