quarta-feira, 18 de julho de 2007

Ashoka - Empreendedores Sociais

Por dentro da Ashoka

Um novo desafio

Com base no princípio de que não existe força mais poderosa do que uma idéia inovadora em mãos de um empreendedor social, a Ashoka se dedicou, por mais de duas décadas, à tarefa de identificar e investir em indivíduos com idéias e práticas capazes de gerar grande impacto e, assim, transformar a sociedade.

Vinte e cinco anos depois, essa ação já se estende por mais de 60 países, com uma rede de 1.800 empreendedores sociais cuja atuação se amplia cada vez mais.

Pioneira em sua missão de apoiar a desenvolver a nova profissão de empreendedor social, a Ashoka contribuiu significativamente para a grande mudança no setor social que, liderado pelos empreendedores, registrou em poucas décadas mudanças semelhantes às que ocorreram no mundo dos negócios nos últimos trezentos anos.

O fundador da Ashoka, Bill Drayton, lembra que a partir do fim do século XVIII, todos os indivíduos que tinham uma idéia inovadora e puderam implementá-la no mundo dos negócios fizeram fortuna.

Entretanto, o mesmo não aconteceu no setor social. Só no fim do século XIX surgiram personalidades que atuaram de forma semelhante com o objetivo de transformar a sociedade. Esses indivíduos, porém, agiram individualmente e por isso, suas ações não tiveram como conseqüência mudanças sistêmicas. A partir da década de 1980, porém, tudo mudou.

“Quando a Ashoka deu inicio às suas atividades na Indonésia, no início da década de 1980, havia apenas uma organização de defesa do meio ambiente. Quinze anos depois, esse número havia aumentado para 2.000. No Brasil, entre os anos de 1980 e 2000, o número de organizações do setor cidadão aumentou de menos de 5.000 para mais de um milhão”, comenta o fundador da Ashoka.

Nova missão.

Em meio a esse cenário, a Ashoka concluiu que havia cumprido sua missão, estabelecida quando de sua criação, de apoiar e desenvolver a profissão de empreendedor social.

Definiu, então, uma nova missão que constitui o seu desafio atual: o de desenvolver esforços para contribuir para a consolidação de um setor cidadão empreendedor, eficiente e globalmente integrado.

Para isso, a Ashoka promove ações colaborativas em rede como um dos principais meios para acelerar a integração dos seus empreendedores nos países dos cinco continentes.

Um importante passo rumo a essa integração foi a realização, em 2006, em Buenos Aires, Argentina, do I Encontro Latino-Americano de Empreendedores Sociais da Ashoka, que reuniu 224 integrantes da rede, de 13 países do continente.

A integração teve início, de fato, um ano antes do evento, quando as equipes, colaboradores e empreendedores sociais do Cone Sul, Região Andina, México e Brasil começaram a elaborar a agenda do encontro, definindo cinco oportunidades estratégicas para o desenvolvimento da região: protagonismo cidadão, inclusão econômica, uso sustentável dos recursos naturais, influência em políticas públicas e educação formal e informal. Durante o evento, surgiu uma sexta oportunidade estratégica, antes classificada como
tema transversal – a diversidade.

A diretora para o Brasil e Paraguai, Célia Cruz, lembra que anteriormente a Ashoka oferecia seus serviços apenas para os seus empreendedores sociais.
Agora, entretanto, já oferece esses serviços para as equipes das organizações dos integrantes de sua rede, com o objetivo de promover a colaboração e a consolidação do setor social.

Antes uma rede fechada, a Ashoka agora estimula os seus empreendedores sociais, em todo o mundo, a atuar coletivamente em projetos colaborativos.
Estabelecendo assim uma rede de grande poder, em que seus integrantes aprendem uns com os outros, compartilham idéia e práticas capazes de transformar a sociedade e geram produtos capazes de consolidar o setor cidadão.

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