sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Notícias do Pólis - 03 de setembro - No. 66

Seminário no Pólis discute Gênero e Direito à Cidade

A cidade, enquanto espaço de reprodução das relações sociais, reflete as diversas desigualdades que existem na sociedade. A conjunção da dominação de classe, gênero e raça culminam no crescimento das diferenças sociais. Se alguém tem privilégio é porque outra pessoa sofre com a ausência de direito. Esta idéia foi o ponto de partida do seminário Mulheres e Direito à Cidade realizado em 29 de agosto pelo Instituto Pólis, em parceria com a Oxfam, a União de Movimentos de Moradia de SP, a SOS Corpo e a Rede Mulher e Habitat. Estiveram presentes mais de 40 pessoas, entre lideranças de movimentos sociais, gestoras, integrantes de redes e de outras organizações. Nos debates, o seminário buscou refletir sobre a relação entre machismo e o direito das mulheres à cidade, algo negado cotidianamente. A atividade também marcou o lançamento do livro Ser, Fazer e Acontecer.
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Pólis participa de reunião de GAIA América Latina e Caribe sobre a questão dos resíduos sólidos

O Instituto Pólis esteve representado, através da participação da coordenadora da área de Ambiente Urbano, Elisabeth Grimberg, na reunião da Aliança Global para Alternativas à Incineração (GAIA), que aconteceu de 22 a 24 de agosto, na cidade de Cuemavaca, México. Foi o primeiro encontro desta articulação internacional envolvendo os países da América Latina e Caribe. Cerca de 45 pessoas, representantes de organizações de 10 países participaram da reunião. Em entrevista ao sítio do Pólis, Elisabeth fala sobre a importância desta articulação como um momento de troca de experiências e de fortalecimento da luta em torno da bandeira Resíduos Zero e contra os incineradores.
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Cidades à beira do colapso: A lógica da desordem

No artigo A lógica da desordem, publicado na edição de agosto do Le Monde Diplomatique Brasil, a urbanista e relatora especial do Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Raquel Rolnik, fala sobre a lógica excludente e predatória de urbanização das metrópoles brasileiras. “O modelo de exclusão territorial que define as cidades é muito mais do que a expressão das diferenças sociais e de renda, funcionando como uma espécie de engrenagem da máquina de crescimento que, ao produzir cidades, reproduz desigualdades”, diz. Leia a íntegra do artigo.
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Rápidas

Intercâmbio Pólis/LogoLink recebe lideranças da África do Sul

Em 25 de agosto, o Instituto Pólis recebeu um grupo de 15 líderes de desenvolvimento econômico local do governo, empresários e membros da sociedade civil, atuantes sobretudo nos setores de agricultura e turismo da província de KwaZulu-Natal, na África do Sul. O grupo, ficará no Brasil até setembro para uma viagem de estudos sobre desenvolvimento econômico local em várias regiões brasileiras. O intercâmbio é promovido pelo programa LogoLink, uma rede mundial de aprendizagem em participação cidadã e governança, coordenada pelo Pólis, do qual participam organizações da sociedade civil e institutos de pesquisa. A atividade é uma oportunidade de diálogo, aprendizagem e troca de experiências entre atores de desenvolvimento econômico local da África do Sul e a equipe do Polis/ LogoLink, sobre práticas e desafios de desenvolvimento econômico local. Durante o encontro no Pólis foi compartilhada a experiência da implantação do CRSAN (Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional do Butantã) que articula diferentes atores do poder público, sociedade civil, pequenas organizações locais e duas universidades. Esta experiência está sendo desenvolvida em uma comunidade carente cuja população de 12 mil pessoas vive em uma área vizinha a um antigo lixão, que atualmente está sendo transformado em um parque municipal.
Publicação A exigibilidade do direito à moradia: a experiência de Teresina, já está disponível para download
Já está disponível para download no sítio do Instituto Pólis a publicação A exigibilidade do direito à moradia: a experiência de Teresina. O material tem o objetivo de registrar a missão da Relatoria Nacional da Moradia Adequada ao município de Teresina, no Piauí. O relato pretende apresentar recomendações para a implementação do direito à moradia, compreendido como fundamental do direito à cidade. “A participação das mulheres no movimento popular, bem representadas pelo trabalho da Federação de Associações de Moradores e Conselhos Comunitários (FAMCC) do estado do Piauí, ensina que o 'direito de exigir direitos' é passo fundamental para a construção de cidades mais justas”, afirma o texto de introdução da publicação. Veja como fazer o download do material.

Ferramentas para Análises Urbanas

O TerraView Políticas Sociais é um programa de geoprocessamento para análises e interpretações espaciais da realidade social de áreas urbanas, desenvolvido pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP, em parceria com a Divisão de Processamento de Imagens (DPI) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O aplicativo, que é de uso livre e pode ser baixado gratuitamente pela internet, permite ao usuário realizar diagnósticos e equacionamentos de diferentes questões sociais, econômicas e demográficas. O objetivo é dar suporte a pesquisadores e gestores públicos que atuam em áreas como educação, saúde, transferência de renda e habitação. Com o objetivo de facilitar o uso do TerraView Política Social, o CEM está oferecendo um curso de geoprocessamento para que os participantes aprendam a usar suas ferramentas básicas e sejam habilitados a explorar as bases de dados e a gerar mapas e gráficos com qualidade ca rtográfica.
Veja mais informações sobre o curso.
Faça o download do TerraView Política Social.

Agenda

Oficina: Para o jovem que tem fome de poesia, no Pólis

A atividade tem o objetivo de sensibilizar jovens para a possibilidade de criação com as palavras, estimular a leitura e a produção de textos poéticos, além de proporcionar conhecimento teórico e prático relacionados às artes da palavra. A oficina terá a coordenação de Júlio Mendonça, do Laboratório de Desenvolvimento Cultural.
Data: 6 de setembro – das 9h às 16h
Local: Instituto Pólis - R. Araújo, 124 - metrô República
Inscrições: (11) 2174-6805 (período da tarde) ou escoladacidadania@polis.org.br

Seminário: Saúde e Agrotóxicos: estratégias e experiências de educação na produção, comercialização e consumo de frutas legumes e verduras
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promove o seminário Saúde e Agrotóxicos: estratégias e experiências de educação na produção, comercialização e consumo de frutas legumes e verduras. O objetivo é divulgar o trabalho desenvolvido em diversos órgãos para definir estratégias para uma efetiva mudança e elevação da qualidade na produção e consumo de alimentos. Direcionado a produtores, comerciantes e consumidores, o evento é organizado pelo grupo de trabalho de material educativo composto pelo Ministério de Agricultura de Abastecimento (Mapa) e Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Data: 9 de setembro – a partir das 9h30
Local: Auditório da Anvisa - Sede II SEPN 511 - Bloco A, Edifício Bittar II - Asa Norte – Brasília
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Pólis na Mídia

A questão dos resíduos sólidos em suas diversas nuances ganhou espaço na mídia nas últimas semanas. A coordenadora da área de Ambiente Urbano do Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg, concedeu entrevista à Rádio CBN, em 29 de agosto, sobre as questões da inadequada destinação de resíduos, que resulta nos depósitos a céu aberto, acarretando em contaminação ambiental. Elisabeth colocou também que a destinação para aterros, além de emitir metano (contamina 26 vezes mais que o gás carbônico) também representa um enorme desperdício de recursos naturais e econômicos, especialmente para os catadores e catadoras que poderiam obter uma renda maior se estes materiais fossem coletados seletivamente e destinados para as cooperativas. O assunto também foi tema de reportagem no jornal Valor Econômico, em 20 de agosto. Desta vez foi tratada a questão do Projeto de Lei dos Resíduos Sólidos, que em tramitação no Congresso, pode ser aprovada ainda este ano. Em entrevista, Elisabeth, afirma que a gestão do lixo no Brasil é um crime ambiental e quem paga a conta é a população. "A sociedade arca com todas as despesas. Com uma política, teríamos mais recursos para dar um fim correto aos resíduos e diretrizes para coletar e aproveitar materiais que hoje simplesmente são jogados fora". A pesquisadora também respondeu à questão: Usar fraldas de pano é menos poluente?, veiculada na edição de agosto da Revista Vida Simples. As fraldas descartáveis levam cerca de 450 anos para se decompor em lixões e aterros sanitários. Estimativas apontam que elas representam cerca de 30% do lixo mundial não biodegradável e 2% dos resíduos sólidos gerados numa cidade - em São Paulo, que produz 15 mil toneladas de lixo por dia, elas responderiam por 300 toneladas. "Hoje existem máquinas de lavar com baixo consumo de água e energia. Além disso, não podemos esquecer que as fraldas descartáveis também usam plástico, que é um produto feito de matéria-prima não renovável, o petróleo", finalizou.

Instituto Pólis - http://www.polis.org.br/

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