Carlos Gilberto Pereira - Conselheiro nacional do MNDH A conjuntura, as eleições e as tarefas para 2013. Não se faz lutas por mudanças política sem paixão, sem sonhos, sem esperanças e sem projeto político/ideológico. Sem paixão e sem sonhos não existe mobilização, organização e nem construção do futuro. As organizações dos movimentos sociais tem o dever de despertar no seio do povo estes monstros que move o mundo: a paixão, os sonhos e a esperança. São Paulo 28 de setembro de 2013 Como vamos enfrentar a crise do capitalismo? E como vamos nos posicionar nas eleições de 2013? A crise dos países centrais esta revelando a profundidade da crise do capitalismo. A desconstrução de inúmeros países na Europa e nos países periféricos é um sinal visível do efeito devastador deste crise. Os países da Europa vitimas desta catástrofe estão abandonando a proposta do estado do bem estar social e fazendo cortes profundos nos direitos a saúde, educação, seguro social e promovendo a flexibilização dos direitos trabalhistas a muito conquistado pela população trabalhadora. A crise esta provocando desemprego, despejos em massa, fome e suicídio entre os mais pobres Esta nova realidade esta aumentando a violência e a exclusão crescente dos velhos e dos jovens no mercado de trabalho, com uma taxa de desemprego de até 50% entre os mais jovens. A saída para isso, apontada pelas políticas neoliberais é um arrocho ainda maior ou o aeroporto mais próximo. Depois de décadas a Europa esta exportando massivamente mão de obra qualificada, além de técnicos e cientistas. Os Estados Unidos também estão vivendo o desemprego e o crescimento negativo de sua economia, com reflexo na economia Mundial. A crise do capitalismo esta provocando desemprego e crise política na Grécia, Espanha, Itália e Portugal e esta colocando para os setores progressistas e da esquerda, desafios inteiramente novos e abrindo espaço para que seja construído um projeto alternativo de caráter democrático e popular para superação da crise. A uma consciência crescente dentro dos movimentos sociais e da esquerda de que a superação desta crise se faz com a ampliação do espaço de participação política, com lutas por mais direitos e com o enfrentamento das políticas neoliberais e com propostas políticas e com organização dos setores descontente. A esquerda com um certo atraso, esta despertando para a necessidade de fazer um amplo debate de caráter político ideológico no seio da sociedade sobre a crise que esta atingindo os países da Europa e os trabalhadores, mobilizando os setores progressistas e populares com vistas a superar a paralisia e a passividade frente aos novos desafios que as lutas dos indignados que estão colocando e ganhando corpo no vazio de alternativa política e de um projeto democrático e popular que unifique as lutas dos trabalhadores com as vozes das ruas. Tanto na Europa, como no Brasil a esquerda e os setores progressistas foram surpreendido pela mobilização dos indignado e do MPL e ainda hoje ela vive em estado de perplexidade, revelando seu despreparo para encontrar uma resposta a altura para crise do capitalismo, com apresentação de um projeto alternativo de caráter democrático e popular para enfrenta-la. Frente a esta realidade, a tarefa de desenvolver uma alternativa democrática e popular para crise é um dos principal desafio colocado na ordem do dia para a esquerda e para os setores populares e progressistas da sociedade. A polarização crescente no campo político e ideológico entre direita e esquerda, vai se aprofundando, na medida em que os movimentos populares passar a desenvolver com mais frequência lutas por mais direitos e pela ampliação do espaço de participação democrático. A luta pela democracia e por mais direitos vão se intensificar com mobilizações nas ruas e praças e com aprofundamento da polarização entre o capital e os trabalhadores e os setores populares e entre direita e esquerda que cada dia será mais visível. O avanço das lutas vão ser marcadas pelo enfrentamento em varias frentes, onde os aspectos políticos/ideológicos cada dia vão se sobressair. Com as mídias conservadoras tentando desqualificar, ridicularizar e desconstruir as entidades e movimentos e tentando cooptar e domesticar sua militância e seus dirigentes. Nesta luta, as forças progressistas e de esquerda serão cobradas a apresentar um posicionamento corajoso e ofensivo em defesa do projeto democrático e popular para superação da crise, sem conciliação e fora dos limites do consentido. Esta realidade vai se destacar de maneira mais visível na disputa da pauta política eleitoral dos candidatos em 2014. Em que condições vai se dar os embates em 2014? Os movimentos populares estão frente a uma grande oportunidade: apresentar o seu projeto democrático e popular e recuperar o protagonismo na luta política-eleitoral que se avizinha ou se anular e partir para uma política de conciliação sem princípios e apoiando a qualquer preço o projeto que popular conservador da Dilma. É tempo de discutir e se posicionar com uma plataforma avançada e progressista para as eleições de 2014 e com lançamento de candidatos próprios e não só para apoiar candidatos “progressistas” de época das eleições que esquecem dos compromissos assumidos tão logo eles tomam posse. Os movimentos populares terá que apresentar seus próprios candidatos aos parlamentos estaduais e federal para defender suas bandeiras, a exemplo do que já faz o empresariado e os latifundiários do agronegócio. Considerando que o governo federal tem insistido em governar com as costas viradas para o povo, rompendo com os compromissos históricos do PT com os setores populares e progressistas, não esta restando outra alternativa. O governo Dilma vem a muito caminhando abraçado com a direita e refém da sua base de sustentação no parlamento, composta de elementos conservadores, corruptos, oportunistas e partidários do “toma lá da cá”que empobrece o parlamento. Mesmo com todas as concessões, o governo Dilma esta cada dia mais isolado no parlamento e no meio empresarial. Mesmo assim ele continua defendendo descaradamente o projeto neoliberal que loteou o Brasil, desconstruiu nossa infraestrutura e privatizou nosso subsolo. O governo fez um leve movimento em junho reconhecendo a importância do movimentos populares para romper com o cerco da direita, mas continua mantendo uma distancia sanitária dos setores populares que a elegeu. Diante deste quadro, os setores populares e progressistas estão sendo desafiados a tomar decisões e assumir tarefas no sentido de consolidar os avanços obtidos com as mobilizações de junho e disputar, com a direita a definição dos rumos do futuro governo: com a construção de uma plataforma política de caráter democrático e popular, com as propostas e bandeiras que serão defendidas pela esquerda, pelos setores progressista e pelos movimentos populares nas eleições de 2014. Quais são as nossas tarefas para construção da alternativa democrática e popular para 2014? · - Aprofundar nossa integração com as bases, discutir nossa tática e estratégia de ação, com vistas a consolidar os avanços obtidos; · - Organizar uma frente de entidades e movimentos com os setores progressista da sociedade, para disputar as eleições com a direita com uma plataforma política democrática e popular. · Eleger uma bancada expressiva de trabalhadores do campo e da cidade para o parlamento municipal, estadual e federal, com uma bandeira de luta contra as políticas neoliberais que defende menos estado. · - Construir e aprovar uma plataforma política que defenda os interesses dos setores populares e reforce seu protagonismo na sociedade. · - Definir e aprovar uma tática e uma estratégia para esta travessia rumo ao protagonismo dos movimentos sociais. · - Reforçar a independência e a autonomia dos movimentos sociais frente ao estado e ao governo. · - Responder a ofensiva política/ideológica da direita, que atua para criminalizar a pobreza e os movimentos sociais, com uma contra ofensiva política/ideológica progressista, calçada em novas ideias, propostas e disputando os espaços na sociedade; O momento é de tomada de decisão e de compromissos com o futuro. E o futuro começa hoje. Com a adesão da marina ao PSB e o fortalecimento da ideia da unidade no campo das oposições para tentar derrotar o PT, apresa a necessidade dos setores populares e democrático em definir sua plataforma para 2014 e colocar seu bloco na rua, também com a proposta de unificar nosso campo de luta e para combater as políticas neoliberai das bancadas do agronegócio e da capital financeiro. 6/10/2013
domingo, 6 de outubro de 2013
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